REFORMA ÍNTIMA NO GRUPO FAMILIAR
Allan Kardec no "O Evangelho Segundo o Espiritismo”, capítulo XVII, ítem 4, nos diz :
"Reconhece-se o verdadeiro espírita por sua transformação moral e pelos esforços que faz para dominar suas más tendências".
O que é a Reforma Íntima?
A Reforma Intima é um processo continuo de autoconhecimento, de conhecimento da nossa intimidade espiritual. É a transformação do homem velho, carregado de tendências e erros seculares, no homem novo, atuante na implantação dos ensinamentos do Divino Mestre, dentro e fora de si.
Para que a Reforma Íntima?
Para transformar o homem e a partir dele, toda a humanidade, ainda tão distante das vivências evangélicas.
Onde fazer a Reforma Íntima?
Primeiramente dentro de nós mesmos, cujas transformações se refletirão depois em todos os campos de nossa existência, no nosso relacionamento com familiares, colegas de trabalho, amigos e inimigos e, ainda, nos meios em que colaborarmos desinteressadamente com serviços ao próximo.
A maior dificuldade para se fazer a tão falada Reforma Íntima é justamente saber o que devemos nos reformar – o que está de errado em nós? A partir daí então, devemos passar para outra grande dificuldade que é praticar a Reforma em nossa personalidade, em nosso modo de agir e até mesmo no pensar.
A família é sempre nosso porto seguro, onde se encontram as pessoas mais importantes da nossa vida.
Não há lugar melhor do que a própria casa para se conhecer e principalmente, refletir sobre o nosso comportamento e praticar a auto-análise.
É preciso conversar e escutar em relações familiares, porque a família é importante tanto para a missão da reencarnação quanto para a prática da reforma íntima.
Também através da convivência com a nossa família e amigos observaremos a ocorrência de mudanças, num exercício diário de despertar virtudes e dominar más tendências.
Raul Teixeira através de uma vídeo-palestra pela Federação Espírita do Paraná nos deu um roteiro para nossa reforma íntima:
1) Falar sempre de forma INATACÁVEL;
2) Não tomar nada como pessoal;
3) Não fazer suposições ;
4) Fazer o melhor que pudermos com o máximo de nós.
Parece simples, mas não é:
Quantas vezes não comentamos sobre alguém, atacando aquela pessoa com suas más características, más tendências ou condutas; quantas vezes não agredimos diretamente o próximo, geralmente um familiar ou companheiro?
Quantas vezes recebemos críticas que poderiam ser usadas para o nosso melhoramento e levamos para o lado pessoal ficando ainda magoado com aquela pessoa.
Quantas vezes criamos suposições a respeito das pessoas e quando verificamos é algo totalmente diferente.
Quantas vezes deixamos a preguiça adiar projetos, ou entramos em atividades sem a dedicação merecida resultando fracassos profissionais e pessoais!
Independente de crença somos convidados para nossa evolução diariamente em nossas relações na família e no trabalho.
Exerçamos nossas vivências diárias para benefício próprio, não atacando ninguém de forma verbal, não tomando nada como pessoal, sem fazer suposições, fazendo sempre o melhor que pudermos sem ultrapassar nossos limites.
“Ante as dificuldades do cotidiano, exerçamos a paciência, não apenas em auxílio aos outros, mas igualmente a favor de nós mesmos.” (Emmanuel. Livro Encontro Marcado.)
Espírito Ermance Dufaux, na obra Laços de Afeto, Cap. 10 – Meditação Emocional:
Sem conheceres bem a ti mesmo, jamais te tornará apto a compreenderes a ação alheia. Se não compreenderes o outro, perderás os frutos sazonados que a escola do relacionamento tem a oferecer‐te.
A intimidade nos relacionamentos é zona delicada de convivência que apela para a virtude e o caráter, a fim de saber dela o que se deve, e o que se quer.
O que você fez essa semana para enriquecer o tesouro da amizade no conjunto de teus companheiros de ideal?
Evita reclamar cotas de atenção e generosidade alheia. Com o tempo, se te aplicares, perceberás que é muito mais gratificante ser amável e querer bem a todos. Exercite.
Aversões, afinidades, desafetos, simpatias, todas elas são lições emocionais, aulas do coração.
A estabilidade emocional de um grupo é medida pelo desejo individual de seus membros em cooperar nas soluções dos problemas que surgem habitualmente, evitando fixar a mente e o coração nos problemas existentes.
Reforma íntima (acróstico)
Riqueza de atitudes boas
Estudo sobre si e o próprio caráter
Ferramentas de luz e amor em cada gesto
Oração e vigilância constantes
Resistência ás tentações
Mentalização do belo e do que é bom e positivo
Amor a si mesmo
Intimidade em resguardo das sombras
Necessária compreensão do que significa o próximo
Trabalho de renovação de valores
Interiorização do bem em substituição ao mal
Movimento seguro na direção da luz
Amor, agora, ao próximo.
Ademário da Silva
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