sexta-feira, 19 de agosto de 2011





ESPÍRITAS DIANTE DA MORTE

Emmanuel

Toda religião procura confortar os homens, ante a esfinge da morte.
A Doutrina Espírita não apenas consola, mas também alumia o raciocínio dos que indagam e choram na grande separação.
Toda religião admite a sobrevivência.
A Doutrina Espírita não apenas patenteia a imortalidade da vida, mas também demonstra o continuísmo da evolução do ser, em esferas diferentes da Terra.
Toda religião afirma que o mal será punido, para lá do sepulcro.
A Doutrina Espírita não apenas informa que todo delito exige resgate, mas também destaca que o inferno é o remorso, na consciência culpada, cujo sofrimento cessa com a necessária e justa reparação.
Toda religião ensina que a alma será expurgada de todo o erro, em regiões inferiores.
A Doutrina Espírita não apenas explica que a alma, depois da morte, se vê mergulhada nos resultados das próprias ações infelizes, mas também esclarece que, na maioria dos casos, a estação terminal do purgatório é mesmo a Terra, onde reencontramos as conseqüências de nossas faltas, a fim de extingui-las, através da reencarnação.
Toda religião fala do Céu, como sendo estância de alegria perene.
A Doutrina Espírita não apenas mostra que o Céu existe, por felicidade suprema no Espírito que sublimou a si mesmo, mas também elucida que os heróis da virtude não se imobilizam em paraísos estanques, e que, por mais elevados, na hierarquia moral, volvem a socorrer os irmãos da humanidade ainda situados na sombra.
Toda religião encarece o amparo da Providência Divina às almas necessitadas
A Doutrina Espírita não apenas confirma que o Amor infinito de Deus abraça todas as criaturas, mas também adverte que todos receberemos, individualmente, aqui ou além, de acordo com as nossas próprias obras.
Os espíritas, pois, realmente não podem temer a morte que lhes sobrevém, na pauta dos desígnios superiores.
Para todos nós, a desencarnação em atendimento às ordenações da vida maior é o termo de mais um dia de trabalho santificante, para que se ponham, de novo, a caminho do alvorecer.

Do livro Justiça Divina. Psicografia de Francisco Cândido Xavier

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