quinta-feira, 29 de julho de 2010

UM GESTO IMPORTANTE


Era uma tarde de calor. À beira do lago, Jesus pregava e as pessoas foram a pouco e pouco se aproximando mais.

O interesse era geral. As palavras brotavam daqueles lábios generosos como raios de luz, atingindo as almas.

Uma mulher achegou-se também, trazendo duas crianças pela mão. Sentou-se e sentou-as ao lado. Sua atenção, de imediato, se fixou na voz doce que lhe chegava, inundando-lhe o Espírito de esperanças.

Era uma mulher do povo, sofrida. Há pouco, enviuvara e, com grande esforço, lutava para se manter e aos dois pequenos. Ninguém que a pudesse socorrer.

Ao ouvir aquelas palavras que falavam de um novo reino, de um Pai amoroso e justo, sentiu o coração apaziguar-se.

Por estar muito atenta às palavras de Jesus, não se deu conta de que os pequenos haviam levantado e se encaminhavam em direção ao lago. Atraídos pelo encanto das águas, passaram a brincar descuidados.

O velho pescador Simão, no entanto, tudo viu. Prestava atenção à pregação mas também às demais necessidades da hora em curso. Por isso, levantou-se e seguiu os dois meninos. Acompanhou-os durante algum tempo.

Em certo momento, dirigiu-lhes a palavra e lhes transmitiu confiança. Tomou os dois nos braços, sentou-se numa pedra e ali ficou com eles.

Terminada a reunião, restituiu ambos ao colo materno, em meio à alegria e sincero reconhecimento.

Inspirado por uma força estranha, o discípulo compreendeu que o júbilo daquela tarde não teria sido total se as duas crianças tivessem perecido no seio das águas, despedaçando ainda mais aquele coração maternal, já tão duramente castigado pela ausência física do marido.

Naquela tarde, com aquele pequeno gesto, Pedro descobrira o prazer de servir, a alegria de ser útil.

* * *

Tal qual na doce palestra do lago de Genesaré, existem sempre momentos de servir. São gestos pequenos, coisas mínimas que passam despercebidas por muitos, mas que fazem uma grande diferença.

Assim é, por exemplo, que, durante uma palestra, podemos olhar para o lado e, descobrindo um idoso em desconforto, oferecer-lhe o lugar que ocupamos.

Mesmo que tenhamos sido daqueles primeiros a chegar, somente para encontrar um lugar melhor. Com certeza, a palavra nobre que nos chegue nos atingirá com maior vigor, pois que nos encontramos abertos ao ensino superior.

Observando uma jovem mãe com dificuldades com seu pequeno, talvez possamos nos oferecer para tranquilizá-lo, andando um pouco ao ar livre, retornando em seguida para o devolver sereno, quiçá, dormindo, aos braços maternais.

Talvez pensemos que ela deveria ter deixado a criança em casa, contudo não lhe conhecemos os problemas, nem mesmo as dificuldades.

A oportunidade de servir se apresenta em todas as horas, em todos os momentos. Saber ver e se dispor a servir é decisão individual.

* * *

O cristão é o indivíduo que deveria estar sempre disposto a servir.

Conforme o ensino de Jesus que, como Mestre, se dispôs a lavar os pés dos Seus Apóstolos, aquele de nós que desejar ser o maior no Reino dos Céus, deve se tornar o servidor atencioso, o menor dentre todos.

E o mundo necessita intensamente de braços dispostos a amparar, ajudar; de ouvidos prontos a ouvir e de bocas desejosas de disseminar palavras de esperança, paz e consolo.



Redação do Momento Espírita, com base no cap. 9 do livro

Boa nova, pelo Espírito Humberto de Campos, psicografia

de Francisco Cândido Xavier,
Quem é o seu *amante*?
(Jorge Bucay - Psicólogo)* *


" Muitas pessoas tem um *amante *e outras gostariam de ter um.
Há também as que não tem, e as que tinham e perderam".
Geralmente,
são essas últimas que vem ao meu consultório,
para me contar que estão tristes
ou que apresentam sintomas típicos de insônia,
apatia, pessimismo, crises de choro, dores etc.
Elas me contam que suas vidas transcorrem de forma monótona e sem
perspectivas, que trabalham apenas para sobreviver
e que não sabem como ocupar seu tempo livre.
Enfim, são várias as maneiras que elas encontram para dizer que estão
simplesmente perdendo a esperança.
Antes de me contarem tudo isto, elas já haviam visitado outros
consultórios,
onde receberam as condolências de um diagnóstico firme:
"Depressão",
além da inevitável receita do anti-depressivo do momento.
Assim, após escutá-las atentamente,
eu lhes digo que não precisam de nenhum anti-depressivo; digo-lhes que
precisam de um
*AMANTE*!!!
É impressionante ver a expressão dos olhos delas
ao receberem meu conselho.
Há as que pensam:
"Como é possível que um profissional se atreva a sugerir uma coisa
dessas"?!

Há também as que, chocadas e escandalizadas,
se despedem e não voltam nunca mais.
Aquelas, porém, que decidem ficar e não fogem horrorizadas, eu explico o
seguinte:
"*AMANTE*"
é aquilo que nos
"*apaixona*",
é o que toma conta do nosso pensamento antes de pegarmos no sono,
é também aquilo que, às vezes, nos
impede de dormir.
*O nosso "AMANTE* "
é aquilo que nos mantém distraídos
em relação ao que acontece à nossa volta.
É o que nos mostra o sentido e a
motivação da vida.
Às vezes encontramos o nosso
"*AMANTE"*
em nosso parceiro,
outras,
em alguém que não é nosso parceiro,
mas que nos desperta as maiores
paixões e sensações incríveis.
Também podemos encontrá-lo
na pesquisa científica ou na literatura,
na música, na política,
no esporte, no trabalho,
na necessidade de transcender espiritualmente,
na boa mesa, no estudo
ou no prazer obsessivo do passatempo predileto....
Enfim,
é *"alguém!"* ou *"algo"
*que nos faz *"namorar a vida"*
e nos afasta do triste destino de
*"ir levando"!..*
*E o que é "ir levando"**?
*Ir levando é ter medo de viver.
É o vigiar a forma como os outros vivem,
é o se deixar dominar pela pressão,
perambular por consultórios médicos,
tomar remédios multicoloridos,
afastar-se do que é gratificante,
observar decepcionado
cada ruga nova que o
espelho mostra,
é se aborrecer com o calor ou com o frio,
com a umidade,
com o sol ou com a chuva.
Ir levando
é adiar a possibilidade de desfrutar o hoje,
fingindo se contentar com a incerta e frágil ilusão,
de que talvez possamos realizar algo amanhã*.
Por favor, não se contente com
*"ir levando";*
procure um *amante*,
seja também um *amante* e um protagonista
*... DA SUA VIDA!*

Acredite:
O trágico não é morrer,
afinal a morte tem boa memória,
e nunca se esqueceu de ninguém.
O trágico é desistir de viver...
Por isso, e sem mais delongas,
procure um *amante* ...
A psicologia após estudar muito sobre o tema,
descobriu algo transcendental:
*
"**PARA ESTAR SATISFEITO, ATIVO
E SENTIR-SE JOVEM E FELIZ,
É PRECISO NAMORAR A VIDA".
TORRADAS QUEIMADAS!

Quando eu ainda era um menino, ocasionalmente, minha mãe gostava de fazer um lanche, tipo café da manhã, na hora do jantar. E eu me lembro especialmente de uma noite, quando ela fez um lanche desses, depois de um dia de trabalho, muito duro.

Naquela noite longínqua, minha mãe pôs um prato de ovos, linguiça e torradas bastante queimadas, defronte ao meu pai. Eu me lembro de ter esperado um pouco, para ver se alguém notava o fato. Tudo o que meu pai fez, foi pegar a sua torrada, sorrir para minha mãe e me perguntar como tinha sido o meu dia, na escola.

Eu não me lembro do que respondi, mas me lembro de ter olhado para ele lambuzando a torrada com manteiga e geléia e engolindo cada bocado.

Quando eu deixei a mesa naquela noite, ouvi minha mãe se desculpando por haver queimado a torrada. E eu nunca esquecerei o que ele disse:

" - Amor, eu adoro torrada queimada..."

Mais tarde, naquela noite, quando fui dar um beijo de boa noite em meu pai, eu lhe perguntei se ele tinha realmente gostado da torrada queimada. Ele me envolveu em seus braços e me disse:

" - Companheiro, sua mãe teve um dia de trabalho muito pesado e estava realmente cansada... Além disso, uma torrada queimada não faz mal a ninguém. A vida é cheia de imperfeições e as pessoas não são perfeitas. E eu também não sou o melhor marido, empregado, ou cozinheiro!"

O que tenho aprendido através dos anos é que saber aceitar as falhas alheias, escolhendo relevar as diferenças entre uns e outros, é uma das chaves mais importantes para criar relacionamentos saudáveis e duradouros.

Essa é a minha oração para você, hoje. Que possa aprender a levar o bem ou o mal colocando-as aos pés de Deus. Porque afinal, Ele é o único que poderá lhe dar uma relação na qual uma torrada queimada não seja um evento destruidor."

De fato, poderíamos estender esta lição para qualquer tipo de relacionamento: entre marido e mulher, pais e filhos, irmãos, colegas e com amigos.

Não ponha a chave de sua felicidade no bolso de outra pessoa, mas no seu próprio. Veja pelos olhos de Deus e sinta pelo coração dele; você apreciará o calor de cada alma, incluindo a sua.

As pessoas sempre se esquecerão do que você lhes fez, ou do que lhes disse. Mas nunca esquecerão o modo pelo qual você as fez se sentir.


(autor desconhecido)

domingo, 25 de julho de 2010

>> MEDIUNIDADE


“Todo aquele que sente, num grau qualquer, a influência dos Espíritos é, por esse fato, médium. Essa faculdade é inerente ao homem; não constitui, portanto, um privilégio exclusivo. (...) Pode, pois, dizer-se que todos são, mais ou menos, médiuns. (Allan Kardec, O Livro dos Médiuns, capítulo XIV).

Assim, conforme asseverou o Codificador, todos mantemos contato com o Mundo Espiritual, pois vivemos em incessante intercâmbio com o mesmo. Desta forma, ao fazermos uma oração recebemos o amparo da espiritualidade maior, do nosso protetor/mentor espiritual, entramos em contato com as usinas de força da Vida Maior. Por conseguinte, estamos exercendo a mediunidade, haja vista que recebemos a influência dos espíritos superiores. E, pela questão da sintonia vibratória, isso também vale para os espíritos menos elevados, pois quando alguém tem pensamentos inferiores, espíritos que se afinam com estes são atraídos. "O pensamento é o laço que nos une aos Espíritos, e pelo pensamento nós atraímos os que simpatizam com as nossas idéias e inclinações". Allan Kardec. Entretanto, usualmente só se chamam de médiuns “aqueles em quem a faculdade mediúnica se mostra bem caracterizada e se traduz por efeitos patentes, de certa intensidade, o que então depende de uma organização mais ou menos sensitiva”. (Allan Kardec, O Livro dos Médiuns, capítulo IX)

Posto isso, os principais tipos de mediunidade são:

.de efeitos físicos: este tipo pode ser dividido em dois grupos, ou seja, os facultativos - que têm consciência dos fenômenos por eles produzidos - e os involuntários ou naturais, que são inconscientes de suas faculdades, mas são usados pelos espíritos para promoverem manifestações fenomênicas sem que o saibam.

.dos médiuns sensitivos ou impressionáveis: são pessoas suscetíveis de sentirem a presença dos espíritos por uma vaga impressão. Esta faculdade se desenvolve pelo hábito e pode adquirir tal sutileza, que aquele que a possui reconhece, pela impressão que experimenta, não só a natureza, boa ou má, do espírito que se aproxima, mas até a sua individualidade.

.médiuns audientes ou clariaudientes: neste caso os médiuns ouvem a voz dos espíritos. O fenômeno manifesta-se algumas vezes como uma voz interior, que se faz ouvir no foro íntimo. Outras vezes, dá-se como uma voz exterior, clara e distinta, semelhante a de uma pessoa viva. Os médiuns audientes podem, assim, estabelecer conversação com os espíritos.

.médiuns videntes ou clarividentes: são dotados da faculdade de ver os espíritos. Cabe salientar que o médium não vê com os olhos, mas é a alma quem vê e por isso é que eles tanto vêem com os olhos fechados, como com os olhos abertos.

.médiuns psicofônicos: neste tipo o médium serve como um instrumento pelo qual o espírito se comunica pela fala; assim, há a acoplação do perispírito do espírito comunicante no perispírito do médium, permitindo, assim, que o espírito utilize o aparelho fonador do médium para fazer uso da fala.

.médiuns de cura: Este gênero de mediunidade consiste, principalmente, no dom que possuem certas pessoas de curar pelo simples toque, pelo olhar, mesmo por um gesto, sem o concurso de qualquer medicação. Dir-se-á, sem dúvida, que isso mais não é do que magnetismo. Evidentemente, o fluido magnético desempenha aí importante papel. Porém, quem examina cuidadosamente o fenômeno sem dificuldade reconhece que há mais alguma coisa. A magnetização ordinária é um verdadeiro tratamento seguido, regular e metódico. No caso que apreciamos, as coisas se passam de modo inteiramente diverso. Todos os magnetizadores são mais ou menos aptos a curar, desde que saibam conduzir-se convenientemente, ao passo que nos médiuns curadores a faculdade é espontânea e alguns até a possuem sem jamais terem ouvido falar de magnetismo. A intervenção de uma potência oculta, que é o que constitui a mediunidade, se faz manifesta, em certas circunstâncias, sobretudo se considerarmos que a maioria das pessoas que podem, com razão, ser qualificadas de médiuns curadores recorre à prece, que é uma verdadeira evocação.

.médiuns mecânicos: Quem examinar certos efeitos que se produzem nos movimentos da mesa, da cesta, ou da prancheta que escreve não poderá duvidar de uma ação diretamente exercida pelo Espírito sobre esses objetos. A cesta se agita por vezes com tanta violência, que escapa das mãos do médium e não raro se dirige a certas pessoas da assistência para nelas bater. Outras vezes, seus movimentos dão mostra de um sentimento afetuoso. O mesmo ocorre quando o lápis está colocado na mão do médium; freqüentemente é atirado longe com força, ou, então, a mão, bem como a cesta, se agitam convulsivamente e batem na mesa de modo colérico, ainda quando o médium está possuído da maior calma e se admira de não ser senhor de si Digamos, de passagem, que tais efeitos demonstram sempre a presença de Espíritos imperfeitos; os Espíritos superiores são constantemente calmos, dignos e benévolos; se não são escutados convenientemente, retiram-se e outros lhes tomam o lugar. Pode, pois, o Espírito exprimir diretamente suas idéias, quer movimentando um objeto a que a mão do médium serve de simples ponto de apoio, quer acionando a própria mão.

Quando atua diretamente sobre a mão, o Espírito lhe dá uma impulsão de todo independente da vontade deste último. Ela se move sem interrupção e sem embargo do médium, enquanto o Espírito tem alguma coisa que dizer, e pára, assim ele acaba.

Nesta circunstância, o que caracteriza o fenômeno é que o médium não tem a menor consciência do que escreve. Quando se dá, no caso, a inconsciência absoluta; têm-se os médiuns chamados passivos ou mecânicos. E preciosa esta faculdade, por não permitir dúvida alguma sobre a independência do pensamento daquele que escreve.

.médiuns intuitivos: 180. A transmissão do pensamento também se dá por meio do Espírito do médium, ou, melhor, de sua alma, pois que por este nome designamos o Espírito encarnado. O Espírito livre, neste caso, não atua sobre a mão, para fazê-la escrever; não a toma, não a guia. Atua sobre a alma, com a qual se identifica. A alma, sob esse impulso, dirige a mão e esta dirige o lápis. Notemos aqui uma coisa importante: é que o Espírito livre não se substitui à alma, visto que não a pode deslocar. Domina-a, mau grado seu, e lhe imprime a sua vontade. Em tal circunstância, o papel da alma não é o de inteira passividade; ela recebe o pensamento do Espírito livre e o transmite. Nessa situação, o médium tem consciência do que escreve, embora não exprima o seu próprio pensamento. E o que se chama médium intuitivo.

Mas, sendo assim, dir-se-á, nada prova seja um Espírito estranho quem escreve e não o do médium. Efetivamente, a distinção é às vezes difícil de fazer-se, porém, pode acontecer que isso pouca importância apresente. Todavia, é possível reconhecer-se o pensamento sugerido, por não ser nunca preconcebido; nasce à medida que a escrita vai sendo traçada e, amiúde, é contrário à idéia que antecipadamente se formara. Pode mesmo estar fora dos limites dos conhecimentos e capacidades do médium.

O papel do médium mecânico é o de uma máquina; o médium intuitivo age como o faria um intérprete. Este, de fato, para transmitir o pensamento, precisa compreendê-lo, apropriar-se dele, de certo modo, para traduzi-lo fielmente e, no entanto, esse pensamento não é seu, apenas lhe atravessa o cérebro. Tal precisamente o papel do médium intuitivo.

.médiuns semimecânicos: 181. No médium puramente mecânico, o movimento da mão independe da vontade; no médium intuitivo, o movimento é voluntário e facultativo. O médium semimecânico participa de ambos esses gêneros. Sente que à sua mão uma impulsão é dada, mau grado seu, mas, ao mesmo tempo, tem consciência do que escreve, à medida que as palavras se formam. No primeiro o pensamento vem depois do ato da escrita; no segundo, precede-o; no terceiro, acompanha-o. Estes últimos médiuns são os mais numerosos

.médiuns inspirados: 182. Todo aquele que, tanto no estado normal, como no de êxtase, recebe, pelo pensamento, comunicações estranhas às suas idéias preconcebidas, pode ser incluído na categoria dos médiuns inspirados. Estes, como se vê, formam uma variedade da mediunidade intuitiva, com a diferença de que a intervenção de uma força oculta é aí muito menos sensível, por isso que, ao inspirado, ainda é mais difícil distinguir o pensamento próprio do que lhe é sugerido. A espontaneidade é o que, sobretudo, caracteriza o pensamento deste último gênero. A inspiração nos vem dos Espíritos que nos influenciam para o bem, ou para o mal, porém, procede, principalmente, dos que querem o nosso bem e cujos conselhos muito amiúde cometemos o erro de não seguir. Ela se aplica, em todas as circunstâncias da vida, às resoluções que devamos tomar. Sob esse aspecto, pode dizer-se que todos são médiuns, porquanto não há quem não tenha seus Espíritos protetores e familiares, a se esforçarem por sugerir aos protegidos salutares idéias. Se todos estivessem bem compenetrados desta verdade, ninguém deixaria de recorrer com freqüência à inspiração do seu anjo de guarda, nos momentos em que se não sabe o que dizer, ou fazer. Que cada um, pois, o invoque com fervor e confiança, em caso de necessidade, e muito freqüentemente se admirará das idéias que lhe surgem como por encanto, quer se trate de uma resolução a tomar, quer de alguma coisa a compor. Se nenhuma idéia surge, é que é preciso esperar. A prova de que a idéia que sobrevém é estranha à pessoa de quem se trate esta em que, se tal idéia lhe existira na mente, essa pessoa seria senhora de, a qualquer momento, utilizá-la e não haveria razão para que ela se não manifestasse à vontade. Quem não é cego nada mais precisa fazer do que abrir os olhos, para ver quando quiser. Do mesmo modo, aquele que possui idéias próprias tem-nas sempre à disposição. Se elas não lhes vêm quando quer, é que está obrigado a buscá-las algures, que não no seu intimo.

Também se podem incluir nesta categoria as pessoas que, sem serem dotadas de inteligência fora do comum e sem saírem do estado normal, têm relâmpagos de uma lucidez intelectual que lhes dá momentaneamente desabitual facilidade de concepção e de elocução e, em certos casos, o pressentimento de coisas futuras. Nesses momentos, que com acerto se chamam de inspiração, as idéias abundam, sob um impulso involuntário e quase febril. Parece que uma inteligência superior nos vem ajudar e que o nosso espírito se desembaraçou de um fardo.

183. Os homens de gênio, de todas as espécies, artistas, sábios, literatos, são sem dúvida Espíritos adiantados, capazes de compreender por si mesmos e de conceber grandes coisas. Ora, precisamente porque os julgam capazes, é que os Espíritos, quando querem executar certos trabalhos, lhes sugerem as idéias necessárias e assim é que eles, as mais das vezes, são médiuns sem o saberem. Têm, no entanto, vaga intuição de uma assistência estranha, visto que todo aquele que apela para a inspiração, mais não faz do que uma evocação. Se não esperasse ser atendido, por que exclamaria, tão freqüentemente: meu bom gênio, vem em meu auxílio?

As respostas seguintes confirmam esta asserção:

a) Qual a causa primária da inspiração?
"O Espírito que se comunica pelo pensamento."

b) A revelação das grandes coisas não é que constitui o objeto único da inspiração?
"Não, a inspiração se verifica, muitas vezes, com relação às mais comuns circunstâncias da vida. Por exemplo, queres ir a alguma parte: uma voz secreta te diz que não o faças, porque correrás perigo; ou, então, te diz que faças uma coisa em que não pensavas. É a inspiração. Poucas pessoas há que não tenham sido mais ou menos inspiradas em certos momentos."

c) Um autor, um pintor, por exemplo, poderiam, nos momentos de inspiração, ser considerados médiuns?
"Sim, porquanto, nesses momentos, a alma se lhes torna mais livre e como que desprendida da matéria; recobra uma parte das suas faculdades de Espírito e recebe mais facilmente as comunicações dos outros Espíritos que a inspiram."

.médiuns de pressentimentos: O pressentimento é uma intuição vaga das coisas futuras. Algumas pessoas têm essa faculdade mais ou menos desenvolvida. Pode ser devida a uma espécie de dupla vista, que lhes permite entrever as conseqüências das coisas atuais e a filiação dos acontecimentos. Mas, muitas vezes, também é resultado de comunicações ocultas e, sobretudo neste caso, é que se pode dar aos que dela são dotados o nome de médiuns de pressentimentos, que constituem uma variedade dos médiuns inspirados.

"Mediunidade espírita, porém, é a que faculta o intercâmbio consciente, responsável, entre o mundo físico e o espiritual, facultando a sublimação das provas pela superação da dor e pela renúncia às paixões, ao mesmo tempo abrindo à criatura os horizontes luminosos para a libertação total, mediante o serviço aos companheiros do caminho humano, gerando amor com os instrumentos da caridade redentora de que ninguém pode prescindir". Joanna de Ângelis (espírito), livro Oferenda - pág. 130/131 -, psicografado por Divaldo Franco

.médiuns psicógrafos: Transmitem as comunicações dos espíritos através da escrita. São subdivididos em mecânicos, semimecânicos e intuitivos. Os mecânicos não têm consciência do que escrevem e a influência do pensamento do médium na comunicação é quase nenhuma. Como há um grande domínio da entidade sobre a faculdade mediúnica a idéia do espírito comunicante se expressa com maior clareza. Há casos em que o médium psicografa mensagens complexas conversando com outras pessoas, totalmente distraído do que escreve. Já nos semimecânicos, a influência da entidade comunicante sobre as faculdades mediúnicas não é tão intensa, pois a comunicação sofre uma influência do pensamento do médium. Isso ocorre com a maioria dos médiuns psicógrafos. Com relação os intuitivos, estes recebem a idéia do espírito comunicante e a interpretam, desenvolvendo-a com os recursos de suas próprias possibilidades morais e intelectuais.

“Mediunidade espírita, porém, é a que faculta o intercâmbio consciente, responsável, entre o mundo físico e o espiritual, facultando a sublimação das provas pela superação da dor e pela renúncia às paixões, ao mesmo tempo abrindo à criatura os horizontes luminosos para a libertação total, mediante o serviço aos companheiros do caminho humano, gerando amor com os instrumentos da caridade redentora de que ninguém pode prescindir”. Joanna de Ângelis (espírito), livro Oferenda – pág. 130/131 -, psicografado por Divaldo Franco




O Espiritismo
www.oespiritismo.com.br
Serás Fiel

"Serás fiel à Doutrina de Cristo, que, em nome dos Benfeitores Espirituais, te acolheu com desvelos de mãe.
Guardar-lhes-ás os preceitos de amor e luz!

Dar-lhes-ás apoio, dedicação e vida!...

Quando escutares as palavras bem postas daqueles que te abram as trilhas da irresponsabilidade, invocando os direitos da falsa emancipação, sustentarás, junto dela, a tua lealdade aos compromissos assumidos.

Ainda mesmo quando se te falem, através das lideranças humanas, que podes conciliar indisciplina e sublimação, ser-lhes-ás fiel.
Honrá-la-ás com o teu pensamento e o teu serviço, tanto quanto dela recebes paz e renovação.

Caminharás materializando-lhe os princípios.
Onde estiveres, ser-lhe-ás a mensagem viva.
Com quem estiveres, transmitir-lhe-ás o ensinamento, especialmente em forma de exemplo.

Decerto, partilharás com ela a incompreensão e a perseguição de todos aqueles que, até mesmo em nome da ciência e da filosofia, aspiram a implantar na Terra o trânsito livre das paixões desgovernadas.

Entretanto, saberás sobrepor-te a todas as circunstâncias, alçando tão alto quanto possível a flama do ideal regenerativo e edificante, expondo a bandeira da luz contra o assédio da sombra, manejada pelos nossos irmãos que ainda se recusam a aceitar no Planeta o governo moral do Cristo de Deus.

A ignorância que o crucificou - a Ele Jesus - e armou os circos do martírio durante quase trezentos anos a quantos lhe proclamassem as boas-novas ainda é a mesma que hostiliza hoje a verdade, onde quer que a verdade se encontre.

Agasalhar-te-ás, por isso, na paz da consciência, abraçando as tarefas que o Alto te confiou, e não receberás a violência da crítica no testemunho das próprias obrigações, reconhecendo que os companheiros do Evangelho que não mais se resignem a ser criticados e apedrejados, maltratados e injuriados praticamente já se afastaram da senda que lhes competia trilhar.

Consciente de que o Senhor te chamou, acima de tudo, para compreender e servir, abençoarás os espinhos da cruz renovadora que te caiba, e toda vez que o Mestre te busque o testemunho de fidelidade à Verdade Imutável ou ao Bem Imperecível, que possas responder de alma tranqüila: "Pronto, Senhor, eu estou aqui".





Autor: Emmanuel
Psicografia de Chico Xavier. Livro: Plantão de Paz
Perante os Mentores Espirituais

Ponderar com especial atenção as comunicações transmitidas como sendo da autoria de algum vulto célebre, e somente acatá-las pelos conceitos com que se enquadrem à essência doutrinária do Espiritismo.

A luz não se compadece com a sombra.

Abolir a prática da invocação nominal dessa ou daquela entidade, em razão dos inconvenientes e da desnecessidade de tal procedimento em nossos dias, buscando identificar os benfeitores e amigos espirituais pelos objetivos que demonstrem e pelos bens que espalhem.


O fruto dá notícia da árvore que o produz.


Apagar a preocupação de estar em permanente intercâmbio com os Espíritos protetores, roubando-lhes tempo para consultá-los a respeito de todas as pequeninas lutas da vida, inclusive problemas que deva e possa resolver por si mesmo.

O tempo é precioso para todos.


Acautelar-se contra a cega rendição à vontade exclusiva desse ou daquele Espírito,
e não viciar-se em ouvir constantemente os desencarnados, na senda diária, sem maior consideração para com os ensinamentos da própria Doutrina.

Responsabilidade pessoal, patrimônio intransferível.

Honrar o nome e a memória dos mentores que lhe tenham sido companheiros ou parentes consangüíneos na Terra, abstendo-se de endereçar-lhes petitórios desregrados ou descabidas exigências.
A comunhão com os bons cria para nós o dever de imitá-los.

Furtar-se de crer em privilégios e favores particulares para si, tão-somente porque esse ou aquele mentor lhe haja dirigido a palavra pessoal de encorajamento e carinho.

Auxílio dilatado, compromisso mais amplo.

“Amados, não creiais a todo Espírito, mas provai se os Espíritos são de Deus.” (I JOÃO, 4:1.)




Autor: André Luiz
Psicografia de Waldo Vieira. Livro: Conduta Espírita
Anote Hoje

Anote quanto auxílio poderá você prestar ainda hoje. Em casa, pense no valor desse ou daquele gesto de cooperação e carinho.

No relacionamento comum, faça a gentileza que alguém esteja aguardando conforme a sua palavra.

No grupo de trabalho, ouça com bondade a frase menos feliz sem passá-la adiante.

Ofereça apoio e compreensão ao colega em dificuldade.

Estimule o serviço com expressões de louvor.

Quanto puder, procure resolver problemas sem alardear seu esforço.

Em qualquer lugar, pratique a boa influência.

Desculpe faltas alheias, consciente de que você também pode errar.

Observe quanto auxílio poderá você desenvolver no trânsito, respeitando sinais.

Acrescente paz e reconforto à dádiva que fizer.

Evite gritar para não chocar a quem ouve.

Pague a sua pequena prestação de serviço à comunidade, conservando a limpeza, por onde passe.

Sobretudo, mostre simpatia e reconhecerá que o seu sorriso, em favor dos outros, é sempre uma chave de luz para que você encontre novas bênçãos de Deus.





Autor: André Luiz
Psicografia de Francisco Cândido Xavier. Livro: Amanhece
Não basta Compreender a Doutrina; é Preciso, Sobretudo, Assimilá-la

Autor: J. Herculano Pires

Não basta aceitar os princípios renovadores da Doutrina dos Espíritos. É preciso vivê-los. Todas as doutrinas são sistemas lógicos, acessíveis à compreensão intelectual. Desse ponto de vista, o Espiritismo pode ser compreendido por qualquer pessoa curiosa e de capacidade mental comum. Trata-se de uma doutrina clara, baseada em princípios de fácil assimilação, embora por baixo dessa simplicidade existam problemas complexos, de ordem científica e filosófica. É tão fácil compreendê-lo, desde que se estude criteriosamente as suas obras básicas.





A simples compreensão de uma doutrina, porém, não implica a sua vivência. Além de compreendê-la, temos de senti-la. Somente quando compreendemos e sentimos o Espiritismo, quando o incorporamos à nossa personalidade, quando o assimilamos profundamente em nosso ser, é que podemos vivê-lo. Daí a razão de Allan Kardec ter afirmado a existência de vários tipos de espíritas, concluindo que “o verdadeiro espírita se conhece pela sua transformação moral”. Espiritismo compreendido e vivido transforma moralmente o homem.





Viver o Espiritismo, entretanto, não é viver no meio espírita, fazendo ou freqüentando sessões, lendo obras doutrinárias ou ouvindo conferências. Pode fazer-se tudo isso, e ainda mais, - pode-se até mesmo gastar muito dinheiro e tempo em obras de assistência social, - atendendo apenas à compreensão intelectual da doutrina, sem vivê-la. Porque viver o Espiritismo é pautar todas as ações pelos princípios doutrinários. É moldar a conduta pela doutrina. É agir, em todas as ocasiões, como o verdadeiro espírita de que fala Allan Kardec.





Ainda neste ponto, porém, é necessário lembrar que não basta a conduta externa. Não basta a aparência. Nada mais avesso, aliás, às aparências, do que o Espiritismo. Anti-formal por excelência, contrário aos convencionalismos sociais e religiosos, o Espiritismo, como dizia Kardec: “é uma questão de fundo e não de forma”. Por isso mesmo, não podemos vivê-lo de maneira externa. Antes da conduta exterior, temos de reformar a nossa conduta interna, modificar nossos hábitos mentais e verbais. Pensar, falar e agir de acordo com os princípios renovadores da moral espírita, que é a própria moral evangélica, racionalmente esclarecida pela Doutrina do Consolador.





Surge ainda uma dificuldade, que devemos tentar esclarecer. Chegados a este ponto, muita gente nos perguntará, como sempre acontece, quando falamos a respeito: “O espírita deve então sujeitar-se rigidamente a um molde doutrinário?” Não, pois se assim fizesse estaria impedindo o seu livre desenvolvimento moral. Quando falamos em “moldar a conduta”, fazêmo-lo num sentido de orientação, nunca de esquematização. O espírita deve ser livre, pois, como acentuava o apóstolo Paulo “onde não há liberdade não está o Espírito do Senhor”. Só a liberdade dá responsabilidade, e só a responsabilidade produz a verdadeira moral.





Ao procurar viver o Espiritismo, devemos portanto evitar as atitudes formais que conduzem ao artificialismo, e conseqüentemente à mentira e à hipocrisia. Como se vê, esse é o caminho contrário ao da Doutrina dos Espíritos, é o caminho tortuoso da Doutrina dos Homens, no plano mundano. Devemos ser naturais. E como modificar a nossa natureza inferior, sendo naturais? Primeiro, compreendendo que temos essa natureza inferior e precisamos modificá-la, o que fazemos pela compreensão da doutrina; depois, sentindo a necessidade de modificá-la, o que fazemos pela assimilação emocional da doutrina. Nossa transformação moral deve começar de dentro, e não de fora. Dos pensamentos e sentimentos, e não das atitudes exteriores. Deve ser uma transformação para Deus ver, não para os homens verem.





A falta de compreensão desse problema leva muitos espíritas a posições incômodas dentro da doutrina, e o que é pior, a posições comprometedoras para o movimento doutrinário. E leva também a lamentáveis confusões, principalmente no tocante ao problema religioso. Quando compreendemos, porém, que o Espiritismo não é somente um sistema doutrinário para assimilação intelectual, mas que é sobretudo, vida, norma de vida, e principalmente, seiva renovadora da vida humana na terra, então compreendemos que não é possível separar-se, dos seus aspectos científicos e filosóficos, o seu poderoso aspecto religioso. Lembremos ainda o que dizia Kardec, ou seja, que o Espiritismo é forte justamente por afirmar e esclarecer as mesmas verdades fundamentais da religião.




O Espiritismo
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FIDELIDADE DOUTRINÁRIA

“O Espiritismo deve ser divulgado conforme foi apresentado por Allan Kardec, sem adaptações nem acomodações de conveniência em vãs tentativas de conseguir-se adeptos. É a doutrina que se fundamenta na razão, que decorre da observação do fato em laboratório e, por isso mesmo, não se compadece com as extravagâncias em predomínio nos diferentes segmentos religiosos da Humanidade nos seus mais diversos períodos. Possui a sua própria estrutura, que resiste a quaisquer investidas e lutas, permanecendo inabalável, sem que tenha necessidade de reformular conceitos para acompanhar modismos e modernismos, a pretexto de adaptá-la aos caprichos então vigentes.

“Por meio sub-reptício, porém, não faltam tentativas de enxerto de idéias e convenções, práticas inconvenientes e comportamentos que não encontram guarida na sua rígida contextura doutrinal que, aceitos, poderiam criar desvios, através dos quais atrairia os incautos e desconhecedores das suas propostas corretas, destituídas de compromissos com outras doutrinas, que iriam criar, sem dúvida, perturbações perfeitamente evitáveis.

“Atualmente, alguns indivíduos pretendem deixar à margem os estudos dos seus postulados, para que sejam adotados programas com os quais o Espiritismo não tem compromisso nenhum.

“Certamente, o desenvolvimento cultural do espírito faz parte da proposta doutrinária, no entanto, deve existir total preferência e comprometimento pelo estudo e reflexão nos ensinamentos que se encontram exarados na Codificação.

“O Espiritismo possui suas próprias características, conforme delineadas por Allan Kardec, a fim de manter os seus aspectos filosófico, científico e religioso inalteráveis.

“Qualquer enxerto, por mais delicado se apresente para ser aceito, fere-lhe a integridade, porque ele é um bloco monolítico, que não dispõe de espaço para adaptações, nem acréscimos que difiram da sua estrutura básica.

“Indispensável, portanto, a vigilância de todos os espíritas sinceros, para que o escalracho seitista e sutil da invasão de teses estranhas não predomine no seu campo de ação, terminando por asfixiar a planta boa que é, cuja mensagem dispensa as propostas reformadoras, caracterizadas pela precipitação e pelo desconhecimento dos seus ensinamentos.

“O Espiritismo resiste aos seus oponentes, que o caluniam insensatamente e aos seus adeptos invigilantes que se deixam fascinar pela vaidade, buscando promoção do ego, projeção da personalidade doentia, através da sua extraordinárias contribuição.

“Simples como um raio de luz e poderoso como a chama crepitante, o Espiritismo é a resposta sábia dos Céus às interrogações da criatura aflita na Terra, conduzindo-a ao encontro de Deus.

“Preservá-lo da presunção dos reformadores e das propostas ligeiras dos que o ignoram e apenas fazem parte dos grupos onde é apresentado, constitui dever de todos nós, encarnados e desencarnados, que fomos convidados ao esforço de edificar a Nova Era do Espírito Imortal, seguindo as pegadas de Allan Kardec, o discípulo fiel e incorruptível de Jesus”

VIANNA DE CARVALHO (ESPÍRITO) / PSICOGRAFIA DE DIVALDO FRANCO
SALVADOR (BA), 07 DE AGOSTO DE 1996.

Vianna de Carvalho (1874 – 1926)

“Foi o primeiro grande orador espírita. O seu nome representou verdadeira bandeira no campo da disseminação do Espiritismo, pois, o que ele fez em vários anos de luta e de atividades intensíssimas é algo que ainda não se pode mensurar, tal o gigantismo da tarefa por ele desenvolvida em todo o país.



“A sua palavra era atraente e arrebatadora, conseguindo uma penetração inusitada e inconfundível. Como conferencista era dos mais requisitados, uma vez que seu verbo inspirado, sua voz harmoniosa, sua animação eram impressionantes. Foi, na realidade, um fenômeno da palavra.”


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sexta-feira, 16 de julho de 2010


ETERNIDADE







O que eu tenho não me pertence embora faça parte de mim. Tudo o que sou me foi um dia emprestado pelo Criador, para que eu possa dividir com aqueles que entram na minha vida. Ninguém cruza nosso caminho por acaso e nós não entramos na vida de alguém sem nenhuma razão. Há muito que dar e o que receber; há muito que aprender, com experiências boas ou negativas. É isso... Tente ver as coisas negativas que acontecem com você como algo que acontece por uma razão precisa. E não se lamente pelo ocorrido, além de não servir de nada reclamar, isso vai lhe vendar os olhos para continuar seu caminho. Quando não conseguimos tirar da cabeça que alguém nos feriu, estamos somente reavivando a ferida, tornando-a muitas vezes bem maior do que era no início. Nem sempre as pessoas nos ferem voluntariamente. Muitas vezes somos nós que nos sentimos feridos e a pessoa nem mesmo percebeu; e nos sentimos decepcionados porque aquela pessoa não correspondeu às nossas expectativas. Às nossas expectativas! E sabemos lá quais eram as suas expectativas? Nós tanto nos decepcionamos quanto decepcionamos os outros. Mas, claro, é bem mais fácil pensar nas coisas que nos atingem. Quando alguém lhe disser que o magoou sem intenção, acredite nela! Vai lhe fazer bem, Assim, talvez ela possa entender quando você, sinceramente, disser que “foi sem querer.” Dê de você mesmo o quanto puder! Sabe, quando você se for, a única coisa que vai deixar é a lembrança do que fez aqui. Seja bom, tente dar sempre o primeiro passo, nunca negue uma ajuda ao seu alcance, perdoe e dê de você mesmo. SEJA UMA BENÇÃO! Deus não vem em pessoa para abençoar. Ele usa os que estão aqui dispostos a cumprir essa missão. Todos nós podemos ser anjos. A eternidade está nas mãos de todos nós. Viva de maneira que quando você se for, muito de você ainda fique naqueles que tiveram a boa ventura de encontrá-lo!

AUTOR CHICO XAVIER

sexta-feira, 9 de julho de 2010


A importância da palavra.




A palavra cria a idéia.
A idéia engedra ação.
A ação inspira novas idéias.
Idéias novas provocam comentários.
Comentários se repetem.
As idéias se propagam.
E, assim novas ações se viabilizam.
Não desconsideres, pois, a importância da palavra em teus lábios.
O que dizes ou pensas pode ser semente do bem ou do mal.
Lavoura de treva ou luz.
Não articules verbalmente tudo que pensas.
Nem coloque em ação tudo que dizes.




DEVER E TRABALHO






O compromisso de trabalho inclui o dever de associar-se a criatura ao esforço de equipe na obra a realizar.
Obediência digna tem o nome de obrigação cumprida no dicionário da realidade.
Quem executa com alegria as tarefas consideradas menores, espontaneamente se promove as tarefas consideradas maiores.
A câmara fotográfica nos retrata por fora, mas o trabalho nos retrata por dentro.
Quem escarnece da obra que honorifica a existência, desprestigia a si mesmo.
Servir além de o próprio dever não é bajular e sim entesourar apóio e experiência, simpatia e cooperação.
Na formação e complementação de qualquer trabalho, é preciso compreender para sermos compreendidos.
Quando o trabalhador converte o trabalho em alegria, o trabalho se transforma na alegria do trabalhador.


André Luiz.























SE NÃO HOUVER AMANHÃ



Se eu soubesse que essa seria a ultima vez que eu veria você dormir...
Eu aconchegaria você mais apertado, e rogaria ao Senhor que protegesse você.
Se eu soubesse que essa seria a ultima vez que veria você sair pela porta, eu abraçaria... E beijaria você e chamaria você de volta, para abraçar e beijar mais uma vez.
Se eu soubesse que seria a ultima vez que ouviria sua voz em oração, eu filmaria cada gesto, cada palavra sua, para que eu pudesse ver e ouvir de novo dia após dia.
Se eu soubesse que essa seria a ultima vez, eu gastaria um minuto extra ou dois para, parar e dizer: EU TE AMO.
Ao invés de assumi que você já sabe disso.
Se eu soubesse que essa seria a ultima vez, eu estaria ao seu lado partilhando do seu dia, ao invés de pensar:
“bem eu tenho certeza que outras oportunidades virão, então eu posso passar esse dia”.
“É claro que haverá um amanhã para se fazer uma revisão, e nós teremos uma segunda chance para fazer as coisas de maneira correta.”
“É claro que haverá outro dia para dizermos um ao outro: EU TE AMO”.
“E certamente haverá uma nova chance de dizermos um para o outro: Posso te ajudar em alguma coisa?”
Mas no caso de eu estar errado, e hoje ser o ultimo dia que temos, eu gostaria de dizer o quanto eu amo você e, espero que nunca esqueçamos isso.

***

AUTOR: ESPOSO DE UMA DAS AEROMOÇAS VITIMA DO ATENTADO AO AVIÃO NO DIA 11 DE SETEMBRO.

***


O dia de amanhã não está prometido para ninguém, jovem ou velho, e hoje pode ser a sua ultima chance de segurar bem apertado, a pessoa que você ama.
Se você está esperando pelo amanhã por que não fazer hoje?
Porque se o amanhã não vier, você com certeza se arrependerá pelo resto de sua vida, de não ter gasto aquele tempo extra...
Num sorriso, num abraço, num beijo, porque você estava “muito ocupado” para dar para aquela pessoa, aquilo que acabou sendo o ultimo desejo que ela queria.
Então abrace o seu amado, a sua amada, hoje bem apertado.
Sussurre no seu ouvido dizendo o quanto (o) a ama e o quanto (o) a quer junto de você.
Gaste um tempo para dizer: “Me desculpe” “Por favo, me perdoe”, “Obrigado”. Ou ainda? “Não foi nada, está tudo bem”.
Porque se o amanhã jamais chegar, você não terá que se arrepender pelo dia de hoje.

Pense nisso...


























FELICIDADE



Felicidade é saber aproveitar todos os momentos como se fossem os últimos.
Passamos a vida em busca da felicidade. Procurando o tesouro escondido. Corremos de um lado para o outro esperado descobrir a chave da felicidade. Esperamos que tudo que nos preocupa se resolva num passe de mágica. E achamos que a vida seria tão diferente, se pelo menos fossemos felizes.
E assim uns fogem de casa para ser feliz. Outros fogem para a casa em busca da felicidade. Uns se casam pensando em ser feliz. Outros se divorciam para ser feliz. Uns desejam viver sozinhos para serem felizes. Outros desejam possuir uma grande família a fim de ser feliz.
Uns fazem viagens caríssimas buscando ser feliz. Analisam roteiros, escolherem os melhores hotéis, os pontos turísticos mais invejáveis para visitar.
Outros trabalham alem do normal buscando a felicidade. Fazem horas extras, inventam treinamentos e mais treinamentos para encher sempre mais os seus dias com compromissos profissionais.
Uns desejam ser profissionais liberais para comandar a sua própria vida e poder ser feliz. Outros desejam ser empregados para ter a certeza do salário no final do mês e assim ser feliz.
Outros, ainda, desejam trabalhar por comissão, assegurando que o seu esforço se transforme em melhor remuneração e assim ser feliz.
É uma busca infinita. Anos desperdiçados. Nunca a lua está ao alcance das mãos. Nunca o fruto está maduro. Nunca o carinho recebido é suficiente. Mas há uma forma melhor de viver! A partir do momento em que decidimos ser feliz, nossa busca da felicidade chegou ao fim.
É que percebemos que a felicidade não está na riqueza material, na casa nova, no carro novo, naquela carreira, naquela pessoa. E jamais está à venda.
Quando não conseguimos achar satisfação dentro de nós mesmos, é inútil procurar em outra parte.
Sempre que dependemos de fatores externos para ter alegria, estamos fadados a decepção.
Repartir nossas alegrias é como espalhar perfumes sobre os outros: sempre algumas gotas acabam caindo sobre nós mesmos. Se chover, seja feliz com a chuva que molha os campos, varre as ruas e limpa a atmosfera.
Se fizer sol, aproveite o calor. Se houver flores em seu jardim, aproveite o perfume. Se tudo estiver seco, aproveite para colocar as mãos na terra, plantar sementes e aguardar a floração.
Se tiver amigos, aproveite para bater um papo, troque idéias e seja feliz com a felicidade deles.
Em vão procuramos a verdadeira felicidade fora de nós, se não possuímos a sua fonte dentro de nós.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

ANTE A DOR



Muitos de nós reagimos de forma bastante negativa aos sofrimentos.
Cremos em Deus, falamos de fé, esperança e gratidão ao Pai enquanto nossa vida corre tranqüila.
Contudo, quando os ventos dos reveses nos atormentam, a revolta se instala e gritamos: Por que, Deus? Por que comigo?
Nesses momentos, esquecemos que Deus é o Pai de Amor e Justiça, olvidamos do poder da prece, esquecemos tantas coisas...
Analisando, no entanto, a vida de algumas criaturas verificamos que sofrem muito mais do que nós e não se mostram rebeldes, nem ingratas.
Recordamos que, mais ou menos seis anos antes de morrer, Francisco de Assis passou a sofrer de uma grave doença nos olhos, que lhe causava fortes dores.
A visão parecia coberta por um véu. Primeiro, ele começou a sentir como se os olhos estivessem se rasgando. Mais tarde, as pálpebras incharam devido à irritação e infecção.
Esfregar os olhos somente piorava. A luz o incomodava. E sua visão foi ficando sempre pior.
Acredita-se que se tratava de uma doença que grassava no clima seco e arenoso do Egito: o tracoma.
Francisco havia passado bastante tempo no acampamento dos cruzados, nas margens fétidas e úmidas do rio Nilo. Ali faltava higiene adequada e as doenças se alastravam.
No início da primavera de 1225, amigos levaram Francisco a um médico que havia imaginado um método revolucionário no tratamento das doenças dos olhos.
O médico chegou com o instrumento de ferro usado para cauterização. Acendeu o fogo e depois colocou nele o ferro.
Os amigos explicaram a Francisco o que ia fazer o médico: já vermelhos, os ferros seriam aplicados para queimar a carne dos dois lados da cabeça de Francisco, das maçãs do rosto às sobrancelhas.
As veias das têmporas seriam abertas e a esperança era que a infecção que causava a cegueira fosse drenada.
Enquanto os ferros avermelhavam, Francisco espantou a todos.
Com voz fraca e, com certeza, ansiosa, falou:
Meu irmão fogo és nobre e útil entre todas as criaturas do Altíssimo. Sê bondoso comigo nesta hora.
Durante muito tempo te amei. Rogo a nosso Criador que te fez para que tempere teu calor, a fim de que eu possa suportar.
E com um gesto, abençoou o fogo.
Os amigos, apavorados com o procedimento que seria executado, fugiram e ele ficou só com o médico.
Os ferros foram aplicados e a queimadura se estendeu das orelhas às sobrancelhas. A cabeça ficou cauterizada. As veias abertas.
Quando os companheiros retornaram à sala, o paciente estava extraordinariamente calmo e sem queixas.
Todo o procedimento foi ineficiente, mas o que ressalta é a fé de Francisco, exemplificando que o verdadeiro cristão deve suportar a dor, com serenidade, atestando da sua coragem.
* * *
Com certeza, muito ainda temos que aprender. Mas, enquanto os dias de bonança nos abraçam, oremos e peçamos a Deus que nos fortaleça para os dias de tempestade que poderão advir, em algum momento.

Pensemos nisso.

Redação do Momento Espírita, com base no cap. Quinze (1225-1226), do livro Francisco de Assis, o santo relutante, de Donald Spoto.

À PRECE


A oração não será um processo de fuga do caminho escuro que nos cabe percorrer, mas constituirá uma abençoada luz em nosso coração, clareando-nos a marcha.
Não representará uma porta de escape ao sofrimento regenerativo de que ainda carecemos, mas expressará um bordão de arrimo, com o auxílio do qual superaremos a ventania da adversidade, no rumo da bonança.
Não será um privilégio que nos exonere da enfermidade retificadora, ambientada em nosso próprio templo orgânico pela nossa incúria e pela nossa irreflexão, no abuso dos bens do mundo, entretanto, comparecerá por remédio balsamizante e salutar, que nos renove as energias, em favor de nossa própria cura.
Não será uma prerrogativa indébita que nos isente da luta humana, imprescindível ao nosso aperfeiçoamento individual, todavia, brilhará em nossa experiência por sublime posto de reabastecimento espiritual, suscetível de garantir-nos a resistência e o valor na tarefa de renunciação e sacrifício em que nos cabe perseverar.
Não será uma outorga de recursos para que os nossos caprichos pessoais sejam atendidos, no jardim de nossas predileções afetivas, contudo, será uma dispensação de forças para que possamos tolerar galhardamente as situações mais difíceis, diante daqueles que nos desagradam, em sociedade ou em família, ajudando-nos, pouco a pouco, a edificar o santuário da verdadeira fraternidade, no próprio coração, em cujo altar amealharemos o tesouro da paz e do discernimento.
Ainda mesmo que te encontres no labirinto quase inextricável das provações inflexíveis, ainda mesmo que a tua jornada se alongue sob o granizo da discórdia e da incompreensão, em plena sombra cultiva a prece, com a mesma persistência em que empregas na procura diária da água para a sede e do pão para a fome do corpo.
Na dor, ser-te-á divino consolo, na perturbação constituirá tua bússola.
Não olvides que a permanência na Terra é uma simples viagem educativa de nossa alma, no espaço e no tempo, e não te esqueças de que somente pela oração descobriremos cada dia, o rumo que nos conduzirá de retorno aos braços amorosos de Deus.



Emmanuel- Do livro À Luz da Oração

terça-feira, 6 de julho de 2010

O TRABALHO É LEI DA VIDA



O trabalho é lei da vida.
Em a natureza tudo trabalha...
Trabalham os vermes na intimidade da terra, tornando-a fofa e produzindo o húmus nutriente para alimentar as plantas.
Trabalham os pássaros, na construção dos próprios ninhos e na disseminação do pólen das flores.
Trabalham as flores, doando seu perfume ao ar e permitindo o nascimento dos frutos.
Trabalham os insetos, polinizando as flores e desempenhando a parte que lhes cabe na estrutura do ecossistema.
Trabalham também os rios, fertilizando o solo e dessedentando homens e animais.
Trabalham as nuvens, fornecendo a chuva que rega as plantas e purifica a atmosfera.
Trabalham as árvores, abrindo seus galhos quais braços fraternos, acolhendo os ninhos e fazendo sombra na caminhada dos homens.
Trabalha igualmente o Sol, estrela incansável que jamais deixa de estender seus raios quentes, espancando as trevas e favorecendo a vida.
Trabalha a Lua, controlando as marés e deslumbrando os olhares apaixonados dos namorados, que sonham um dia poder oferecê-la a alguém em nome do amor.
Trabalham os oceanos, abrigando na intimidade várias formas de vida e transportando, em suas ondas, as embarcações, permitindo a ligação entre os Continentes.
Trabalha também o vento, acariciando com igual doçura os carvalhos gigantes e as pequeninas hastes da relva.
Tudo em a natureza trabalha...
E trabalham também os homens...
Quem aceitaria, de boa vontade, ser um caniço (Vara de pescar)
mudo e surdo quando tudo o mais canta em uníssono?
Mas todo trabalho é vazio, exceto quando há amor...
É pelo trabalho que nos unimos a nós mesmos, unindo-nos uns aos outros e a Deus.
E o que é trabalhar com amor?
É tecer o tecido com fios desfiados do nosso próprio coração, como se nosso bem-amado fosse usar esse tecido.
É construir uma casa com afeição, como se nosso bem-amado fosse habitar essa casa.
É semear as sementes com ternura e recolher a colheita com alegria, como se nosso bem-amado fosse comer os frutos.
É por em todas as coisas que fazemos um sopro da nossa alma...
Quando trabalhamos com amor, somos como uma flauta através da qual o murmúrio das horas se transforma em suave melodia, espalhando notas de alegria no ar, contagiando tudo o que nos rodeiam.
***
A câmara fotográfica nos revela por fora, mas o trabalho nos retrata por dentro.
Em tudo aquilo que façamos, na atividade que o Senhor nos haja oferecido, estamos colocando nosso retrato, nossa marca registrada.
E quando o trabalhador converte o trabalho em alegria, o trabalho se transforma na alegria do trabalhador.
Pensemos nisso!

(O Profeta, de Gibran Kalil Gibran, cap. O trabalho e Sinal Verde, caps. 17 e 18)
Teoria e prática


O conhecimento liberta da ignorância.
Todavia, somente a aplicação do que se aprendeu liberta do sofrimento.
Há uma expressiva diferença entre a teoria e a prática, em todos os segmentos da Humanidade.
A teoria ensina mas a prática afere o valor.
Não basta saber.
É imprescindível utilizar o que se conhece.
O conhecimento amplia os horizontes do entendimento.
A sua aplicação alarga as paisagens da vida.
A mente conhecedora deve movimentar as mãos no uso desses preciosos recursos.
Conhecimento valioso é aquele que pode mover essas conquistas em favor do bem de seu possuidor e do meio social em que este se encontra.
A informação que não produz bênçãos e nem dispõe à ação útil é nula.
Ao conhecer, você saberá que a sua renúncia auxilia a comunidade, sem que espere a abnegação dos outros em seu benefício.
O conhecimento superior estimula à imediata atividade.
O hábito de acumular informações sem finalidade prática facilmente se converte em presunção.
Todo homem tem a obrigação de conhecer para viver em um mundo que cada vez mais se sofistica.
Sem amor pelo conhecimento, ele logo se torna desatualizado e começa a viver do passado.
Mas não basta se dedicar a assimilar informações dos mais variados setores da cultura humana.
Simultaneamente, o homem deve praticar os salutares conhecimentos que armazena.
O conhecer necessita contribuir para uma existência realizadora, humana e feliz.
Sempre que ler, exercite a praticidade do contributo cultural que assimila.
A vida terrena passa com muita rapidez e traz oportunidades que nem sempre se repetem.
Movimente os seus recursos renovados pelas leituras que faz.
Ao agir de forma lúcida em favor do progresso, próprio e alheio, você concretiza suas chances de paz e ventura.
Conta-se que célebre monge budista, estudando determinado livro, descobriu que não era lícito utilizar a pele de animais para conforto pessoal.
De imediato, levantou-se do catre e dali retirou o couro de urso que lhe servia de apoio macio sobre as ripas da cama áspera.
Prosseguindo a leitura, encontrou assinalado que a pele dos animais eventualmente poderia ser utilizada.
Essa utilização seria lícita por parte de quem estivesse enfermo esquálido ou envelhecido, a fim de ter diminuídas as penas e dores.
Ato contínuo, recolocou o couro do urso no lugar de onde o retirara, deitou-se sobre ele e continuou a ler.

* * *

É preciso estudar e aprimorar o intelecto constantemente.
Contudo, conhecimento que não se transforma em utilidade pode ser qual um sepulcro caiado por fora.
Embora a beleza exterior, oculta podridão e morte por dentro, na forma de orgulho e ostentação.
Pense nisso.

Redação do Momento Espírita com base no cap. 17, do livro Momentos de felicidade, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco.
Vinte conselhos das Universidades de Medicina Harvard e Cambridge. Elas publicaram recentemente um compêndio com 20 Conselhos saudáveis para melhorar a qualidade de vida de forma prática e habitual:


01- Um copo de suco de laranja
diariamente para aumentar o ferro e repor a vitamina C.

02- Salpicar canela no café
(mantém baixo o colesterol e estáveis os níveis de aúcar no sangue).

03- Trocar o pãozinho tradicional pelo pão integral
O pão integral tem 4 vezes mais fibra, 3 vezes mais zinco e quase 2 vezes mais ferro que tem o pão branco.

04- Mastigar os vegetais por mais tempo.
Isto aumenta a quantidade de químicos anticancerígenos liberados no corpo. Mastigar libera sinigrina. E quanto menos se cozinham os vegetais, melhor efeito preventivo têm.

05- Adotar a regra dos 80%:
servir-se menos 20% da comida que costuma comer, evita transtornos gastrintestinais, prolonga a vida e reduz o risco de diabetes e ataques de coração.

06- LARANJA o futuro está na laranja, que reduz em 30% o risco de câncer de pulmão.

07- Fazer refeições coloridas como o arco-íris .
Comer DIARIAMENTE, uma variedade de vermelho, laranja, amarelo, verde, roxo e branco em frutas e vegetais, cria uma melhor mistura de antioxidantes, vitaminas e minerais.

08- Comer pizza, macarronada ou qualquer outra coisa com molho de tomate.
Mas escolha as pizzas de massa fininha. O Licopeno, um antioxidante dos tomates pode inibir e ainda reverter o crescimento dos tumores; e ademais é melhor absorvido pelo corpo quando os tomates estão em molhos para massas ou para pizza .

09- Limpar sua escova de dentes e trocá-la regularmente .
As escovas podem espalhar gripes e resfriados e outros germes. Assim, é recomendado lavá-las com água quente pelo menos quatro vezes à semana (aproveite o banho no chuveiro), sobretudo após doenças, quando devem ser mantidas separadas de outras escovas.

10- Realizar atividades que estimulem a mente e fortaleçam sua memória...
Faça alguns testes ou quebra-cabeças, palavras-cruzadas, aprenda um idioma, alguma habilidade nova... Leia um livro e memorize parágrafos; escreva, estude, aprenda. Sua mente agradece e seus amigos também, pois é interessante conversar com alguém que tem assunto.

11- Usar fio dental e não mastigar chicletes .
Acreditem ou não, uma pesquisa deu como resultado que as pessoas que mastigam chicletes têm mais possibilidade de sofrer de arteriosclerose, pois tem os vasos sanguíneos mais estreitos, o que pode preceder a um ataque do coração. Usar fio dental pode acrescentar seis anos a sua idade biológica porque remove as bactérias que atacam aos dentes e o corpo.

12- Rir.
Uma boa gargalhada é um 'mini-workout’, um pequeno exercício físico: 100 a 200 gargalhadas equivalem a 10 minutos de corrida. Baixa o estresse e acorda células naturais de defesa e os anticorpos.

13- Não descascar com antecipação.
Os vegetais ou frutas, sempre frescos, devem ser cortados e descascados na hora em que forem consumidos. Isso aumenta os níveis de nutrientes contra o câncer. Sucos de fruta têm que ser tomados assim que são preparados.

14- Ligar para seus parentes/pais de vez em quando. (sempre)
Um estudo da Faculdade de Medicina de Harvard concluiu que 91% das pessoas que não mantém um laço afetivo com seus entes queridos, particularmente com a mãe, desenvolvem alta pressão, alcoolismo ou doenças cardíacas em idade temporã.

15- Desfrutar de uma xícara de chá.
O chá comum contém menos níveis de antioxidantes que o chá verde, e beber só uma xícara diária desta infusão diminui o risco de doenças coronárias. Cientistas israelenses também concluíram que beber chá aumenta a sobrevida depois de ataques ao coração.

16- Ter um animal de estimação.
As pessoas que não têm animais domésticos sofrem mais de estresse e visitam o médico regularmente, dizem os cientistas da Cambridge University. Os mascotes fazem você sentir-se otimista, relaxado e isso baixa a pressão do sangue.
Os cães são os melhores, mas até um peixinho dourado pode causar um bom resultado.

17- Colocar tomate ou verdura frescas no sanduíche.
Uma porção de tomate por dia baixa o risco de doença coronária em 30%, segundo cientistas da Harvard Medical School; vantagens outras são conseguidas atráves de verduras frescas.

18- Reorganizar a geladeira .
As verduras em qualquer lugar de sua geladeira perdem substâncias nutritivas, porque a luz artificial do equipamento destrói os flavonóides que combatem o câncer que todo vegetal tem. Por isso, é melhor usar á área reservada a ela, aquela caixa bem embaixo ou guardar em um tape ware escuro e bem fechado.

19- Comer como um passarinho.
A semente de girassol e as sementes de sésamo nas saladas e cereais são nutrientes e antioxidantes. E comer nozes entre as refeições reduz o risco de diabetes.

21- Uma banana por dia quase dispensa o médico, vejamos: “Pesquisa da Universidade de Bekeleyâ.
A banana previne a anemia, a tensão arterial alta, melhora a capacidade mental, cura ressacas, alivia azia, acalma o sistema nervoso, alivia TPM, reduz risco de infarto, e tantas outras coisas mais, então, é ou não é um remédio natural contra várias doenças?

20- E, por último, um mix de pequenas dicas para alongar a vida:
-comer chocolate.
Duas barras por semana estendem um ano a vida. O amargo é fonte de ferro, magnésio e potássio.

- Pensar positivamente.
Pessoas otimistas podem viver até 12 anos mais que os pessimistas, que, além disso, pegam gripes e resfriados mais facilmente, são menos queridos e mais amargos.

- Ser sociável.
Pessoas com fortes laços sociais ou redes de amigos têm vidas mais saudáveis que as pessoas solitárias ou que só têm contato com a família.

- Conhecer a si mesmo .
Os verdadeiros crentes e aqueles que priorizam o 'ser' sobre o 'ter' têm 35% de probabilidade de viver mais tempo, e de ter qualidade de vida...

'Não parece tão sacrificante, não é verdade? Uma vez incorporados, os conselhos, facilmente tornam-se hábitos...
É exatamente o que diz uma certa frase de Sêneca:
'Escolha a melhor forma de viver e o costume a tornará agradável'!
"Crie bons hábitos e torne-se escravo deles, como costumamos ser dos maus hábitos".


Att,
Jeane Cerqueira
Psicanalista e Educadora
Twitter: http://twitter.com/psicojeu
BOM SERIA SE TODOS PENSASSEM ASSIM E SEGUISSEM ESTES ENSINAMENTOS. O MUNDO SERIA UM POUCO MELHOR.





Palestra ministrada pelo médico psiquiatra Dr. Içami Tiba.

O palestrante é membro eleito do Board of Directors of the International Association of Group Psychotherapy. Conselheiro do Instituto Nacional de Capacitação e Educação para o Trabalho "Via de Acesso". Professor de cursos e workshops no Brasil e no Exterior.


Em pesquisa realizada em março de 2004, pelo IBOPE, entre os psicólogos do Conselho Federal de Psicologia, os entrevistados colocaram o Dr. Içami Tiba como terceiro autor de referência e admiração -- o primeiro nacional.



1º- lugar: Sigmund Freud;
2º- lugar: Gustav Jung;
3º- Lugar: Içami Tiba.

1. A educação não pode ser delegada à escola. Aluno é transitório. Filho é para sempre.

2. O quarto não é lugar para fazer criança cumprir castigo. Não se pode castigar com internet, som, TV, etc.

3. Educar significa punir as condutas derivadas de um comportamento errôneo. Queimou índio Pataxó? A pena (condenação judicial) deve ser passar o dia todo em hospital de queimados, por séculos...

4. É preciso confrontar o que o filho conta com a verdade real. Se falar que professor o xingou, tem que ir até a escola e ouvir o outro lado, além das testemunhas.

5. Informação é diferente de conhecimento. O ato de conhecer vem após o ato de ser informado de alguma coisa. Não são todos que conhecem. Conhecer camisinha e não usar significa que não se tem o conhecimento da prevenção que a camisinha proporciona.

6. A autoridade deve ser compartilhada entre os pais. Ambos devem mandar. Não podem sucumbir aos desejos da criança. Criança não quer comer? A mãe não pode alimentá-la. A criança deve aguardar até a próxima refeição que a família fará. A criança não pode alterar as regras da casa. A mãe NÃO PODE interferir nas regras ditadas pelo pai (e nas punições também) e vice-versa. Se o pai determinar que não haverá um passeio, a mãe não pode interferir. Tem que respeitar sob pena de criar um delinquente.

7. Em casa que tem comida, criança não morre de fome . Se ela quiser comer, saberá a hora. E é o adulto quem tem que dizer QUAL É A HORA de se comer e o que comer.

8. A criança deve ser capaz de explicar aos pais a matéria que estudou e na qual será testada. Não pode simplesmente repetir, decorado. Tem que entender.

9. É preciso transmitir aos filhos a ideia de que temos de produzir o máximo que podemos. Isto porque na vida não podemos aceitar a média exigida pelo colégio: não podemos dar 70% de nós, ou seja, não podemos tirar 7,0.

10. As drogas e a gravidez indesejada estão em alta porque os adolescentes estão em busca de prazer. E o prazer é inconsequente.

11. A gravidez é um sucesso biológico e um fracasso sob o ponto de vista sexual.

12. Maconha não produz efeito só quando é utilizada. Quem está são, mas é dependente, agride a mãe para poder sair de casa, para fazer uso da droga . A mãe deve, então, virar as costas e não aceitar as agressões. Não pode ficar discutindo e tentando dissuadi-lo da ideia. Tem que dizer que não conversará com ele e pronto. Deve 'abandoná-lo'.

13. A mãe é incompetente para 'abandonar' o filho. Se soubesse fazê-lo, o filho a respeitaria. Como sabe que a mãe está sempre ali, não a respeita.

14. Se o pai ficar nervoso porque o filho aprontou alguma coisa, não deve alterar a voz. Deve dizer que está nervoso e, por isso, não quer discussão até ficar calmo. A calmaria, deve o pai dizer, virá em 2, 3, 4 dias. Enquanto isso, o videogame, as saídas, a balada, ficarão suspensas, até ele, pai, se acalmar e aplicar o devido castigo.

15. Se o filho não aprendeu ganhando, tem que aprender perdendo.

16. Não pode prometer presente pelo sucesso que é sua obrigação. Tirar nota boa é obrigação. Não xingar avós é obrigação. Ser polido é obrigação. Passar no vestibular é obrigação. Se ganhou o carro após o vestibular, ele o perderá se for mal na faculdade.

17. Quem educa filho é pai e mãe. Avós não podem interferir na educação do neto, de maneira alguma. Jamais. Não é cabível palpite. Nunca.

18. Se a mãe engolir sapos do filho, ele pensará que a sociedade terá que engolir também.

19. Videogames são um perigo: os pais têm que explicar como é a realidade, mostrar que na vida real não existem 'vidas' e, sim, uma única vida. Não dá para morrer e reviver. Não dá para apostar tudo, apertar o botão e zerar a dívida.

20. Professor tem que ser líder. Inspirar liderança. Não pode apenas bater cartão.

21. Pais e mães não podem se valer do filho por uma inabilidade que eles tenham. 'Filho, digite isso aqui pra mim porque não sei lidar com o computador'. Pais têm que saber usar o Skype, pois no Mundo em que a ligação é gratuita pelo Skype, é inconcebível pagarem para falar com o filho que mora longe.

22. O erro mais frequente na educação do filho é colocá-lo no topo da casa. O filho não pode ser a razão de viver de um casal. O filho é um dos elementos. O casal tem que deixá-lo, no máximo, no mesmo nível que eles. A sociedade pagará o preço quando alguém é educado achando-se o centro do Universo.

23. Filhos drogados são aqueles que sempre estiveram no topo da família.

24. Cair na conversa do filho é criar um marginal. Filho não pode dar palpite em coisa de adulto. Se ele quiser opinar sobre qual deve ser a geladeira, terá que mostrar qual é o consumo (kWh) da que ele indicar. Se quiser dizer como deve ser a nova casa, tem que dizer quanto isso (os seus supostos luxos) incrementará o gasto final.

25. Dinheiro 'a rodo' para o filho é prejudicial. Mesmo que os pais o tenham, precisam controlar e ensinar a gastar.

Frase:
"A mãe (ou o pai!) que leva o filho para a igreja, não vai buscá-lo na cadeia..."


Dr. Içami Tiba







Essas coisas acontecem.





VISÃO DE ADULTO... VISÃO DE CRIANÇA...




Éramos a única família no restaurante com uma criança.

Eu coloquei Daniel numa cadeira para crianças e notei que todos estavam tranqüilos, comendo e conversando.

De repente, Daniel gritou animado, dizendo: 'Olá, amigo!', batendo na mesa com suas mãozinhas gordas.

Seus olhos estavam bem abertos pela admiração e sua boca mostrava a falta de dentes.

Com muita satisfação, ele ria, se retorcendo.

Eu olhei em volta e vi a razão de seu contentamento.

Era um homem andrajoso, com um casaco jogado nos ombros, sujo, engordurado e rasgado.

Suas calças eram trapos com as costuras abertas até a metade e seus dedos apareciam através do que foram, um dia, OS sapatos.

Sua camisa estava suja e seu cabelo não havia sido penteado por muito tempo.

Seu nariz tinha tantas veias que parecia um mapa.

Estávamos um pouco longe dele para sentir seu cheiro, mas asseguro que cheirava mal.

Suas mãos começaram a se mexer para saudar...

'Olá, neném. Como está você?', disse o homem a Daniel.

Minha esposa e eu nos olhamos:

'Que faremos?'.

Daniel continuou rindo e respondeu, 'Olá, olá,amigo'.

Todos no restaurante nos olharam e logo se viraram para o mendigo.

O velho sujo estava incomodando nosso lindo filho.

Trouxeram a comida e o homem começou a falar com o nosso filho como um bebê.

Ninguém acreditava que o que o homem estava fazendo era simpático.

Obviamente, ele estava bêbado.

Minha esposa e eu estávamos envergonhados.

Comemos em silêncio; menos Daniel que estava super inquieto e mostrando todo o seu repertório ao desconhecido, a quem conquistava com suas criancices.

Finalmente, terminamos de comer e nos dirigimos à porta.

Minha esposa foi pagar a conta e eu lhe disse que nos encontraríamos no Estacionamento.

O velho se encontrava muito perto DA porta de saída.

'Deus meu, ajuda-me a sair daqui antes que este louco fale com Daniel', disse orando, enquanto caminhava perto do homem.

Estufei um pouco o peito, tratando de sair sem respirar nem um pouco do AR que ele pudesse estar exalando.

Enquanto eu fazia isto, Daniel se voltou rapidamente na direção onde estava o velho e estendeu seus braços na posição de 'carrega-me'..

Antes que eu pudesse impedir, Daniel se jogou dos meus braços para os braços do homem.

Rapidamente, o velho fedorento e o menino consumaram sua relação de amor.

Daniel, num ato de total confiança, amor e submissão, recostou sua cabeça no ombro do desconhecido.

O homem fechou os olhos e pude ver lágrimas correndo por sua face.

Suas velhas e maltratadas mãos, cheias de cicatrizes, dor e trabalho duro, suave, muito suavemente, acariciavam as costas de Daniel.

Nunca dois seres haviam se amado tão profundamente em tão pouco tempo.

Eu me detive, aterrado. O velho homem, com Daniel em seus braços, por um momento abriu seus olhos e olhando diretamente nos meus, me disse com voz forte e segura:

'Cuide deste menino'.

De alguma maneira, com um imenso nó na garganta, eu respondi: 'Assim o farei'.

Ele afastou Daniel de seu peito, lentamente, como se sentisse uma dor.

Peguei meu filho e o velho homem me disse:

'Deus o abençoe, senhor. Você me deu um presente maravilhoso'.

Não pude dizer mais que um entrecortado 'obrigado'.

Com Daniel nos meus braços, caminhei rapidamente até o carro.
Minha esposa perguntava por que eu estava chorando e segurando Daniel tão fortemente, e por que estava dizendo:

'Deus meu, Deus meu, me perdoe'.

Eu acabava de presenciar o amor de Cristo através da inocência de um pequeno menino que não viu pecado, que não fez nenhum
juízo; um menino que viu uma alma e uns adultos que viram um montão de roupa suja.

Eu fui um cristão cego carregando um menino que não o era.

Eu senti que Deus estava me perguntando:

'Estás disposto a dividir seu filho por um momento?', quando Ele Compartilhou Seu Filho por toda a eternidade..

O velho andrajoso, inconscientemente, me recordou:

Eu asseguro que aquele que não aceite o reino de Deus como um Menino, não entrará nele.' (Lucas 18:17).

Apenas repita esta frase e verá como Deus se move:

'Senhor Jesus Cristo, te amo e te necessito, entre em meu coração, por favor'.

Passe esta mensagem a algumas pessoas especiais.

Não porque você receberá um milagre amanhã..

Mas porque você recebe o milagre todos os dias...

O milagre de estar vivo!!!








George Denis Patrick Carlin

Nós bebemos demais, gastamos sem critério.
Dirigimos rápido demais, ficamos acordados até muito mais tarde, acordamos muito cansados, lemos muito pouco, assistimos TV demais e raramente estamos com Deus.
Multiplicamos nossos bens, mas reduzimos nossos valores.
Nós falamos demais, amamos raramente, odiamos freqüentemente.
Aprendemos a sobreviver, mas não a viver: Adicionamos anos à nossa vida e não vida a nossos anos.
Fomos e voltamos à lua, mas temos dificuldade em cruzar a rua e encontrar um novo vizinho. Conquistamos o espaço, mas não o nosso próprio. Fizemos muitas coisas maiores, mas pouquíssimas melhores. Limpamos o ar, mas poluímos a alma: Dominamos o átomo, mas não nosso preconceito. Escrevemos mais, mas aprendemos menos: Planejamos mais, mas realizamos menos... Aprendemos a nos apressar e não a esperar. Construímos mais computadores para armazenar mais informação, produzir mais copia do que nunca, mas nos comunicamos cada vez menos. Estamos na era do ‘fast-food’ e da digestão lenta: do homem grande de caráter pequeno: lucros acentuados e relações vazias. Essa é a era de dois empregos, vários divórcios, casas chiques e lares despedaçados. Essa é a era das viagens rápidas, fraldas e moral descartáveis, das rapidinhas, dos cérebros ocos e das pílulas ‘mágicas’. Um momento de muita coisa na vitrine e muito pouco na dispensa. Um aera que leva essa carta a você, e uma era que te permite dividir essa reflexão ou simplesmente clicar ‘delete’. Lembre-se de passar tempo com as pessoas que ama, pois elas não estarão aqui para sempre, lembre-se de dar um abraço carinhoso em seus pais. Num amigo, pois não lhe custa um centavo sequer. Lembre-se de dizer ‘eu te amo’ a sua companheira (o) e às pessoas que ama, mas, em primeiro lugar, se ame... Se ame muito. Um beijo e um abraço curam a dor, quando vem de lá de dentro. Por isso, valorize sua família e as pessoas que estão ao seu lado, sempre.

George Denis Patrick Carlin (Nova Iorque, 12 de maio de 1937 — 22 de junho de 2008) foi um comediante, ator e autor norte-americano, pioneiro, com Lenny Bruce, no humor de crítica social. (http://en.wikipedia.org/wiki/George_Carlin)

domingo, 4 de julho de 2010

Comprometimento com a Causa Espírita


Estamos todos envolvidos com a salutar e extensa rede de atividades espíritas, em diferentes áreas que nos proporcionam ajudar, participar, mas principalmente aprender. Sim, é no contato uns com os outros que aprendemos nas experiências mútuas. Em toda parte nota-se o envolvimento com nossas instituições, em diferentes focos de aprendizado e auxílio às dificuldades humanas. De uma forma ou de outra, estamos ligados a alguma instituição, contribuindo e somando para que a mensagem espírita alcance o coração e proporcione à proposta espírita concretizar-se em ações nobres para nosso próprio bem e para o bem da coletividade.

É o que todos desejamos, não há dúvida. A proposta espírita é clara, lúcida e nos convida ao trabalho. Tanto no trabalho em favor uns dos outros como no trabalho de aprimoramento interior na área do intelecto, da moral, das emoções.

E isto nos conclama à palavra comprometimento, derivada de compromisso, que pode significar um ajuste ou acordo em favor de uma causa ou meta, por exemplo.

Em nosso caso, considerando o conjunto das instituições espíritas numa cidade, região ou Estado e até mesmo no país, sentimos e temos um compromisso moral – seja pelos benefícios que temos recebidos, seja pela consciência que vamos adquirindo – com a grandeza e beleza da extraordinária Doutrina Espírita. A consciência adquirida e os benefícios percebidos – da divulgação e da vivência espírita – conclamam-nos a um comprometimento natural com a causa do Espiritismo, atualmente organizada através de órgãos que representam o movimento e a união de casas e adeptos. Sem imposições ou desejo de comando, objetivo é facilitar a tarefa de expansão do pensamento espírita, unindo forças e recursos para realizar o que dificilmente apenas uma instituição conseguiria.

Organizados com o mesmo objetivo em todo o país, embora as adaptações ao perfil de regiões ou Estados, referidos órgãos se fortalecem com a presença e participação das instituições que a formam, já que todas buscam o mesmo objetivo. Inclusive a equipe diretiva é formada pela base das instituições representadas.

É comum que ocorram intensas atividades durante o mandato de uma diretoria e, seguindo o acordo estabelecido, ocorra a renovação dos membros diretivos, com as eleições que ocorrem em períodos determinados, embora possa ocorrer reeleições.

É o que vamos viver agora no início de 2009 em alguns Estados, mais exatamente no mês de abril, quando se renovam as diretorias. Algumas regiões até já se anteciparam na questão, todavia, o compromisso com a causa aí está.

Há que se considerar, todavia, seja nas reuniões rotineiras para programação de atividades durante um mandato ou nas reuniões de eleição de nova diretoria, a importância de que a instituição representada nas reuniões envie representante ativo, com poder de decisão e principalmente comprometido com a causa espírita. Pois é exatamente do dinamismo dos componentes e participantes que teremos órgãos ativos, produtivos e com ações que beneficiem o movimento e exatamente as instituições que o formam.

Se enviarmos alguém apenas para figurar como representante, que não traga propostas, nem igualmente leve o dinamismo e efeitos da reunião para beneficiar a atividade da instituição que representa, de que valerá enviá-lo? Apenas para fazer número?

Alguém que não conheça o perfil da instituição que ou esteja indiferente ao dinamismo da causa espírita, distante da proposta trazida pelo Espiritismo, de que valerá sua participação? Poderá bem representá-la?

O cuidado com a escolha do representante, a motivação para participação, o aproveitamento das idéias e decisões e, óbvio, o comprometimento com a causa são elementos vitais para fortalecimento exatamente daquela consciência citada no início da presente abordagem.

Mais do que representação num órgão de união, a consciência da instituição de sua importância no contexto geral, unindo-se e fortalecendo-se com as demais, é sinal claro, evidente mesmo, de que seus diretores entenderam a proposta espírita. Afinal, as portas continuam abertas, trabalhando com afinco e a única maneira de não perder a referência é manter permanente intercâmbio com aqueles que lutam pelo mesmo ideal.

Orson Carrara


DEZ APONTAMENTOS DE PAZ




1. Aprenda a desculpar infinitamente para que os seus erros, à frente dos outros, sejam esquecidos e perdoados.

2. Cale-se, diante do escárnio e da ofensa, sustentando o silêncio edificante, capaz de ambientar-lhe a palavra fraterna em momento oportuno.

3. Não cultive desafetos, recordando que a aversão por determinada criatura é, quase sempre, o resultado da aversão que lhe impuseste.

4. Não permita que o egoísmo e a vaidade, o orgulho e a discórdia se enraízem no seu coração, lembrando que toda a idéia de superestimação dos próprios valores é adubo nos espinheiros da irritação e do ódio.

5. Perante o companheiro que se rendeu às tentações de natureza inferior, deixe que a compaixão lhe ilumine os pontos de vista, pensando que, em outras circunstâncias, poderia você ocupar-lhe a indesejável situação e o lugar triste.

6. Não erga a sua voz demasiado e nem tempere a sua frase com fel para que a sua palavra não envenene as chagas do próximo.

7. Levante-se, cada dia, com a disposição de servir sem a preocupação de ser servido, de auxiliar sem retribuição e cooperar sem recompensa, para que a solidariedade espontânea te favoreça com os créditos e recursos da simpatia.

8. Esqueça a calúnia e a maledicência, a perversidade e as aflições que lhe dilaceram a alma, entendendo nas dores e obstáculos do mundo as suas melhores oportunidades de redenção.

9. Lembre-se de que os seus credores estão registrando a linguagem de seus exemplos e perdoar-lhe-ão as faltas e os débitos, à medida que você se fizer o benfeitor desinteressado de muitos.

10. Não julgue que o serviço da paz seja mero problema de boca mas, sim, testemunho de amor e renúncia, regeneração e humildade da própria vida, porque, somente ao preço de nosso próprio suor, na obra do bem, é que conseguiremos reconciliar-nos, mais depressa, com os nossos adversários, segundo a lição do Senhor.

André Luiz

A ILUSÃO DO SANGUE





Não é o sangue que nos irmana, mas o espírito. Os laços consangüíneos são ilusórios e efêmeros. Kardec explica no item 8 do capítulo XIV de O Evangelho Segundo o Espiritismo: “O corpo procede do corpo, mas o espírito não procede do espírito, pois já existia antes da formação do corpo. O pai não gera o espírito do filho. Fornece-lhe apenas o envoltório corporal, mas deve ajudar o seu desenvolvimento intelectual e moral, para fazê-la progredir”. Filhos de outros pais, procedentes de outro sangue, podem ser muito mais ligados aos pais adotivos que os filhos consangüíneos.

Essa é uma das razões por que os pais adotivos geralmente não querem revelar a verdade aos filhos que adotaram. O amor paterno e materno ressurge ante o filho que volta ao seu convívio. Mas Emmanuel revela um dos aspectos da lei da reencarnação que exige atenção e respeito. Os filhos que voltam ao lar por vias indiretas são espíritos em prova e, portanto, em fase de correção moral. Precisam conhecer a sua verdadeira situação para que a medida corretiva atinja a sua eficiência. E se quisermos burlar a lei só poderemos acarretar-lhes maiores sofrimentos.

São muitos os dramas e muitas as tragédias ocasionadas pela imprudência dos pais que mentiram piedosamente aos filhos adotivos. Quando a verdade os surpreende, o choque emocional pode transtorná-los, fazendo-os perder a oportunidade de aprendizado que muitas vezes solicitaram com ardor na vida espiritual. Esta é uma razão nova que o Espiritismo apresenta aos pais adotivos, quase sempre apegados apenas às razões mundanas.

Aprendendo desde cedo a se acomodar à situação de prova em que se encontra, o filho adotivo resigna-se a ela e aproveita a lição de reajustamento afetivo. Amanhã voltará de novo como filho legítimo, mas já em condições de compreender os deveres da filiação. A vida aplica sempre com precisão os seus meios corretivos, mas nós nem sempre a ajudamos, esquecidos de que os desígnios de Deus têm razões profundas que nos escapam à compreensão. Se Deus nos envia um filho por via indireta, devemos recebê-la como veio e não como desejaríamos que viesse.