quarta-feira, 3 de novembro de 2010







ANTE OS VIAJORES DA MORTE
Emmanuel
Se a morte visitou o circulo das tuas atividades pessoais, guarda uma atitude de reverência e de amor para com a memória do irmão que partiu.
Não lhe julgues a experiência e nem lhe critiques o roteiro que o sepulcro modificou.
Entre os véus asfixiantes do corpo, é sempre difícil e perigoso ajuizar quanto à conduta de alguém.
Não sabes que males aparentes na vida se transformaram em bens na realidade Eterna e ignoras os bens imaginários do caminho humano que se metamorfosearam em amargurar, alem da fronteira da cinza que o tumulo estabelece entre os que seguem e os que ficam...
Compadece-te e ampara sempre.
Não permitas que a tua saudade se converta em aflição sobre o espírito bem amado que te antecede os passos na grande viagem e nem admitas que a tua mágoa se transforme em espinheiro, na senda do adversário que tomba antes de ti.
Cultiva, na terra das tuas recordações acerca dos mortos que prosseguem sempre vivos, as bênçãos de tua compreensão e de tua bondade...
Todos eles escutam a mensagem silenciosa que lhes é endereçada do mundo... Todos recebem as rosas ou brasas que o irmão da retaguarda lhes atira ao nome...
Lembra-te sempre de que a tua jornada de regresso realizar-se-á hoje ou amanhã... E, hoje ou amanhã, encontrarás, além, os frutos de tua própria sementeira, de vez que na Terra ou noutros setores de trabalho universal, receberemos invariavelmente de acordo com as nossas próprias obras.
Do livro: Saudação do Natal

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