quarta-feira, 3 de novembro de 2010




Desigualdades sociais e igualdade de direitos do homem
e da mulher

Questões para debate
1. As desigualdades sociais são obra dos homens ou de Deus?
2. As desigualdades que se observam em nosso planeta desaparecerão um dia?
3. O homem e a mulher devem ter, tanto nas leis dos homens como nas leis de Deus, os mesmos direitos?
4. Os Espíritos podem reencarnar como homens e como mulheres? Por quê?
5. Qual é, na realidade, a causa primária de tantas calamidades e aflições que observamos no organismo social, tais como a miséria, as guerras e os cataclismos devastadores?
Texto para leitura
As desigualdades sociais não são obra de Deus, mas do homem
1. As desigualdades sociais, provenientes das mais variadas condições econômicas e espirituais dos vários povos da Terra, são sempre obra dos homens e não de Deus. O Pai criou os Espíritos iguais e destinados ao mesmo fim, mas os homens, por força das imperfeições morais que ainda possuem, estatuíram leis muitas delas injustas e até mesmo cruéis – para regular as relações em sociedade.
2. Como conseqüência dessas leis, surgiram muitas desigualdades, que são mais ou menos acentuadas em determinadas nações, conforme o grau evolutivo dos seus componentes.
3. O progresso segue, no entanto, o seu curso ascendente e por isso a desigualdade social, como tudo o que é inferior, dia a dia se atenua, até que se apague em definitivo, quando o egoísmo e o orgulho deixarem de predominar na Terra.
4. Restará, então, em nosso mundo tão-somente a desigualdade do mérito, porquanto dia virá em que os membros da grande família universal deixarão de considerar-se como de sangue mais ou menos puro e entenderão, enfim, que apenas o Espírito pode ser mais ou menos puro, mas isso não depende da posição social.
A abolição das desigualdades não se fará de repente
5. Ninguém pense, porém, que as desigualdades desaparecerão de repente e serão o resultado de revoluções, de guerras, de leis ou de decretos. Não. Sua abolição se fará de modo lento e gradual, de acordo com o ritmo dos esforços individuais e coletivos e como conseqüência do progresso moral alcançado pela Humanidade, o que levará à destruição dos privilégios de casta, de sangue, de posição social, de sexo, de raça, de religião e de quaisquer outros.
6. Compreendamos também que com o banimento das desigualdades sociais não se verificará na Terra um processo de uniformização dos homens. A espécie humana não se transformará em máquina, a sociedade terrena não se tornará um sistema robotizado. Os homens é que passarão a orientar-se pelas leis divinas, a fim de que seus pendores naturais possam desabrochar e desenvolver-se normalmente, sem nenhuma atitude de coerção por parte de quem quer que seja.
7. Haverá, evidentemente, quem ocupe cargos de maiores ou de menores responsabilidades, mas, com o adiantamento espiritual, os homens não sofrerão os males do egoísmo, da inveja, do orgulho e do preconceito.
O homem e a mulher gozam, aos olhos de Deus, dos mesmos direitos
8. Em uma sociedade moralizada, não se compreenderá a diferença de tratamento, ainda tão comum, que se observa entre o homem e a mulher, porque todos entenderão que, perante os códigos divinos, ambos possuem os mesmos direitos e que a diferença dos sexos existe por força da necessidade de experiências específicas pelas quais o Espírito precisa e deve passar.
9. O Espírito – ensina o Espiritismo – não possui sexo, do modo como entendemos esse vocábulo em nosso plano. É por isso que, embora as funções do homem e da mulher sejam diferentes e específicas, seus direitos são exatamente os mesmos e todo privilégio concedido a um ou a outro é contrário à lei de justiça.
10. A lei humana deve, pois, para ser eqüitativa, consagrar a igualdade dos direitos do homem e da mulher, cientes todos nós de que a emancipação feminina acompanha o progresso geral da civilização, e sua escravização marcha de par com a barbárie. Sexos existem apenas na organização física. Os Espíritos encarnam-se num e noutro e devem, por conseguinte, gozar dos mesmos direitos.
A desigualdade social é o mais elevado testemunho da realidade da reencarnação
11. As funções, evidentemente, resultam das aptidões próprias de cada gênero. Por exemplo, só a mulher pode ser mãe e amamentar uma criança. Preciso é, pois, que cada um esteja no lugar que lhe compete. O homem e a mulher são, no instituto conjugal, como o cérebro e o coração do organismo doméstico, e essa diversidade de funções verifica-se por necessidade de planificação reencarnatória.
12. São um e outro portadores de uma responsabilidade igual no sagrado colégio familiar. Se a alma feminina apresentou sempre um coeficiente mais avançado de espiritualidade na vida, é que, desde cedo, o Espírito masculino intoxicou as fontes da sua liberdade por meio de todos os abusos, prejudicando a sua posição moral no decurso de existências numerosas, em múltiplas experiências seculares. A ideologia feminista dos tempos modernos, com suas diversas bandeiras políticas e sociais, pode ser, segundo Emmanuel, um veneno para a mulher desavisada dos seus grandes deveres espirituais na face da Terra.
13. A desigualdade social é o mais elevado testemunho da realidade da reencarnação, mediante a qual cada Espírito tem sua posição definida de regeneração e resgate. Pobreza, miséria, guerras, ignorância e tantas outras calamidades coletivas não passam de enfermidades do organismo social, em razão da situação de prova da quase generalidade dos seus membros. Cessada a causa patogênica com a iluminação espiritual de todos em Jesus Cristo, a moléstia coletiva, assevera Emmanuel, estará, obviamente, eliminada dos ambientes humanos.
Respostas às questões propostas
1. As desigualdades sociais são obra dos homens ou de Deus? R.: As desigualdades sociais são obra dos homens e não de Deus, que criou os Espíritos iguais e destinados ao mesmo fim, mas os homens, por causa de suas imperfeições morais, estatuíram leis – muitas delas injustas e mesmo cruéis – para regular as relações em sociedade. Como conseqüência dessas leis, surgiram muitas desigualdades, que são mais ou menos acentuadas em determinadas nações, conforme o grau evolutivo dos seus componentes.
2. As desigualdades que se observam em nosso planeta desaparecerão um dia?R.: Sim. As desigualdades sociais, como tudo o que é inferior, um dia desaparecerão da face da Terra, quando o egoísmo e o orgulho deixarem de predominar em nosso mundo. Restará, então, em nosso mundo tão-somente a desigualdade do mérito, porquanto dia virá em que os membros da grande família universal deixarão de considerar-se como de sangue mais ou menos puro e entenderão, enfim, que apenas o Espírito pode ser mais ou menos puro, mas isso não depende da posição social.
3. O homem e a mulher devem ter, tanto nas leis dos homens como nas leis de Deus, os mesmos direitos? R.: Sim. Em uma sociedade moralizada não se compreende a diferença de tratamento, ainda tão comum, entre o homem e a mulher, porque perante os códigos divinos possuem ambos os mesmos direitos.
4. Os Espíritos podem reencarnar como homens e como mulheres? Por quê?R.: Podem reencarnar como homens ou mulheres, porque o Espírito, em si considerado, não possui sexo do modo como entendemos esse vocábulo em nosso plano.
5. Qual é, na realidade, a causa primária de tantas calamidades e aflições que observamos no organismo social, tais como a miséria, as guerras e os cataclismos devastadores? R.: Pobreza, miséria, guerras, ignorância e tantas outras calamidades coletivas não passam de enfermidades do organismo social, em razão da situação de prova da quase generalidade dos seus membros. Cessada a causa patogênica com a iluminação espiritual de todos em Jesus Cristo, a moléstia coletiva estará, obviamente, eliminada dos ambientes humanos.





Bibliografia:
O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, itens 806, 817, 820 e 822.
O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec, cap. 5, item 4.
O Consolador, de Emmanuel, psicografado por Francisco Cândido Xavier, perguntas 55 e 67.
Religião dos Espíritos, de Emmanuel, psicografado por Francisco Cândido Xavier, págs. 131 e 132.
Grandes e Pequenos Problemas, de Angel Aguarod, 3a. edição, pág. 174.

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