segunda-feira, 27 de junho de 2011

LEI DE SOCIEDADE

Necessidade da vida social

"O Livro dos Espíritos" LE Capítulo VII- Questões 766 a 768


“Porque nenhum de nós vive para si”.

(Paulo aos Romanos, 14:7)



Por que é necessário ao homem viver em sociedade?


Todos nós necessitamos da vida em

sociedade, da troca de experiências,

que nos proporciona os avanços tanto

morais como intelectuais.


A lei de sociedade nos ensina que um

aprende e ensina ao outro,

e que o mais forte tem como

função cuidar do mais fraco,

e que todos evoluímos

somente vivendo em

sociedade,nunca sozinhos

ou isolados.


Se vivêssemos afastados de tentações,

ou de pessoas que ESTÃO AI JUSTAMENTE

PARA PROVAR A NOSSA

paciência, a caridade,

a humildade

a cada momento,

onde estaria a nossa

vitória sobre nossos defeitos?


Afastando-nos da convivência nunca saberemos se estamos conseguindo cumprir o que pretendíamos efetuar na presente oportunidade reencarnatória.


AFASTANDO-NOS impossibilitaremos o resgate com aqueles que somos devedores.


AFASTANDO-NOS Estaremos adiando nossas ações para outro momento, estaremos desperdiçando nossas vidas atuais.

Quando convivemos em sociedade podemos praticar as lições que Jesus deixou para nós.

Fazer ao próximo o que gostaríamos que nos fosse feito,

respeitar os seres, auxiliar e sermos auxiliados em nossos progressos intelectuais e morais.


Jesus não se isolou, interagiu com os discípulos,

com o povo, sofreu tentações.


“A pessoa solitária não floresce, é como uma planta perdida no campo, se não houver oportunidade de fazer a polinização ele viverá , crescerá e morrerá sem deixar nada.

Nem exemplos, nem amizades, nem a conciliação”.


Livro Fábulas e Lendas de Leonardo da Vinci, uma adaptação do conto “A árvore orgulhosa”. Diz ele:


No meio de um jardim, junto a muitas outras árvores,

havia um lindo cedro.

Crescia a cada ano que passava, e seus galhos

eram muito mais altos do que os galhos

das outras árvores.

Tirem daí essa castanheira! — disse o cedro,

inchado de orgulho ante a sua própria beleza.

E a castanheira foi removida.

Levem embora aquela figueira! — disse o cedro.

— Ela me incomoda. — E a figueira foi arrancada.

Tirem as macieiras! — prosseguiu o cedro,

erguendo alto a sua bela cabeça. E as macieiras se foram.


Assim, o cedro fez com que uma a uma todas as outras árvores fossem arrancadas, até ficar sozinho, dono do grande jardim.


Um dia, porém, houve uma forte ventania.

O lindo cedro lutou com todas as forças,

agarrando-se à terra com suas longas raízes.

Mas o vento, sem outras árvores para detê-lo,

dobrou e feriu o cedro e, finalmente,

com grande estrondo, derrubou-o ao chão.


Ao contrário do cedro que caiu, por ser egoísta e orgulhoso e, conseqüentemente anti-social, o homem caridoso e humilde consegue A FORÇA ATRAVÉS DO CONTATO COM O OUTRO sendo mais difícil a sua queda.


Em O Livro dos Espíritos, os Espíritos, em resposta às questões 766, 767 e 768, afirmaram: “A vida social está na Natureza. Deus fez o homem para viver em sociedade. Deus não deu inutilmente a palavra e todas as outras faculdades necessárias à vida de relação.”.


“O isolamento absoluto é contrário à Lei Natural, pois os homens buscam a sociedade por instinto e devem todos concorrer para o progresso, ajudando-se mutuamente.”

“O homem deve progredir, mas sozinho não o pode fazer porque não possui todas as faculdades: precisa do contato dos outros homens. No isolamento, ele se embrutece e se debilita”.


KARDEC COMENTANDO ESSAS RESPOSTAS ACRESCENTA

O SEGUINTE:

“Nenhum homem dispõe de faculdades completas

e é pela união social que eles se completam

uns aos outros, para assegurarem

seu próprio bem-estar e progredirem.

Eis porque, tendo necessidade uns

dos outros, são feitos para viver

em sociedade e não isolados.”


OBSERVAMOS ASSIM, que a sociedade necessita

de criaturas que cooperem umas com as outras

para que o progresso geral se estabeleça.


Dizem os Espíritos em resposta à questão 785

de O Livro dos Espíritos, que os maiores

obstáculos ao progresso MORAL são

o egoísmo e o orgulho.


PORQUE SÃO ELES QUE TRAVAM O PROGRESSO MORAL

PROVOCANDO AS DISCÓRDIAS, AS INVEJAS, OS CIÚMES,

OS SOFRIMENTOS, A MALEVOLÊNCIA, ETC.

Chegando até a afastar o homem

do convívio social.


Conta uma lenda de tradição judaica que: “Numa região longínqua, viviam alguns homens que passavam muita fome porque tinham os cotovelos voltados para dentro e as mãos voltadas para fora. Portanto não podiam dobrar os braços em direção à boca porque não tinham flexão e assim não se alimentavam. Os pobres homens estavam à míngua, desnutridos e fatalmente condenados a morrer de inanição. O mais idoso, cheio de sabedoria, passou a estudar um meio de solucionar o problema.



Eis a solução: já que, tendo os cotovelos voltados para dentro e as mãos espalmadas para fora poderiam colocar o alimento na boca dos outros e assim não passariam mais fome. O regime de solidariedade resolveu a questão.”


Assim, somos nós. Todos possuímos defeitos e qualidades, temos o caráter diferenciado um do outro, pois, como disse Kardec, ninguém dispõe de faculdades completas e é pela união social que vamos nos completando mutuamente, assegurando nosso próprio bem-estar e progredindo juntos, já que é complicado seguirmos sozinhos. Necessitamos ser solidários, para termos uma boa relação.


Cooperemos, então, uns com os outros e sigamos com Jesus para a nossa evolução, pois, como disse o apóstolo Paulo, nenhum de nós vive para si.


Lembra-nos Joanna de Angelis (LEIS MORAIS DA VIDA.TITULO INTERCÂMBIO SOCIAL CAP 31) que, ao descer das Regiões Felizes ao vale das aflições, para nos ajudar, Jesus mostrou-nos como devem agir os que se dizem cristãos. O Mestre não convocou a si os privilegiados, mas os infelizes, os rebeldes, os rejeitados, suportando suas mazelas e, mesmo assim, os amando.


Evocando o exemplo do Cristo, a mentora de Divaldo P. Franco recomenda (Leis Morais da Vida, cap. 31):


“Atesta a tua confiança no Senhor e a excelência da tua fé mediante a convivência com os irmãos mais inditosos que tu mesmo”.

Seja para eles a lâmpada acesa a clarificar-lhes a marcha.

Nada esperes dos outros.

Sê tu quem ajuda, desculpa, compreende.

Se eles te enganam ou te traem, se te censuram ou te exigem o que te não dão, ama-os mais, sofre-os mais, porquanto são mais carentes de socorro e amor do que supões.

Se conseguires conviver pacificamente com os amigos difíceis e fazê-los companheiros, terás logrado êxito, porquanto Jesus em teu coração estará sempre refletido no trato, no intercâmbio social com os que te buscam e com os quais ascendes na direção de Deus. “

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