domingo, 25 de abril de 2010

LINDOS CASOS DE CHICO XAVIER

NA CURVA DO CAMINHO

Livro: Lindos Casos de Chico Xavier
Ramiro Gama

No escritório da fazenda Modelo, em Pedro Leopoldo, quando datilografava uma relação para seu chefe e amigo. Dr. Darwin, Chico sentiu-se mal. Algo esquisito, inexplicável, acontecia com ele. Fazia-o tremer, trazia-lhe tonteiras, apertava-lhe o coração, fazendo-o sentir até falta de ar...

Acabou o trabalho, pediu licença ao chefe e saiu. No caminho, o mal-estar aumentava. E, na suposição de que ia morrer, implorou ao auxílio de Emmanuel, que lhe diz:

- Caminhe, esforce-se um pouco, pois mais adiante na curva do caminho, receberá o socorro.

Mas a aflição perdurava. Chico sentia que não chegaria em casa. Tornou a pedir o auxílio do seu bondoso guia, e, este tornou a pedir-lhe que tivesse calma, que esperasse, pois, alguns metros à frente receberia o remédio de que estava carecendo.

E o caro médium, com muito esforço, caindo e levantando, conseguiu enfim chegar à curva do caminho, quase às portas da cidade.

Ao seu encontro veio uma senhora, trazendo à cabeça uma bacia cheia de roupa. Vendo o médium, alegrou-se demorada e ternamente, disse-lhe:

- Este abraço é por conta do bem que você me fez ontem. Você me deu remédio para o corpo e para a alma no passe e nos conselhos.

Chico surpreendeu-se. Era outro. Seu sofrimento desaparecera. Não sentia mais nada. Estava bom de saúde outra vez. Recebera no abraço da irmã, tão cheia de reconhecimento pelo bem que lhe fizera na véspera, o remédio de que necessitava. A luz da gratidão afugentara a sombra de uma experimentação.

No bem está a nossa defesa, o remédio para todos os nossos males.

Que a lição nos sirva.






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