Desigualdade das riquezas.
Provas da riqueza e da pobreza
01. Qual a finalidade da prova da pobreza? E da riqueza?
02. Que males poderão ser gerados com a pobreza e a
riqueza? E que benefícios?
03. Qual a causa da desigualdade das posses materiais?
04. É possível a igualdade das riquezas? Justifique a
resposta.
05. Quais as principais conseqüências oriundas do abuso
da riqueza?
06. Como interpretar a citação de Jesus: “É mais fácil que
um camelo passe pelo buraco de uma agulha, do que
um rico entrar no reino dos céus”?
07. O que entender das palavras de Jesus, quando
afirmou: “Observai os pássaros no céu”?
08. Em sua opinião, qual a prova mais difícil: a da
pobreza ou a da riqueza? Por quê?
Questões para debate
1. A igualdade das riquezas é possível no mundo em que vivemos?
2. Que conseqüências danosas adviriam da repartição igualitária da riqueza?
3. Como o Espiritismo conceitua a pobreza e qual a sua finalidade?
4. Como o Espiritismo conceitua a riqueza e qual a sua finalidade?
5. Podemos dizer que a riqueza é também instrumento de progresso?
Texto para leitura
A igualdade das riquezas traria conseqüências danosas
1. A igualdade das riquezas, ensinam os Espíritos Superiores, não é possível no mundo em que vivemos porque a isso se opõe a diversidade das faculdades e dos caracteres. Os homens não são criaturas iguais. Há entre eles os que são mais previdentes, mais inteligentes e mais ativos. Logo, se a riqueza fosse repartida com igualdade entre todos, o equilíbrio em pouco tempo estaria desfeito.
2. Admitindo, porém, por hipótese, que essa repartição fosse possível e o equilíbrio não se rompesse, duas conseqüências danosas para o progresso da Humanidade seriam inevitáveis.
3. Com efeito, tendo cada um somente o suficiente para viver, tornar-se-ia inviável a realização de todos os grandes trabalhos que requerem a alocação de recursos vultosos. Além disso, admitido que a divisão da riqueza desse a cada um o necessário, não existiria mais o aguilhão que impele os homens às descobertas e aos empreendimentos úteis. Se Deus a concentra em certos pontos, é para que daí se expanda e ajude no progresso e bem-estar de todos.
Riqueza e pobreza são provas muito difíceis
4. Riqueza e pobreza nada mais são que provas, pelas quais o Espírito necessita passar, tendo em vista um objetivo mais alto, que é o seu progresso. Deus concede, pois, a uns a prova da riqueza, e a outros a da pobreza, para experimentá-los de modos diferentes. Aliás, essas provas são, com freqüência, escolhidas pelos próprios Espíritos, que, no entanto, nelas geralmente sucumbem.
5. Tanto uma quanto outra são, portanto, provas muito difíceis, porque se na pobreza o Espírito pode ser tentado à revolta e à blasfêmia contra o Criador, na riqueza expõe-se ele ao abuso dos bens que Deus lhe empresta, deturpando-lhe os augustos objetivos.
6. Espíritos realmente evoluídos, tanto quanto os que compreendem perfeitamente o significado a Lei de Causa e Efeitos, podem solicitar a prova da pobreza como oportunidade para o acrisolamento de qualidades ou a realização de certas tarefas que a riqueza certamente prejudicaria. Algumas vezes, também, o mau uso da fortuna em precedente existência leva o Espírito a pedir a condição oposta, com o que espera reparar abusos cometidos e pôr-se a salvo de novas tentações.
7. A pobreza é, para os que a sofrem, a prova da paciência e da resignação. A riqueza é, para os que a usufruem, a prova da caridade e da abnegação. É preciso que entendamos sempre: a existência corpórea é passageira e a morte do corpo priva o homem de todos os recursos materiais de que eventualmente disponha no plano terráqueo. Pobres e ricos voltam, portanto, à vida espiritual em idênticas condições, o que mostra que a condição de rico e a condição de pobre não passam de expressões transitórias.
A riqueza é poderoso instrumento de progresso
8. Nenhuma das provas citadas constitui, no entanto, obstáculo à chamada salvação. Se fosse assim, Deus, que as concede, teria dado a seus filhos um instrumento de perdição, idéia que repugna à razão. No tocante à riqueza, é fácil perceber que, pelas tentações que gera e pela fascinação que exerce, constitui ela uma prova muito arriscada e até mais perigosa que a miséria.
9. Certamente é a esse perigo que Jesus se referia quando disse: “É mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha que um rico entrar no reino dos céus”, frase registrada por Mateus, Lucas e Marcos. O Mestre fazia alusão bastante clara aos males e às tentações a que a riqueza pode conduzir o homem desprevenido, mas é um erro deduzir de suas palavras que ao rico esteja vedado o acesso à salvação, isto é, valendo-nos dos conceitos espíritas, à ascensão a planos evolutivos mais elevados.
10. Se a riqueza somente males houvesse de produzir, Deus não a teria outorgado aos homens. Mas, longe disso, a riqueza, se não constitui elemento direto de progresso moral, é, sem contestação, poderoso elemento de progresso intelectual.
11. Com ela pode o homem melhorar a situação material do mundo em que vive, ampliar a produção de bens, criar maiores e melhores recursos sociais por meio do estudo, da pesquisa e do trabalho. Eis aí o motivo pelo qual é considerada elemento de progresso. Se o indivíduo que a detém se torna egoísta, orgulhoso e insaciável, e a desvia do seu objetivo providencial, prestará contas de seus atos ante a Justiça Divina, enquanto outros terão, por sua vez, oportunidade de fruí-la e provar, por suas atitudes, que é possível vencer essa difícil prova.
Respostas às questões propostas
1. A igualdade das riquezas é possível no mundo em que vivemos? R.: Não, porque a isso se opõe a diversidade das faculdades e dos caracteres. Os homens não são criaturas iguais. Há entre eles os que são mais previdentes, mais inteligentes e mais ativos. Logo, se a riqueza fosse repartida com igualdade entre todos, o equilíbrio em pouco tempo estaria desfeito.
2. Que conseqüências danosas adviriam da repartição igualitária da riqueza? R.: Duas seriam as conseqüências. A primeira: tendo cada um somente o suficiente para viver, tornar-se-ia inviável a realização de todos os grandes trabalhos que requerem a alocação de recursos vultosos. A segunda: admitido que a divisão da riqueza desse a cada um o necessário, não existiria mais o aguilhão que impele os homens às descobertas e aos empreendimentos úteis.
3. Como o Espiritismo conceitua a pobreza e qual a sua finalidade? R.: A pobreza, tal como a riqueza, nada mais é que uma prova pela qual o Espírito necessita passar, tendo em vista um objetivo mais alto que é o seu progresso. Deus concede, pois, a uns a prova da riqueza, e a outros a da pobreza, para experimentá-los de modos diferentes. A pobreza é, para os que a sofrem, a prova da paciência e da resignação.
4. Como o Espiritismo conceitua a riqueza e qual a sua finalidade? R.: A riqueza, como foi dito, é também uma prova pela qual o Espírito tem de passar, visando ao seu progresso. Se na pobreza o Espírito pode ser tentado à revolta e à blasfêmia contra o Criador, na riqueza expõe-se ele ao abuso dos bens que Deus lhe empresta, deturpando-lhe os augustos objetivos. A riqueza é, para os que a usufruem, a prova da caridade e da abnegação.
5. Podemos dizer que a riqueza é também instrumento de progresso? R.: Sim. Se não constitui elemento direto de progresso moral, a riqueza é poderoso elemento de progresso intelectual, pois com ela pode o homem melhorar a situação material do mundo em que vive, ampliar a produção de bens, criar maiores e melhores recursos sociais por meio do estudo, da pesquisa e do trabalho.
Bibliografia:
O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, itens 811, 814 e 816.
O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec, cap. XVI, itens 7 e 8.
O Pensamento de Emmanuel, de Martins Peralva, 2a. edição, pág. 50.
DESIGUALDADE DAS RIQUEZAS
Riqueza – de "rico", que vem da raiz gótica "riks", poderoso. O termo refere-se a uma afluência de bens que permite a satisfação não só das necessidades básicas, mas também das exigências do conforto e do luxo. Pode-se falar em riqueza pessoal, riqueza
nacional e riqueza mundial.
Por que há ricos e pobres? É uma questão em que os pensadores da humanidade ainda não chegaram a um consenso. Aventam-se uma série de hipóteses, como a posição geográfica de alguns países, a existência de recursos naturais próprios, o grau cultural de seus habitantes etc. Mas por que nos países ricos há uma quantidade considerável de pobres? A riqueza por eles produzida não poderia ser melhor distribuída? Onde buscar a explicação para esses fatos?
Allan Kardec, no cap. XVI de O Evangelho Segundo o Espiritismo, oferece-nos alguns subsídios para a compreensão do problema. Reencarnação, livre-arbítrio e justiça divina são os tópicos fundamentais a serem considerados. Através da reencarnação, entendemos que o Espírito, sendo imortal, necessita das experiências da riqueza e da pobreza para a sua evolução espiritual; pelo uso do livre-arbítrio é responsável pelos seus atos; pela determinação do Direito Divino, sofre as conseqüências de suas escolhas. Nesse sentido, a pobreza pode ser, também, uma expiação com relação ao uso indevido da riqueza, numa encarnação passada.
Como dissemos, o Espírito necessita das provas da riqueza e da pobreza. A riqueza serve para o exercício da caridade e da abnegação; a pobreza, para o da paciência e resignação. Dentro desse enfoque, cada Espírito vai trabalhar a seu turno, segundo o gênero de provas que tenha escolhido. Nenhum trabalho ficará por fazer e todos nós auxiliar-nos-emos mutuamente.
Cada Espírito, fazendo o que lhe compete, encontrará a felicidade dentro dos limites de sua escolha. O bem-estar, sendo relativo, poderá ser patrimônio de toda a humanidade. Isso porque uns contentam-se em dormir ao relento, enquanto outros precisam de um palacete. Importa, muito mais, respeitarmos o livre-arbítrio de nosso próximo do que construirmos teorias sem bases espiritualmente sólidas.
Produzamos o máximo possível dentro de nossas limitações. Não queiramos invejar o rico nem desdenhar o pobre. Peçamos, sim, luzes ao Alto para compreendermos as leis naturais espalhadas pelo Cosmo
A desigualdade das riquezas é um dos problemas que inutilmente se procurará resolver, desde que se considere apenas a vida atual. A primeira questão que se apresenta é esta: Por que não são igualmente ricos todos os homens? Não o são por uma razão muito simples: por não serem igualmente inteligentes, ativos e laboriosos para adquirir, nem sóbrios e previdentes para conservar. E, alias, ponto matematicamente demonstrado que a riqueza, repartida com igualdade, a cada um daria uma parcela mínima e insuficiente; que, supondo efetuada essa repartição, o equilíbrio em pouco tempo estaria desfeito, pela diversidade dos caracteres e das aptidões; que, supondo-a possível e durável, tendo cada um somente com que viver, o resultado seria o aniquilamento de todos os grandes trabalhos que concorrem para o progresso e para o bem-estar da Humanidade; que, admitido desse ela a cada um o necessário, já não haveria o aguilhão que impele os homens às grandes descobertas e aos empreendimentos úteis. Se Deus a concentra em certos pontos, é para que daí se expanda em quantidade suficiente, de acordo com as necessidades.
Admitido isso, pergunta-se por que Deus a concede a pessoas incapazes de fazê-la frutificar para o bem de todos. Ainda aí está uma prova da sabedoria e da bondade de Deus. Dando-lhe o livre-arbítrio, quis ele que o homem chegasse, por experiência própria, a distinguir o bem do mal e que a prática do primeiro resultasse de seus esforços e da sua vontade. Não deve o homem ser conduzido fatalmente ao bem, nem ao mal, sem o que não mais fora senão instrumento passivo e irresponsável como os animais. A riqueza é um meio de o experimentar moralmente. Mas, como, ao mesmo tempo, é poderoso meio de ação para o progresso, não quer Deus que ela permaneça longo tempo improdutiva, pelo que incessantemente a desloca. Cada um tem de possuí-la, para se exercitar em utilizá-la e demonstrar que uso sabe fazer dela. Sendo, no entanto, materialmente impossível que todos a possuam ao mesmo tempo, e acontecendo, além disso, que, se todos a possuíssem, ninguém trabalharia, com o que o melhoramento do planeta ficaria comprometido, cada um a possui por sua vez. Assim, um que não na tem hoje, já a teve ou terá noutra existência; outro, que agora a tem, talvez não na tenha amanhã. Há ricos e pobres, porque sendo Deus justo, como é, a cada um prescreve trabalhar a seu turno. A pobreza é, para os que a sofrem, a prova da paciência e da resignação; a riqueza é, para os outros, a prova da caridade e da abnegação.
Deploram-se, com razão, o péssimo uso que alguns fazem das suas riquezas, as ignóbeis paixões que a cobiça provoca, e pergunta-se: Deus será justo, dando-as a tais criaturas? E exato que, se o homem só tivesse uma única existência, nada justificaria semelhante repartição dos bens da Terra; se, entretanto, não tivermos em vista apenas a vida atual e, ao contrário, considerarmos o conjunto das existências, veremos que tudo se equilibra com justiça. Carece, pois, o pobre de motivo assim para acusar a Providência, como para invejar os ricos e estes para se glorificarem do que possuem. Se abusam, não será com decretos ou leis suntuárias que se remediará o mal. As leis podem, de momento, mudar o exterior, mas não logram mudar o coração; daí vem serem elas de duração efêmera e quase sempre seguidas de uma reação mais desenfreada. A origem do mal reside no egoísmo e no orgulho: os abusos de toda espécie cessarão quando os homens se regerem pela lei da caridade.
PROVAS DA RIQUEZA E DEPOBREZA |
Paltalk : Jesus e a Doutrina dos Espíritos 23/11/07 (9h) @Zach 814. Por que Deus concedeu a uns a riqueza e o poder e a outros, a miséria? — Para provar a cada um de uma maneira diferente. Aliás, vós o sabeis essas provas são escolhidas pelos próprios Espíritos, que muitas vezes sucumbem ao realizá-las. 815. Qual dessas duas provas é a mais perigosa para o homem: a da desgraça ou a da riqueza? — Tanto uma como a outra. A miséria provoca a lamentação contra a Providência; a riqueza leva a todos os excessos. 816. Se o rico sofre mais tentações, não dispõe também de mais meios para fazer o bem? — E justamente o que nem sempre faz; torna-se egoísta, orgulhoso e insaciável; suas necessidades aumentam com a fortuna e julga não ter o bastante para si mesmo. Comentário de Kardec: A posição elevada no mundo e a autoridade sobre os semelhantes são provas tão grandes e arriscadas quanto a miséria; porque, quanto mais o homem for rico e poderoso, mais obrigações tem a cumprir, maiores são os meios de que dispõe para fazer o bem e o mal. Deus experimenta o pobre pela resignação e o rico pelo uso que faz de seus bens e do seu poder. A riqueza e o poder despertam todas as paixões que nos prendem à matéria e nos distanciam da perfeição espiritual. Foi por isso que Jesus disse: — “Em verdade, vos digo: é mais fácil um camelo passar pelo fundo de uma agulha do que um rico entrar no reino dos céus”. (Ver item 266.)
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Para trabalhos que são obra dos séculos, teve o homem de extrair os materiais até das entranhas da terra; procurou na Ciência os meios de os executar com maior segurança e rapidez. Mas, para os levar a efeito, precisa de recursos: a necessidade fê-lo criar a riqueza, como o fez descobrir a Ciência.
KARDEC, Allan. O evangelho segundo o espiritismo. Cap. 16, item 7, p. 291.
A riqueza, contudo, nunca esteve repartida igualmente entre os homens, fato que sempre preocupou os pensadores de todos os tempos.
Nesse aspecto, porém, é importante, observar que inutilmente se buscará resolver o problema da desigualdade das riquezas [...] desde que se considere apenas a vida atual. A primeira questão que se apresenta é esta: Por que não são igualmente ricos
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