domingo, 30 de agosto de 2009

A diferença entre ser sogra do genro e sogra da nora

Duas distintas senhoras encontram-se após um bom tempo sem se verem.

Uma pergunta à outra:

- Como vão seus dois filhos... a DANIELA e o DANIEL?
- Ah! querida... a DANIELA casou-se muito bem... Tem um marido maravilhoso! É ele que levanta de madrugada para trocar as fraldas do meu netinho, faz o café da manhã, lava as louças e ajuda na faxina. Só depois é que sai para trabalhar. Um amor de genro!
- QUE DEUS O PROTEJA!
- Que bom, heim amiga! E o seu filho, o DANIEL?
- Casou também?
- Casou sim, querida. Mas tadinho dele, deu azar demais. Casou-se muito mal... Imagina que ele tem que levantar de madrugada para trocar as fraldas do meu netinho, fazer o café da manhã, lavar a louça e ainda tem que ajudar na faxina! E depois de tudo isso ainda sai para trabalhar... Para sustentar a vagabunda preguiçosa da minha nora... aquela porca nojenta!

MORAL DA HISTÓRIA: Mãe é Mãe... SOGRA É SOGRA!!!
(ESSA HISTÓRINHA ENGRAÇADA E REAL RECEBI DE UMA GRANDE AMIGA)
MOMENTO ESPÍRITA -As aflições do mundo



Em conhecida passagem do Evangelho, Jesus diz a Seus discípulos que no mundo eles terão aflições.
Os registros bíblicos confirmam a previsão.
Todos os companheiros diretos de Jesus enfrentaram grandes padecimentos.
Apenas João Evangelista não foi martirizado.
Evidentemente, houve sensível progresso desde aquela época.
Os costumes se refinaram e hoje, na ampla maioria dos países, não se cogita mais de matar alguém por sua fé.
Contudo, o alerta do Cristo permanece atual.
A mensagem cristã é a da vida reta e fraterna.
O cristão deve ser honrado e solidário.
Não basta viver retamente, sendo necessário amparar os irmãos de jornada.
Também não adianta apenas ser generoso com o semelhante.
É preciso dar a César o que é de César, no sentido de cumprir rigorosamente os próprios deveres.
Ocorre que quem se aprimora, em geral, passa a esperar conduta idêntica dos que o rodeiam.
A criatura rigorosamente honesta anseia por viver em um meio honesto.
Ao desenvolver uma sensibilidade mais apurada, anela por beleza e suavidade.
Entretanto, o mundo segue em seu próprio ritmo.
Um homem pode apenas ditar a cadência de sua evolução.
Quanto aos demais, resta-lhe somente influenciar, mais por exemplos do que por palavras.
Afinal, o livre-arbítrio é uma dádiva de Deus aos Seus filhos.
Cada um é livre para decidir os seus caminhos e se vai apressar ou retardar o passo rumo à paz.
Bem se vê como é delicada a posição do genuíno cristão no mundo.
Ele elege um ideal sublime, esforça-se por vivê-lo e deseja que se expanda, no benefício geral.
Contudo, o mundo não corresponde a contento a esse anseio.
O cristão necessita ser o sal da Terra e a luz do Mundo.
Justamente por isso, não pode se afastar dos irmãos de jornada.
Daí vive honradamente em um mundo corrupto.
Por consequência, experimenta contínuas aflições.
Aflige-se pelos filhos que não aproveitam a educação recebida e optam por trilhar estranhos caminhos.
Angustia-se pelo esposo ou esposa que não lhe partilha o ideal.
Agasta-se por deslealdades que testemunha na vida profissional.
Entristece-se pela falta de honestidade de políticos e dirigentes públicos.
Entretanto, se a aflição é esperada, o desânimo não se justifica.
O progresso ocorre com vagar, mas é uma lei da vida.
As perfeitas Leis Divinas tratam de colocar tudo em seu lugar, no lento ciclo dos séculos.
O relevante é a paz de consciência de quem age retamente.
E a inefável certeza de que transita para fases superiores da existência imortal, na condição de agente do progresso.
Pense nisso.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

EVANGELHO SEGUNDO O ESPÍRITISMO Cap. XVII - Itens 7 e 8

O DEVER
7. O dever é a obrigação moral da criatura para consigo mesma, primeiro, e, em seguida, para com os outros. O dever é a lei da vida. Com ele deparamos nas mais ínfimas particularidades, como nos atos mais elevados. Quero aqui falar apenas do dever moral e não do dever que as profissões impõem.
Na ordem dos sentimentos, o dever é muito difícil de cumprir-se, por se achar em antagonismo com as atrações do interesse e do coração. Não têm testemunhas as suas vitórias e não estão sujeitas à repressão suas derrotas. O dever íntimo do homem fica entregue ao seu livre-arbítrio. O aguilhão da consciência, guardião da probidade interior, o adverte e sustenta; mas, muitas vezes, mostra-se impotente diante dos sofismas da paixão. Fielmente observado, o dever do coração eleva o homem; como determiná-lo, porém, com exatidão? Onde começa ele? onde termina? O dever principia, para cada um de vós, exatamente no ponto em que ameaçais a felicidade ou a tranqüilidade do vosso próximo; acaba no limite que não desejais ninguém transponha com relação a vós.
Deus criou todos os homens iguais para a dor. Pequenos ou grandes, ignorantes ou instruídos, sofrem todos pelas mesmas causas, a fim de que cada um julgue em sã consciência o mal que pode fazer. Com relação ao bem, infinitamente vário nas suas expressões, não é o mesmo o critério. A igualdade em face da dor é uma sublime providência de Deus, que quer que todos os seus filhos, instruídos pela experiência comum, não pratiquem o mal, alegando ignorância de seus efeitos.
O dever é o resumo prático de todas as especulações morais; é uma bravura da alma que enfrenta as angústias da luta; é austero e brando; pronto a dobrar-se às mais diversas complicações, conserva-se inflexível diante das suas tentações. O homem que cumpre o seudever ama a Deus mais do que as criaturas e ama as criaturas mais do que a si mesmo. E a um tempo juiz e escravo em causa própria.
O dever é o mais belo laurel da razão; descende desta como de sua mãe o filho. O homem tem de amar o dever, não porque preserve de males a vida, males aos quais a Humanidade não pode subtrair-se, mas porque confere à alma o vigor necessário ao seu desenvolvimento.
O dever cresce e irradia sob mais elevada forma, em cada um dos estágios superiores da Humanidade. Jamais cessa a obrigação moral da criatura para com Deus. Tem esta de refletir as virtudes do Eterno, que não aceita esboços imperfeitos, porque quer que a beleza da sua obra resplandeça a seus próprios olhos. - Lázaro. (Paris, 1863.)
A virtude
8. A virtude, no mais alto grau, é o conjunto de todas as qualidades essenciais que constituem o homem de bem. Ser bom, caritativo, laborioso, sóbrio, modesto, são qualidades do homem virtuoso. Infelizmente, quase sempre as acompanham pequenas enfermidades morais que as desornam e atenuam. Não é virtuoso aquele que faz ostentação da sua virtude, pois que lhe falta a qualidade principal: a modéstia, e tem o vício que mais se lhe opõe: o orgulho. A virtude, verdadeiramente digna desse nome, não gosta de estadear-se. Adivinham-na; ela, porém, se oculta na obscuridade e foge à admiração das massas. S. Vicente de Paulo era virtuoso; eram virtuosos o digno cura d'Ars e muitos outros quase desconhecidos do mundo, mas conhecidos de Deus. Todos esses homens de bem ignoravam que fossem virtuosos; deixavam-se ir ao sabor de suas santas inspirações e praticavam o bem com desinteresse completo e inteiro esquecimento de si mesmos.
À virtude assim compreendida e praticada é que vos convido, meus filhos; a essa virtude verdadeiramente cristã e verdadeiramente espírita é que vos concito a consagrar-vos. Afastai, porém, de vossos corações tudo o que seja orgulho, vaidade, amor-próprio, que sempre desadornam as mais belas qualidades. Não imiteis o homem que se apresenta como modelo e trombeteia, ele próprio, suas qualidades a todos os ouvidos complacentes. A virtude que assim se ostenta esconde muitas vezes uma imensidade de pequenas torpezas e de odiosas covardias.
Em princípio, o homem que se exalça, que ergue uma estátua à sua própria virtude, anula, por esse simples fato, todo mérito real que possa ter. Entretanto, que direi daquele cujo único valor consiste em parecer o que não é? Admito de boamente que o homem que pratica o bem experimenta uma satisfação íntima em seu coração; mas, desde que tal satisfação se exteriorize, para colher elogios, degenera em amor-próprio.
O vós todos a quem a fé espírita aqueceu com seus raios, e que sabeis quão longe da perfeição está o homem, jamais esbarreis em semelhante escolho. A virtude é uma graça que desejo a todos os espíritas sinceros. Contudo, dir-lhes-ei: Mais vale pouca virtude com modéstia, do que muita com orgulho. Pelo orgulho é que as humanidades sucessivamente se hão perdido; pela humildade é que um dia elas se hão de redimir. François-Nicolas-Madeleine. (Paris, 1863.)
O semeador saiu
(Emmanuel)

Plantar o bem e estendê-lo sempre. Para isso, agir e servir são imperativos da natureza espiritual.
Convém lembrar, no entanto, que a sementeira não se realiza em talhões recamados de ouro.
O semeador lidará com a terra.
Após arroteá-la, na maioria dos casos, precisará irrigá-la e, por isso, conviverá com o barro do mundo.
Enquanto prepara ninho às sementes, não evitará resquícios de poeira e lama, lodo e adubo nas próprias mãos.
Aguardará com interesse a germinação das esperanças que se lhe consubstanciam nas plantas nascentes. E, em seguida, os cuidados se lhe redobram.
Indispensável acompanhar a influência do calor e da umidade, preservar a lavoura iniciante contra a incursão de pragas invasoras, observar as alterações do tempo e garantir as condições de êxito à plantação, até que surja a colheita dos frutos.
Idêntica situação no mundo ainda é a de todos os cultivadores da seara do bem.
Designados para o lançamento das idéias alusivas à renovação espiritual, quase sempre, são impelidos a suportar o contato das glebas difíceis da incompreensão humana.
Não encontram caminhos aplainados para a comunicação com os padrões preestabelecidos da cultura terrestre e, freqüentemente, se obrigam a tolerar obstáculos e reações negativas.
Servirão com devotamento às idéias novas. No entanto, a seara da verdade e da elevação somente lhes surgirá no futuro, em plenitude de beleza e de luz.
Assevera-nos Jesus, o Cristo de Deus: “e o semeador saiu a semear...”
Isso equivale a dizer que o semeador saiu de si mesmo, a desvencilhar-se de todas as concepções de separatividade e egoísmo, a fim de auxiliar e compreender, trabalhar e servir, amar e tolerar, com esquecimento de si mesmo para a vitória do Bem.

Do Livro Paz
RFLEXÃO
Se, em cada dez atitudes que você tomar, você cometer um erro e, na próxima vez, não tomar a atitude por medo de errar novamente, perderá a oportunidade de acertar nove.
Luiz José da Matta Sobrinho

E, aproximando-se Jesus, tocou-lhes, e disse: Levantai-vos, e não tenhais medo. Mateus 17:7
MOMENTO ESPÍRITA
APRENDIZADO
Todos os dias temos aprendizados preciosos. Ter notícias do que outros aprenderam, de suas experiências é também uma forma de aprendizado.
Algumas respostas a uma enquete nacional, que encontramos em determinada revista, nos levou a reflexões muito interessantes.
Uma delas dizia:
Aprendi a nunca me despedir de uma pessoa antes de fazer as pazes.
Um dia, em visita aos meus pais, discuti com minha mãe justo na hora de pegar o carro e voltar à minha cidade.
Zangado, não telefonei para dizer que cheguei bem, como sempre fazia.
No dia seguinte, meu cunhado ligou: Ela tinha falecido. Não tive tempo de me desculpar.
Eis um sofrimento enorme, um aperto no coração, que pode sempre ser evitado, se soubermos resolver nossas desavenças logo, sem deixar que o tempo passe e a mágoa crie raízes.
Quantos de nós não daríamos tudo por uma despedida decente, por um pedido de desculpas como esse?
Outra pessoa inquirida, dizia:
Sempre adorei ficar sozinha, desde criança. Não precisava de ninguém para nada.
Por isso, nem chorei na despedida da família e dos amigos quando fui morar no Exterior.
Porém, bastou um mês longe de casa para eu ver que a certeza de estar rodeada pelos que me amavam é que me tornava tão independente.
Solitária de verdade, eu não era nada!
Quantos de nós apenas damos valor à presença, quando somos obrigados a conviver com a ausência.
Ninguém nasceu para ser só. Somos seres sociais, e precisamos dos outros para crescer, para nos desenvolver.
Momentos a sós são necessários, fundamentais. Uma vida de solidão é desnecessária, perigosa.
Outro entrevistado, ainda, afirmava:
O mais importante da vida é a família, nosso verdadeiro porto seguro.
O mundo novo, o da regeneração das almas, aponta com segurança para a célula familiar.
É na família que tudo se resolve, que tudo renasce, que tudo recomeça.
Não se faz necessário que viajemos para longe, para buscar o sentido da vida. Ele está conosco, sob o mesmo teto, na figura da família.
Gostemos ou não da família que temos, saibamos que é a família que necessitamos.
Deus não erra. Nascemos onde precisávamos nascer. Com quem precisávamos estar.
* * *

De tempos em tempos, precisamos nos perguntar: O que de importante aprendi?
Ficar muito tempo sem realizar aprendizado algum é preocupante, e nenhum de nós, sem exceção, pode prescindir de aprender.
Levar uma vida de aprendizado é fundamental para ser feliz.
Viemos para a Terra para sair maiores, maiores que nós mesmos quando entramos na esfera de uma nova existência.
Vida e aprendizado precisam ser sinônimos em nossos pensamentos e atos.
Quem coleciona aprendizados deixa a si mesmo e ao mundo, melhor.

Redação do Momento Espírita com base em matéria
da revista Sorria, de março/abril 2009, ed. Mol.
Em 25.08.2009

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Sem tempo ruim



Quando despertamos todos os dias, a cada dia, com os mesmos problemas, costumamos desanimar.

Dizemo-nos cansados porque a noite, que estabeleceu o intervalo entre o ontem e o hoje, não apagou as dificuldades que ressurgem, com o dia novo.

Angustiamo-nos porque a rotina nos sufoca, os problemas se acumulam, as soluções parecem não chegar nunca.

E nos arrastamos por mais 24 horas.

No entanto, ao ouvirmos relatos de pessoas que sofreram grandes impactos em suas vidas, o que notamos é sua força de vontade vigorosa, a certeza de lutar e vencer.

Uma dessas pessoas é a americana Lauren Manning.

No dia 11 de setembro de 2001, ao entrar no edifício da Torre Norte do World Trade Center, em Nova Iorque, uma bola de fogo desceu pelo poço do elevador e a derrubou.

82% do seu corpo sofreu queimaduras.

As mãos ficaram de tal modo queimadas que nelas só existe tecido cicatrizado e osso.

Seu filho tinha, na ocasião, somente 10 meses de vida.

E, enquanto ele deixou o carrinho para engatinhar, passou a andar, aprendeu a usar o patinete e a bicicleta, ela teve de aprender a se sentar, ficar de pé, andar, usar o copo, o garfo e a faca.

Depois de mais de 25 cirurgias realizadas para enxerto de pele, correção de cicatrizes nas costas, no rosto e nas mãos, Lauren mantém o otimismo.

Os progressos físicos foram conseguidos a duras penas. Graças a uma luva especialmente ajustada, Lauren até consegue segurar uma raquete de tênis. Embora não possa sacar.

Ela ainda visita terapeutas ocupacionais e fisioterapeutas, que a ajudam a alongar as mãos delicadas, terrivelmente queimadas pelo metal quente das portas do saguão.

Com todo esse drama, Lauren diz: Eu não tenho dias ruins.

Ela e o marido aproveitam o que tem: um ao outro e ao filho Tyler que, somente aos 4 anos de idade, soube o que aconteceu com sua mãe naquele dia terrível.

Isso porque viu os pais na TV e, então, lamentou:

Não queria que você tivesse se machucado.

Em verdade, se não tivesse se atrasado, naquele dia, ela estaria no 106º andar, na hora em que o avião se chocou contra a torre. E teria morrido.

O atraso lhe salvou a vida.

Lauren brinca com o filho, sorri ao contar como faz teatrinho com ele, dramatizando histórias e confidencia que adoraria ter mais filhos.

A esperança está viva nela que conclui: A vida não poderia ser melhor.

* * *

Sejamos mais otimistas, batalhadores.

Miremo-nos em exemplos como o de Lauren, que existem às centenas.

Agradeçamos a Deus pela vida, pelas nossas dores, pelas nossas vitórias.

Não temamos o fracasso e não alimentemos tragédias.

Vivamos cada dia, com sol, chuva ou tempestade porque, afinal, a madrugada de bonanças surge sempre, concedendo-nos breve trégua, a fim de que nos reabasteçamos de luz e prossigamos.

Pensemos nisso!


Redação do Momento Espírita com base no artigo Sobrevivi, por Gail Cameron Wescott,publicado na revista Seleções Readers Digest, de setembro.2006.


domingo, 23 de agosto de 2009

O porvir e o Nada

9. - Sob o ponto de vista moral, as conseqüências são igualmente ilógicas. Em primeiro lugar é para as almas, tal como no sistema precedente, a absorção num todo e a perda da individualidade. Dado que se admita, consoante a opinião de alguns panteístas, que as almas conservem essa individualidade, Deus deixaria de ter vontade única para ser um composto de miríades de vontades divergentes.

Além disso, sendo cada alma parte integrante da Divindade, deixa de ser dominada por um poder superior; não incorre em responsabilidade por seus atos bons ou maus; soberana, não tendo interesse algum na prática do bem, ela pode praticar o mal impunemente.

10. - Demais, estes sistemas não satisfazem nem a razão nem a aspiração humanas; deles decorrem dificuldades insuperáveis, pois são impotentes para resolver todas as questões de fato que suscitam. O homem tem, pois, três alternativas: o nada, a absorção ou a individualidade da alma antes e depois da morte.

É para esta última crença que a lógica nos impele irresistivelmente, crença que tem formado a base de todas as religiões desde que o mundo existe.

E se a lógica nos conduz à individualidade da alma, também nos aponta esta outra consequência: a sorte de cada alma deve depender das suas qualidades pessoais, pois seria irracional admitir que a alma atrasada do selvagem, como a do homem perverso, estivesse no nível da do sábio, do homem de bem. Segundo os princípios de justiça, as almas devem ter a responsabilidade dos seus atos, mas para haver essa responsabilidade, preciso é que elas sejam livres na escolha do bem e do mal; sem o livre-arbítrio há fatalidade, e com a fatalidade não coexistiria a responsabilidade.

11. - Todas as religiões admitiram igualmente o principio da felicidade ou infelicidade da alma após a morte, ou, por outra, as penas e gozos futuros, que se resumem na doutrina do céu e do inferno encontrada em toda parte.No que elas diferem essencialmente, é quanto à natureza dessas penas e gozos, principalmente sobre as condições determinantes de umas e de outras.

Daí os pontos de fé contraditórios dando origem a cultos diferentes, e os deveres impostos por estes, consecutivamente, para honrar a Deus e alcançar por esse meio o céu, evitando o inferno.

12. - Todas as religiões houveram de ser em sua origem relativas ao grau de adiantamento moral e intelectual dos homens: estes, assaz materializados para compreenderem o mérito das coisas puramente espirituais, fizeram consistir a maior parte dos deveres religiosos no cumprimento de fórmulas exteriores.

Por muito tempo essas fórmulas lhes satisfizeram a razão; porém, mais tarde, porque se fizesse a luz em seu espírito, sentindo o vácuo dessas fórmulas, uma vez que a religião não o preenchia, abandonaram-na e tornaram-se filósofos.

13. - Se a religião, apropriada em começo aos conhecimentos limitados do homem, tivesse acompanhado sempre o movimento progressivo do espírito humano,não haveria incrédulos, porque está na própria natureza do homem a necessidade de crer, e ele crerá desde que se lhe dê o pábulo espiritual de harmonia com as suas necessidades intelectuais.

O homem quer saber donde veio e para onde vai. Mostrando-se-lhe um fim que não corresponde às suas aspirações nem à idéia que ele faz de Deus, tampouco aos demais, para atingir o seu desiderato, condições cuja utilidade sua razão contesta, ele tudo rejeita; o materialismo e o panteísmo parecem-lhe mais racionais, porque com eles ao menos se raciocina e se discute, embora falsamente . É á razão, porque antes raciocinar em falso do que não raciocinar absolutamente.

Apresente-se-lhe, porém, um futuro condicionalmente lógico, digno em tudo da grandeza, da justiça e da infinita bondade de Deus, e ele repudiará o materialismo e o panteísmo, cujo vácuo sente em seu foro intimo, e que aceitará à falta de melhor crença.

O Espiritismo dá coisa melhor; eis por que é acolhido pressurosamente por todos os atormentados da dúvida, os que não encontram nem nas crenças nem nas filosofias vulgares o que procuram. O Espiritismo tem por si a lógica do raciocínio e a sanção dos fatos, e é por isso que inutilmente o têm combatido.

14. - Instintivamente tem o homem a crença no futuro, mas não possuindo até agora nenhuma base certa para defini-lo, a sua imaginação fantasiou os sistemas que originaram a diversidade de crenças. A Doutrina Espírita sobre o futuro - não sendo uma obra de imaginação mais ou menos arquitetada engenhosamente, porém o resultado da observação de fatos materiais que se desdobram hoje à nossa vista - congraçará, como já está acontecendo, as opiniões divergentes ou flutuantes e trará gradualmente, pela força das coisas, a unidade de crenças sobre esse ponto, não já baseada em simples hipótese, mas na certeza. A unificação feita relativamente à sorte futura das almas será o primeiro ponto de contacto dos diversos cultos, um passo imenso para a tolerância religiosa em primeiro lugar e, mais tarde, para a completa fusão.

Livro o Céu e o Inferno - O porvir e o Nada - itens 9 a 14‏

MENSAGEM

Você está matriculado numa escola informal,
de tempo integral, chamada vida.
Nesta escola, a cada dia, terá a oportunidade
de aprender lições. Poderá gostar das lições
ou odiá-las, mas você as incluiu
como parte de seu currículo.

Chérie Carter - Scott

Apega-te à instrução e não a largues;
guarda-a, porque ela é a tua vida.

Provérbios 4:13

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

MOMENTO ESPÍRITA

Ouvidos de ouvir

Uma reunião com índios americanos revela um ensinamento importante e urgente.

Agrupados os participantes, ninguém fala. Há um longo, longo silêncio. Todos calados à espera do pensamento essencial.

Aí, de repente, alguém fala. Curto. Todos ouvem.

Terminada a fala, novo silêncio. Falar logo em seguida seria um grande desrespeito, pois o outro falou os seus pensamentos, pensamentos que ele julgava essenciais.

Esses pensamentos são estranhos aos demais. É preciso tempo para entender o que o outro falou.

Se alguém falar logo a seguir, são duas as possibilidades que se pode pensar.

Primeira – quem falou está dizendo: Fiquei em silêncio só por delicadeza. Na verdade não ouvi o que você falou. Enquanto você falava, eu pensava nas coisas que iria falar quando você terminasse sua fala.

Segunda: Ouvi o que você falou. Mas isso que você falou como novidade eu já pensei há muito tempo. É coisa velha para mim. Tanto que nem preciso pensar sobre o que você falou.

Em ambos os casos, está se chamando o outro de tolo. O que é pior do que uma bofetada.

O longo silêncio quer dizer: Estou ponderando cuidadosamente tudo aquilo que você falou.

Não basta o silêncio de fora. É preciso silêncio dentro. Ausência de pensamentos. E aí, quando se faz silêncio dentro, começa-se a ouvir coisas que não se ouvia.

* * *

Muitos são os cursos oferecidos pelo mundo afora, pretendendo ensinar a falar. Ter uma boa oratória é fundamental nos dias de hoje.

Mas será que apenas saber falar é suficiente? Não estamos esquecendo o que vem antes? Não estamos esquecendo de aprender a ouvir?

Não existem cursos de escutatória, é certo, mas aprender a ouvir corretamente é de suprema importância.

A postura humilde de quem ouve, de quem presta atenção nas palavras do outro, do que o outro diz ou não diz, é a postura do homem de bem.

Ninguém se educa, ninguém cresce, se não aprende a escutar.

Alberto Caieiro dizia que não é bastante ter ouvidos para ouvir o que é dito; é preciso também que haja silêncio dentro da alma.

Silêncio dentro da alma significa que os pensamentos devem emudecer de quando em vez.

As ideias preconcebidas, a tal maneira como sempre pensei, devem calar um pouco, e considerar algo distinto, saborear o novo.

Todos os grandes da Terra souberam ouvir, souberam se desprender de suas ideias e considerar novas, considerar o algo mais.

Grandes escritores são antes grandes leitores. Sabem escutar outros livros, antes de recitar os seus próprios.

Que possamos aprender a ouvir mais, a respeitar mais a opinião do outro, e assim aprender com todos, independente se sabem mais ou menos do que nós.

Exercitemos a tal escutatória e cultivemos o silêncio na alma, nos pensamentos.

Redação do Momento Espírita com base no texto Escutatória, do
livro O amor que acende a lua, de Rubem Alves, ed. Planeta.


ISTO ME FOI ENVIADO POR UM AMIGO

APESAR DE ENGRAÇADO VALE UMA BOA REFLEXÃO:
DE QUE FORMA VC. AGIRIA SE COLOCANDO NO LUGAR DO CHEFE OU DO EMPREGADO?




Um guarda-noturno trabalhava numa empresa especializada em lapidação de diamantes.
Uma manhã ele contou a seu chefe um sonho que tivera na noite anterior.
Disse que o avião que ele viajaria com destino à Rússia sofreria um acidente e, em conseqüência, todos os passageiros morreriam.
Seu chefe, jovem executivo, dinâmico e empreendedor, tinha verdadeiro pânico de aviões.
Assustado com a informação do empregado, decidiu cancelar o vôo.
Três dias mais tarde, leu nas manchetes dos principais jornais que aquele avião caíra no mar e, até o momento, não havia notícias de sobreviventes…!
Imediatamente chamou o guarda-noturno, mostrou a notícia do jornal, agradeceu efusivamente pelo aviso que lhe salvara a vida e, a seguir, sem nenhuma explicação, despediu-o da companhia.
O guarda não compreendeu porque tinha sido despedido depois de salvar a vida do seu chefe.
Pergunta:
- Por que o guarda foi mandado embora?

Não leia a resposta abaixo…
Pense um pouco…





…………………………………………….
Resposta:
O empregado era guarda-noturno. Se teve um sonho à noite, é porque estava dormindo em serviço…!
Conclusão:
Chefe é chefe… Por melhor que você seja e por mais que você faça, você nunca agrada.
Então, DEIXE O CHEFE MORRER!!!!!


Tamara Lopes

O espírito e suas influências

Entenda porque toda interferência mediúnica acontece de acordo com a afinidade espiritual entre os envolvidos

Desde os primeiros tempos, o homem sente que a vida não termina com a morte e que os que se foram não estão tão distantes assim. Inúmeros estudos antropológicos nos mostram que, mesmo nas civilizações mais primitivas, o homem já cultuava os seus antepassados e tinha seus feiticeiros, pajés e xamãs, numa demonstração clara que eles já sabiam da existência dos espíritos e da influência dos mesmos em nossas vidas. Com o espiritismo, essa influência passa a ser um fato observado e experimentado com rigores de ciência.

Allan Kardec, ao pesquisar fenômenos antes atribuídos ao maravilhoso e ao sobrenatural, deparou-se com os espíritos, as almas dos que aqui viveram e que ainda continuam vivos em outros planos, mas mesmo assim, podem se comunicar conosco através de pessoas dotadas de uma faculdade denominada mediunidade. Através dos chamados médiuns, Allan Kardec pôde observar os fenômenos produzidos pelos espíritos e também travar diálogos sobre vários assuntos com eles.

Destes diálogos, nasceu, em 18 de abril de 1857, O Livro dos Espíritos, que traz os princípios da doutrina espírita sobre a imortalidade da alma, a natureza dos espíritos e suas relações com os homens.

Kardec pergunta se os espíritos influenciam nossos pensamentos e nossas ações, e eles respondem: "Nesse sentido a sua influencia é maior do que supondes, porque muito freqüentemente são eles que vos dirigem".

Allan Kardec prossegue no seu diálogo com a espiritualidade e vai desvendando os mecanismos e leis envolvidas no processo de influência dos espíritos. Ele constata a existência da lei de sintonia e afinidade, que é o que determina toda interação entre os planos físicos e espirituais.

A doutrina espírita é progressiva e progride pelos ensinamentos dos próprios espíritos através dos tempos. Nos dias de hoje, o espírito Hammed nos ensina que "sintonia é o estado em que se encontram duas pessoas que se acham numa mesma igualdade de emoção, ponto de vista, crença ou pensamento". Toda interferência espiritual acontece respeitando a afinidade entre os agentes envolvidos no processo.

Por exemplo, quando pensamos no bem atraímos quem é do bem; quando pensamos no mal atraímos quem é do mal. Por isso, nos ensina o espírito Manoel Philomeno de Miranda: "Pelo pensamento, cada um de nós elege a companhia espiritual que melhor nos apraz". Concordando com o que também ensina Hammed: "Ninguém simplesmente "pega" energias nocivas ou atrai espíritos infelizes de modo casual ou fortuito. A vida não é injusta. Temos o que merecemos. Não somos vítimas impotentes vivendo um destino impiedoso".

Nada é por acaso, e todo efeito tem causa. Se estamos sendo foco de algum tipo de obsessão ou perturbação espiritual é por que de alguma forma a provocamos. Escreveu Allan Kardec: "É assim que Deus deixa à nossa consciência a escolha da rota que devemos seguir e a liberdade de ceder a uma ou a outra das influências contrárias que se exercem sobre nós".

O aspecto mais importante a sabermos sobre a influência espiritual é que não somos escravos dela e que podemos nos desvencilhar da mesma, bastando para isso, apenas nossa própria vontade e determinação. Vejamos novamente o que nos ensina o diálogo do codificador com os espíritos: "Pode o homem se afastar da influência dos Espíritos que o incitam ao mal? Sim, porque eles só se ligam aos que os solicitam por seus desejos ou os atraem por seus pensamentos.

Pode uma pessoa, por si mesma, afastar os maus espíritos e se libertar do domínio? Sempre se pode sacudir um jugo, quando se tem uma vontade firme".

Então, conforme podemos ver, a influência dos espíritos em nossas vidas existe e pode nos levar a vários caminhos, porém, nós é que escolhemos que caminho e até onde vai esta influência.

Pensemos bem antes de nos colocarmos como vítima na vida, pois somos responsáveis pela felicidade ou infelicidade que estamos vivendo e o livre-arbítrio é o grande atributo do espírito. Conforme o uso que fazemos dele, impulsionamos ou não a nossa caminhada rumo a evolução.

Influência é o ato ou efeito de influir. Ação que uma pessoa ou coisa exerce sobre outra.

Com relação aos encarnados, tanto quanto aos desencarnados, quem vai determinar se vai ou não se deixar influenciar é a própria pessoa. Pensar bem e no bem deixa de ser uma norma moral ou religiosa, para ser uma atitude profilática ou terapêutica, dependendo do caso, no que se refere a viver em paz do ponto de vista emocional e espiritual.

Para finalizar, vejamos o que diz o espírito Hammed: "A nossa melhor defesa contra os assédios espirituais é a auto-responsabilidade. Perante as influências negativas, não mais nos tornemos vítimas ou mártires, dizendo "Sou um pobre coitado! Alguém tem de fazer algo por mim!", mas, "Como transformar essa situação? Como desenvolver minhas potencialidades? Onde está o ponto de deficiência que eu preciso mudar? O que posso fazer para ter maior equilíbrio na vida?". Devemos assumir a responsabilidade pelo que estamos fazendo da nossa existência, confiantes de que Deus nos provê em tudo, e conscientes de que os espíritos não são anjos nem demônios; são apenas seres como nós, apenas fora da carne, porém, dentro da vida, dando prosseguimento ao próprio processo de evolução.

Artigo publicado na edição 40 da Revista Cristã de Espiritismo.