segunda-feira, 29 de agosto de 2011
Geralmente, é na juventude do corpo que temos despertado o interesse em buscar alguém o sexo oposto para compartilhar dos nossos sonhos.
Quando encontramos a alma eleita, o coração parece bater na garganta e ficamos sem ação. Elaboramos frases perfeitas para causar o impacto desejado, a fim de não sermos rejeitados.
Então, tudo começa. O namoro é o "doce encantamento".
Logo começamos a pensar em consolidar a união e nos preparamos para o casamento.
Temos a convicção de que seremos eternamente felizes. Nada nos impedirá de realizar os sonhos acalentados na intimidade.
Durante a fase do namoro é como se estivéssemos no cais, observando o mar calmo que nos aguarda, e nos decidimos por adentrar na embarcação do casamento.
A embarcação se afasta lentamente do cais e os primeiros momentos são de extrema alegria, são os minutos mais agradáveis. Tudo é novidade.
Mas como no casamento de hoje observa-se a presença do ontem, representada por almas que se amam ou se detestam, nem sempre o suave encantamento é duradouro.
Tão logo os cônjuges deixem cair as máscaras, afiveladas com o intuito de conquistar a alma eleita, a convivência torna-se mais amarga.
Isso acontece por estarem juntos espíritos que ainda não se amam verdadeiramente, que é o caso da grande maioria das uniões em nosso planeta.
Assim sendo, tão logo a embarcação adentra o alto mar, e os cônjuges começam a enfrentar as primeiras tempestades, o primeiro impulso é de voltar ao cais, mas ele já está muito distante...
O segundo é o de pular fora da embarcação. E é o que muitos fazem.
E, como um dos esposos, ou os dois, têm seus sonhos desfeitos, logo começam a imaginar que a alma gêmea está se constituindo em algema e desejam ardentemente libertar-se. E o que geralmente fazem é buscar outra pessoa que possa atender suas carências.
Esquecem-se dos primeiros momentos do namoro, em que tudo era felicidade, e buscam outras experiências.
Alguns se atiram aos primeiros braços que encontram à disposição para logo mais sentirem novamente o sabor amargo da decepção.
Tentam outra e outra mais, e nunca acham alguém que consolide seus anseios de felicidade. Conseguem somente infelicitar e infelicitar-se a si mesmos, na busca de algo que não encontram.
Se a pessoa com quem nos casamos não era bem o que esperávamos, lembremo-nos de que, se a escolha foi feita pelo coração, sem outro interesse qualquer, é com essa pessoa que precisamos conviver para aparar arestas.
Lembremo-nos de que na terra não há ninguém perfeito, e que nossa busca por esse alguém será em vão.
E se houvesse alguém perfeito, esse alguém estaria buscando alguém também perfeito que, certamente, não seríamos nós.
* * *
Você sabia que os casamentos são programados antes do berço?
Nós planejamos, antes de nascer, se vamos ou não casar, com quem iremos nos casar e quem serão nossos filhos.
Assim, temos o cônjuge que merecemos e o melhor que as leis divinas estabeleceram para nós.
Dessa forma, busquemos amar intensamente a pessoa com quem dividimos o lar, pois só assim conseguiremos alcançar a felicidade que tanto almejamos.
Redação do Momento Espírita
Emmanuel & Francisco Cândido Xavier
Ante a coleção das boas ações de alguém é forçoso se lhe analisem igualmente as reações diante da vida. Um e outro lado do bem.
Doarás o prato substancioso a quem te bate à porta em penúria; mas não se te azedará o coração, se o beneficiário te fere com palavras de incompreensão e desequilíbrio.
Ofertarás tua própria alma, a favor dos amigos, aos quais te devotas; entretanto, se algum deles te malversa os tesouros afetivos que lhe puseste ao dispor, abençoa-lo-ás, como sempre, o fizeste, conquanto sempre lhe possas compartilhar, de imediato, a intimidade ou a convivência.
Atenderás ao impositivo de auxiliar os companheiros que se te aderem aos pontos de vista; no entanto, aprenderás a respeitar os adversários e a reverenciar as qualidades edificantes de que se façam portadores.
Exteriorizarás entusiasmo e alegria, nas horas belas da estrada; todavia, demonstrarás coragem e paciência, nos dias amargos, quando tudo pareça despedaçar-te os sonhos e aniquilar-te as esperanças.
Tuas ações constituem recursos que sorveste na organização crediária da vida.
Tuas reações, porém, são as garantias que lhes preservam a estabilidade ou os golpes que lhes desmerecem o valor, conforme o bem ou o mal a que te afeiçoes.
Se as tuas reações forem constantemente elevadas, decerto que as tuas realizações serão sempre respeitáveis e dignas.
Pelas ações somos retratados, segundo as tintas da opinião de cada um.
Pelas reações somos vistos em nossa estrutura autêntica.
Provas, aflições, problemas e dificuldades se erigem na existência, como sendo patrimônio de todos. O que nos diferencia, uns diante dos outros, é a nossa maneira peculiar de apreciá-los e recebê-los.
Anotemos semelhante realidade, porquanto, em nos consagrando ao exercício real da caridade, a benefício do próximo e a favor de nós mesmos, é indispensável nos mantenhamos vinculados aos ensinamentos do Cristo, na hora de agir e de reagir.
CHAVES LIBERTADORAS
Desgosto.
Qualquer contratempo aborrece.
No entanto, sem desgosto, a conquista de experiência é impraticável.
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Obstáculo.
Todo empeço atrapalha.
Sem obstáculo, porém, nenhum de nós consegue efetuar a superação das próprias deficiências.
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Decepção.
Qualquer desilusão incomoda.
Todavia, sem decepção, não chegamos a discernir o certo do errado.
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Enfermidade.
Toda doença embaraça.
Sem a enfermidade, entretanto, é muito difícil consolidar a preservação consciente da própria saúde.
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Tentação.
Qualquer desafio conturba.
Mas, sem tentação, nunca se mede a própria resistência.
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Prejuízo.
Todo golpe fere.
Sem prejuízo, porém, é quase impossível construir segurança nas relações uns com os outros.
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Ingratidão.
Qualquer insulto à confiança estraga a vida espiritual.
No entanto, sem o concurso da ingratidão que nos visite, não saberemos formular equações verdadeiras nas contas de nosso tesouro afetivo.
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Desencarnação.
Toda morte traz dor.
Sem a desencarnação, porém, não atingiríamos a renovação precisa, largando processos menos felizes de vivência ou livrando-nos da caducidade no terreno das formas.
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Compreendamos, à face disso, que não podemos louvar as dificuldades que nos rodeiem, mas é imperioso reconhecer que, sem elas, eternizaríamos paixões, enganos, desequilíbrios e desacertos, motivo pelo qual será justo interpretá-las por chaves libertadoras, que funcionam em nosso Espírito, a fim de que nosso Espírito se mude para o que deve ser, mudando em si e fora de si tudo aquilo que lhe compete mudar.
sábado, 27 de agosto de 2011
1- Procure esquecer o lado escuro da personalidade do próximo.
2- Aprenda a ouvir com calma os longos apontamentos do seu irmão, sem o impulso de interromper-lhe a palavra.
3- Olvide a ilusão de que seus parentes são as melhores pessoas do mundo e de que a sua casa deve merecer privilégios especiais.
4- Não dispute a paternidade das idéias proveitosas, ainda mesmo que hajam atravessado o seu pensamento, de vez que a autoria de todos os serviços de elevação pertence, em seus alicerces, a Jesus, nosso Mestre e Senhor.
5- Não cultive referências à sua própria pessoa, para que a vaidade não faça ninho em seu coração.
6- Escute com serenidade e silêncio as observações ásperas ou amargas dos seus superiores hierárquicos e auxilie, com calma e bondade, os companheiros ou subalternos, quando estiverem tocados pela nuvem da perturbação.
7- Receba com carinho as pessoas neurastênicas ou desarvoradas, vacinando seu fígado e a sua cabeça contra a intemperança mental.
8- Abandone toda a espécie de crítica, compreendendo que você poderia estar no banco da reprovação.
9- Habitue-se a respeitar as criaturas que adotem pontos de vista diferentes dos seus e que elegeram um gênero de felicidade diversa da sua, para viverem na terra com o necessário equilíbrio.
10- Honre a caridade em sua própria casa, ajudando em primeiro lugar a seus familiares, através do rigoroso desempenho de suas obrigações, para que você esteja realmente habilitado a servir ao mundo e à humanidade, hoje e sempre...
(André Luiz)
A LUZ EM NOSSAS VIDAS
Foi um sonho, há muito tempo acalentado, esse de o homem poder viver num ambiente iluminado.
Em 1828, Thomas Alva Edison conseguiu, pela primeira vez, a lâmpada elétrica de filamento.
A partir desse momento, tudo se modificou na sociedade. Cinquenta anos depois, Joseph Swan patenteou a lâmpada incandescente, que passou a ser industrializada.
É inconcebível hoje, para nossa mentalidade, um mundo sem luz elétrica. Ficamos a pensar no que seria uma casa iluminada por tochas, por candelabros, por velas.
Pode ser muito romântico um jantar à luz de velas. Contudo, viver uma vida inteira tendo que ler, fazer os serviços domésticos, tratar de doentes, costurar utilizando-se de velas, de tochas, de lampiões, de lamparinas... Inconcebível!
A própria natureza nos fala da importância da luz porque nos dá, ao longo do dia, o brilho solar. Quando estamos vivendo sob o brilho do sol, complicado pensar na noite escura.
Quando estamos refletindo sobre a noite escura, temos a oportunidade de pensar no brilho do luar e nos beijos cintilantes das estrelas.
A luz é, em verdade, a grande mensagem do Criador diante das trevas que ainda empanam a vida humana.
Diz o Velho Testamento, no livro do Gênesis: E o Senhor fez a luz. Faça-se a luz. Fiat lux. E a luz se fez.
E Jesus de Nazaré afirmou sem rebuços: Eu sou a luz do mundo. Aquele que andar em mim, jamais conhecerá as trevas.
Naturalmente que a luz de que falava Jesus Cristo não era uma luz física. Ele falava de uma luz mental, de uma claridade espiritual, de algo que Ele viera trazer ao mundo para nos retirar das nossas sombras.
Sombras de ignorância, noites de maldade, escuridão dos tormentos. Então, Ele veio como um astro do dia, uma estrela de primeira magnitude, com essa coragem de dizer, em pleno período das sombras: Eu sou a luz do mundo.
Mas o Homem de Nazaré ainda propôs que nós também trabalhássemos por desenvolver a nossa própria claridade: Brilhe a vossa luz.
Jesus propõe que façamos brilhar a nossa própria luz, porque somos lucigênitos. Fomos criados, gerados pela luz de Deus.
Esse é um convite para que trabalhemos o quanto nos seja possível para sairmos das trevas do não saber, do não sentir, do não amar, do não viver.
Em outro momento, asseverou o Celeste Amigo: Quando os teus olhos forem bons, todo o teu corpo terá luz.
Os nossos olhos bons não são os olhos da face. É a nossa maneira de ver as coisas, nossa visão de mundo, nosso olhar sobre as pessoas.
Na medida em que formos misericordiosos, atenciosos, fraternos para com os outros e seus problemas, é natural que estaremos evoluindo, crescendo na direção do Altíssimo.
Todo o nosso ser espiritual, o nosso corpo espiritual, nosso corpo astral brilhará: Todo o teu corpo terá luz.
Todos os grandes gênios espirituais do mundo valorizaram a luz. Não é à toa que Siddhartha Gautama, o grande Buda, é chamado a luz da Ásia.
Por isto, quando Jesus afirma ser a Luz do mundo, Ele ultrapassa as dimensões de todas as terras, de todos os seres e Se mostra de fato como a Luz, Modelo e Guia para todos nós.
Redação do Momento Espírita
Na aula de história, a professora falava sobre a noite de São Bartolomeu, que ocorreu na França em 1572. Dizia ela:
- Por intolerância religiosa, católicos e protestantes guerrearam em "nome de Deus". Foi um massacre de mais de 20 mil protestantes pelos católicos.
Um aluno mais curioso perguntou:
- Professora, onde estava Deus que permitiu a morte de tantas pessoas?
A professora respondeu:
- Deus estava ausente na “atitude das pessoas”...
Em nome de Deus, guerreiros e religiosos vêm produzindo estragos imensos.
Já no tempo de Moisés, em nome de Deus, os judeus passavam o fio de espada, em terra inimiga, tudo o que tivesse fôlego - homens e mulheres, velhos e moços, aves e animais . . .
Durante a Idade Média, em nome de Deus, inquisidores mandavam para a fogueira pessoas que se atreviam a contestar seus interesses.
Nas Cruzadas, em nome de Deus, os cristãos da Europa dizimaram populações imensas, com a "piedosa" intenção de libertar o solo sagrado da Palestina.
Ainda hoje, em nome de Deus, fanáticos promovem banhos de sangue em várias regiões do Mundo.
Nos comentários à questão 13, em O Livros dos Espíritos, Allan Kardec explica por que Deus é eterno, imutável, imaterial, único, onipotente e soberanamente justo e bom.
A maior dificuldade está em entender como o Criador pode ser justo e bom se há tanta injustiça e maldade no Mundo.
Como pode permitir que crianças morram de fome?
Que ditadores oprimam populações imensas?
Que ricos mercadores explorem seus subordinados?
Que bandidos aterrorizem as pessoas?
Que torturadores façam tantas vítimas?
Ante essas dúvidas, muitos se desesperam e perdem a fé, principalmente ao enfrentarem tragédias pessoais, que envolvam a morte de familiares, a doença, a perda dos bens materiais, a privação da liberdade . . .
Onde está esse Senhor Supremo que não os entende?!
Que pai é esse que não satisfaz suas necessidades, nem resolve seus problemas?!
Sentem-se entregues à própria sorte!
Se Deus existe, reclamam, não está nem um pouco preocupado com seus filhos que lutam e choram no Mundo.
Aqui, nenhuma doutrina filosófica ou religiosa nos satisfará, se não considerarmos nossa condição de seres em evolução, transitando pela Terra.
Passamos por múltiplas experiências reencarnatórias. Colhemos em cada uma delas o que semeamos nas anteriores, crescendo espiritualmente, desenvolvendo potencialidades, rumo à angelitude, como a pedra bruta submetida ao buril que a transformará num diamante.
A partir dessas noções começamos a ter uma visão diferente de Deus, entendendo que Ele semeou em nosso coração algo de Sua grandeza - a justiça e a bondade, que devemos desenvolver por iniciativa própria, valorizando nossas aquisições.
Jamais seremos felizes, enquanto não o fizermos.
Estória de Rudymara e comentário de Richard Simonetti
sexta-feira, 26 de agosto de 2011
quinta-feira, 25 de agosto de 2011
Dinâmica a União faz a força - Eclesiastes 4. 9
Material: fios finos de barbante ou de lã (pedaços de mais ou menos 30cm) ou palitos de churrasquinho.
Distribuir entre os participantes os fios de barbante, pedir que cada um analise a aparência, utilidade e propósito daquele pedaço de barbante, (cerca de 2 minutos, para não ficar cansativo).
Pedir que eles arrebentem e observem como foi fácil.
lhe sobrou para formar um feixe de barbantes e pedir a alguns voluntários que tentem arrebentar este feixe.
Observem como fica mais difícil se à medida que o feixe fica grosso.
Para concluir leia o texto bíblico e discutam sobre a relação com a dinâmica e o grupo. ("Melhor é serem dois do que um porque têm melhor paga do seu trabalho Pois se caírem um levantará o seu companheiro").
Ouça o que seus colegas têm a dizer, por mais que você não concorde em gênero, número e grau. Ouvir com atenção é uma questão de respeito. Depois que tiver entendido tudo, aí sim, é o momento para você expor seus pontos de vista e suas opiniões. Seja paciente e não se envolva em discussões bobas.
Dê o melhor de si na execução do seu trabalho, ajude seus colegas quando necessitarem e não fique constrangido ao pedir ajuda. Lembre-se: a união faz a força.
DINÂMICAS ENTRE PROFESSORES E PAIS DE ALUNOS
O objetivo desta dinâmica é mostrar que apesar das diferenças (a diversidade das peças), quando trabalham em harmonia, integração, cooperação, o resultado é sempre promissor (há uma enormidade de figuras feitas com as mesmas peças).
Português
Relembrando provérbios.
Peça para que os pais se organizem em círculo.
Cada um deverá dizer um provérbio inteiro e inédito.
O pai que repetir sairá do círculo.
Se ficar pensando por mais de um minuto sairá do círculo.
O campeão dos provérbios será o que permanecer até o fim.
Após o término o pai vencedor deverá ressaltar o provérbio que melhor pode ser aplicado na parceria pais, escola e aluno.
Outros pais poderão se manifestar ressaltando outros provérbios.
O objetivo desta dinâmica é fazer com que reflitam sobre a aplicação dos mesmos.
Geografia
Faça uma viagem ilusória com os pais.
Escolha um local para visitar.
Peça para que fechem os olhos e os conduza, através da imaginação, até o destino combinado. É interessante que seja um local conhecido por todos. Pode ser até a rua em frente a escola.
Inicie pelo levantar da carteira, o sair da sala de reunião, sair da escola, e então faça-os “voar” através das palavras até chegar ao destino pretendido. Depois volte, fazendo o percurso inverso, terminando o exercício com os pais entrando novamente na escola, passando pelos corredores, entrando na sala de aula e finalmente sentando na carteira. Somente após estarem sentados é que poderão abrir os olhos.
Ao final a professora deve perguntar quem teve a sensação de realmente ter saído da escola e ter visualizado o local descrito.
O objetivo desta dinâmica é justamente trabalhar o entrosamento, a disponibilidade, a boa vontade para atingir um mesmo objetivo.
Todos demonstraram boa vontade e seguiram as regras até o término da dinâmica. Cada um contribuiu para que a dinâmica tivesse um bom resultado.
Estes são os requisitos fundamentais para que exista a parceria entre a família e a escola, pois os dois priorizam o sucesso do aluno, que é o resultado pretendido
Ciências
Resultado da dinâmica: Montar um boneco.
A cada três grupos deverá sair um boneco, ou seja um grupo vai desenhar a cabeça, o outro grupo o tronco e o outro grupo os membros.
Um grupo não pode se comunicar e nem ver o trabalho do outro grupo.
A intenção é que o Grupo 1A, o Grupo 2A e o Grupo 3A ao juntarem as partes para montar o boneco, estas apresentem tamanho desproporcional deixando o boneco completamente deformado.Que a cabeça fique desproporcional ao tronco e este aos membros.
O objetivo maior desta dinâmica é justamente trabalhar a maneira diferenciada que as pessoas têm ao enfocarem o mesmo assunto. Também deixa bem claro o que a falta de comunicação e entrosamento propicia, uma vez que eles não puderam se comunicar.
Não existe nada mais familiar que o próprio corpo e cada um o representou de tamanhos e maneiras diferentes.
Porém, caso os grupos tivessem tido contato uns com os outros, ou seja, trabalhassem em harmonia, em cooperação visando um mesmo interesse, esta desproporção não teria acontecido.
O objetivo desta dinâmica mostra a importância do entrosamento, da união, da comunicação para que exista a parceria entre a escola, o professor e o aluno.
1- Formar grupos com os pais. O número de grupos deverá ser múltiplo de três.
2- Distribuir folhas de sulfite, lápis preto, borracha, lápis de cor e tesoura para cada grupo.
3- Cada grupo sorteará o comando que poderá ser ou “cabeça” ou “tronco” ou “membros”
Obs. Se houverem muitos grupos, para que não haja confusão vindo a prejudicar o resultado da dinâmica, é aconselhável que ao se sortear os três primeiros comandos, sendo que um é a cabeça, o outro o tronco e o outro os membros, se designe chamar grupo A, em seguida se fará o sorteio dos próximos três grupos nomeando-os de grupo B e assim por diante.
Quando se iniciar a montagem do boneco, chama-se os três representantes dos grupos A e montam o boneco, em seguida os representantes dos grupos B e assim por diante.
Somente após a montagem de todos os bonecos é que se inicia a análise enfocando o acima exposto.
Ética
Jogo das bexigas
Distribua entre os pais uma bexiga para cada um. Cada qual deverá encher a sua bexiga.
Em seguida pedir para que todos fiquem de pé e que formem um grande círculo. Cada um deverá manter-se em movimento, andando pelo espaço feito pelo círculo não devendo se afastar do grupo. Deverá manter sua bexiga no ar dando tapinhas. Não poderá deixa-la cair no chão. Caso isso aconteça, deverá pegá-la e colocá-la novamente no ar.
O Professor já deve deixar combinado antes do jogo começar que irá tocar nas costas dos participantes e que esse ao ser tocado, deverá se afastar do grupo deixando a bexiga.
Com isso, ficarão cada vez mais bexigas e cada vez menos participantes, e os que continuarem no jogo, deverão se esforçar ao máximo para manter todas as bexigas no ar.
Vai chegar um determinado momento que isso não será mais possível por mais que os participantes que restaram, se esforcem.
Objetivo da dinâmica: A importância do dividir tarefas. Se cada um fizer a sua parte, ninguém fica sobrecarregado. Mostrar a importância da participação dos pais no processo ensino-aprendizagem do seu filho.
Referências
http://paixaodeeducar.blig.ig.com.br/
http://www.chabad.org.br/biblioteca/artigos/reuniao/home.html
http://www.morcegolivre.vet.br/tangram.html
Sorrir atraindo dedicações e possibilidades ou mostrar a face agoniada da irritação, suscitando adversários ou problemas, dependerá sempre de você mesmo.
Ódio e medo, inveja ou ciúme, desespero ou ressentimento desajustam a mente, e a mente desequilibrada envenena o corpo.
Procure ver o melhor dos outros e dê aos outros o melhor de você, porque o pessimismo jamais edifica.
Você receberá auxílio e assistência na medida exata das suas prestações de serviço ao próximo, recebendo, ainda, por acréscimo, valiosas bonificações da Providência Divina.
Recordemos que situar-nos nas dificuldades dos outros, de modo a senti-las como se fossem nossas, para auxiliar aos outros, sem exigência ou compensação, é a maneira mais justa de garantir a paz.
Lembremo-nos sempre de que a criatura humana, seja qual for a condição em que se encontre, conquanto as imperfeições ou fraquezas que ainda carregue, é um anjo em formação, caindo às vezes para levantar-se e aprender as lições do bem com mais segurança.
E, segundo as leis da evolução, toda criatura, a fim de burilar-se, é chamada a esforço máximo, no qual a dificuldade e o sofrimento estão incluídos por ingredientes de progresso e sublimação.
Por isto mesmo, em quaisquer ocasiões, seja de alegria ou inquietação, fracasso ou refazimento, se aspiramos a seguir para as vanguardas de elevação e felicidade, amor e luz, só nos resta uma solução: trabalhar.
Espírito: André Luiz
Médiuns: Francisco Cândido Xavier e José Herculano
terça-feira, 23 de agosto de 2011
ESPIRITISMO X ESPIRITUALISMO
No item I – Espiritismo e Espiritualismo, da Introdução ao Estudo da Doutrina Espírita, constante de O Livro dos Espíritos Kardec esclarece:
"Para as coisas novas necessitamos de palavras novas, pois assim o exige a clareza de linguagem, para evitarmos a confusão inerente aos múltiplos sentidos dos próprios vocábulos. As palavras espiritual, espiritualista, espiritualismo tem uma significação bem definida; dar-lhes outra, para aplicá-las à Doutrina dos Espíritos, seria multiplicar as causas já tão numerosas de anfibologia. Com efeito, o espiritualismo é o oposto do materialismo; quem quer que acredite haver em si mesmo alguma coisa além da matéria é espiritualista; mas não se segue daí que creia na existência dos Espíritos ou em suas comunicações com o mundo visível.
Em lugar das palavras espiritual e espiritualismo empregaremos, para designar esta última crença, as palavras espírita e Espiritismo, nas quais a forma lembra a origem e o sentido radical e que por isso mesmo tem a vantagem de ser perfeitamente inteligíveis, deixando para espiritualismo a sua significação própria. Diremos, portanto, que a Doutrina Espírita ou Espiritismo tem por princípio as relações do mundo material com os Espíritos ou seres do mundo invisível. Os adeptos do Espiritismo serão os espíritas, ou, se o quiserem, os espiritistas.
Como especialidade O Livro dos Espíritos contém a Doutrina Espírita; como generalidade liga-se ao Espiritualismo, do qual representa uma das fases. Essa a razão porque traz sobre o título as palavras: Filosofia Espiritualista."
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Espiritualismo
Doutrina filosófica que admite a existência de Deus e da alma. Contrapõe-se ao Materialismo, que só admite a matéria.
Segundo o Materialismo no ser humano só haveria o corpo físico. Até as funções superiores como a memória, o raciocínio, as emoções, os sentimentos poderiam ser reduzidos a simples reações físico-químicas do sistema nervoso, do sangue, das glândulas internas. O Universo seria formado por acaso e seria explicado dentro das leis das ciências exatas (Matemática, Física, Química, Astronomia etc.). Esta é a tese do Materialismo Filosófico, que não deve ser confundido com o Materialismo Pragmático e Hedonista adotado por aquele que, embora se diga até mesmo religioso, só quer mesmo é gozar os prazeres da vida terrena, nem que seja em cima da miséria alheia.
Todos os religiosos, como aceitam a Alma e Deus, são, por isto mesmo, espiritualistas.
Assim, a pala espiritualista tem significado muito vasto, abrangendo o católico, o protestante, o umbandista, o candomblecista, o israelita ou judeu, o islâmico ou mamometano etc.
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Espiritismo
Doutrina filosófica também espiritualista, mas que se diferencia das outras correntes filosóficas por Ter características bem definidas, a saber:
a – concepção tríplice do homem: Espírito – Perispírito – Corpo Físico;
b – sobrevivência do Espírito como individualidade;
c – continuidade da responsabilidade individual;
d – progressividade do Espírito dentro do processo evolutivo em todos os níveis da natureza;
e – comunicação mediúnica disciplinada voltada para o esclarecimento e a consolação de encarnados e desencarnados;
f – volta do Espírito à matéria (reencarnação) tantas vezes quantas necessárias para alcançar a perfeição relativa a que se destina, não admitindo, no entanto, a metempsicose, ou seja, a volta do Espírito no corpo de animal para pagar dívidas, como aceita o Hinduísmo. Conforme o Espiritismo, o Espírito não retroagrada;
g – ausência total de hierarquia sacerdotal;
h – abnegação na prática do bem, ou seja, não se dobra nada por esta ou aquela atividade espírita;
i – terminologia própria, como por exemplo, perispírito, Lei de Causa e Efeito, médium, Centro Espírita, e nunca corpo astral, karma, Exu, Orixá, "cavalo", "aparelho", "terreiro", "encosto", vocábulos utilizados por outras religiões e que não têm cabimento no meio espírita;
j – total ausência de culto material (imagens, altares, roupas especiais, oferendas, velas etc.);
l – na prática espírita não há batismo nem culto ou cerimônia para oficializar casamento;
m – respeito a todas as demais religiões, embora não incorpore a seu corpo doutrinário os princípios e rituais delas;
n – a moral espírita é a moral cristã: "Fazer ao próximo aquilo que dele se deseje".
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Espiritismo, Sincretismo e Cultos Afro-Brasileiros
Na obra Africanismo e Espiritismo – Cap. I, Deolindo Amorim afirma:
"Tem-se procurado, aliás sem razão plausível, confundir o Espiritismo com velhas práticas afro-católicas, enraizadas no Brasil desde o período colonial. Argumenta-se, em defesa de tal suposição, que nas práticas africanas se verificam manifestações de espíritos, o que, no entender de muitas pessoas, é suficiente para dar cunho espírita a essas práticas. O raciocínio é mais ou menos este: onde há manifestações de espíritos, há Espiritismo; logo, as práticas fetichistas são também práticas espíritas, porque nelas se faz evocações de espíritos".
"Eis aí uma preliminar discutível. Em primeiro lugar, o que caracteriza o ato espírita não é exclusivamente o fenômeno; em segundo lugar, o Espiritismo (corpo de doutrina organizado por Allan Kardec) surgiu no mundo em 1857, e quando suas obras chegaram ao Brasil, já existia o Africanismo generalizado, principalmente na Bahia."
"Historicamente, como se vê, não é possível estabelecer qualquer termo de comparação, porquanto o Africanismo data da época muito recuada, ao passo que a Doutrina Espírita é do século passado..."(século XIX)
"O Africanismo tem ritual organizado, de acordo com suas tradições seculares, fundadas na crença em divindades peculiares a seu culto, enquanto o Espiritismo não adota ritual de espécie alguma, não tem forma de culto, nem adora divindades. É uma doutrina de base científica, propensa ao método experimental, de cogitações filosóficas muito elevadas, porque trata do destino da alma humana, preparando o homem para a prática do Bem, única estrada que conduz a Deus."
"Muito deve o Brasil ao braço africano, cujo suor, com sacrifício e dedicação, regou os alicerces da prosperidade econômica do país. O africano trouxe para o Brasil os elementos de sua cultura, já muito velha àquele tempo. Deu-se logo a mesclagem cultural, mais esclarecida, atualmente, pelas investigações da Sociologia. Com o tempo, porém, o culto africano começou a desfigurar-se, perdendo as suas linhas originais, em conseqüência d gradativa e inevitável influência do Catolicismo. Fundiram-se, pois, três tipos diferentes na formação do Brasil: europeu, africano e aborígene. Entre os filhos da terra, os aborígenes, não havia uniformidade de usos e costumes, o que não deixa de refletir a forma de culto..."
"O Africanismo perdeu há longo tempo, no Brasil, seus traços primitivos. Formou-se no país uma cultura de fusão, disto resultando o sincretismo religioso: um pouco de Catolicismo, um pouco de Africanismo e um pouco de Espiritismo deturpado pelo misticismo popular."
No Cap. II, o autor, informa:
"Não se discute que o objetivo do culto afro-católico, com todos os seus elementos religiosos e culturais, seja ou não o Bem; mas o que se acentua é que Espiritismo não se identifica nem se confunde com o Africanismo. A prática deste último obedece a prescrições ritualísticas, enquanto a prática espírita dispensa e rejeita qualquer fórmula sacramental, qualquer objeto de culto etc..."
"O Espiritismo encontrou, no Brasil, a preponderância do Africanismo e do Catolicismo, com um fator absolutamente favorável: o baixo nível intelectual das massas, educadas na superstição e sob o influxo da Religião Católica, que lhe imprimiu o apego aos ídolos, aos símbolos etc... Difícil tem sido ao Espiritismo reagir contra a propensão de grande parte de seus simpatizantes para o culto fetichista. Daí muita gente, que desconhece o assunto, que não sabe o que é Espiritismo, dizer que Espiritismo e Africanismo são sinônimos... Eis um erro que precisa ser desfeito. Umbandismo, ou qualquer outra forma de Africanismo não constitui modalidade do Espiritismo.
No Livro O Espiritismo e as Doutrinas Espiritualistas no Cap. III Deolindo Amorim acrescenta:
"Apesar do aspecto comum – o caráter espiritualista – a Umbanda não se configura no corpo da Doutrina Espírita nem o Espiritismo se conforma à organização religiosa da Umbanda. À parte o fenômeno, que é ponto pacífico, devemos considerar os dois movimentos em seus campos adequados, sem confusão nem rivalidade: Umbanda deve ser compreendida como Umbanda e Espiritismo deve ser compreendido como Espiritismo".
A propósito, cabe esclarecer que não existe espiritismo de mesa, alto espiritismo, baixo espiritismo, espiritismo de mesa branca, e outras expressões similares. Existe somente Espiritismo.
Aliás, ficam também esclarecido que a expressão Kardecismo não corresponde à realidade, pois a doutrina não é de Kardec. Allan Kardec organizou, codificou a Doutrina Espírita ou Espiritismo, que lhe foi passada pelos Espíritos encarregados de concretizar entre nós o Consolador prometido por Jesus.
Transcrevemos abaixo pergunta de um céptico e a resposta de Allan Kardec, constante da obra O que é o Espiritismo, que bem esclarece o assunto:
"V. – O senhor tinha razão de dizer que das mesas giratórias e falantes saiu uma doutrina filosófica, e longe estava eu de suspeitar as conseqüências que surgiram de um fato encarado como simples objeto de curiosidade. Agora vejo quanto é vasto o campo aberto pelo vosso sistema.
A.K. – Nisso vos contesto, caro senhor; dais-me subida honra atribuindo-me esse sistema quando ele não me pertence. Ele foi totalmente deduzido do ensino dos Espíritos. Eu vi, observei, coordenei e procuro fazer compreender aos outros aquilo que compreendo; esta é a parte que me cabe.
Há entre o Espiritismo e outros sistemas filosóficos esta diferença capital; que estes são todos obra de homens, mais ou menos esclarecidos, ao passo que, naquele que me atribuís, eu não tenho o mérito da invenção de um só princípio.
Dize-se: a filosofia de Platão, de Descartes, de Leibnitz,; nunca se poderia dizer: a doutrina de Allan Kardec; e isto, felizmente, pois que valor pode ter um nome em assunto de tamanha gravidade?
O Espiritismo tem auxiliares de maior preponderância, ao lado dos quais somos simples átomos."
Leitura complementar:
Espiritismo Básico – Pedro Franco Barbosa – FEB.
O Espiritismo de A a Z – FEB.
Manual e Dicionário Básico de Espiritismo – Ariovaldo Cavarsan e Geziel Andrade – EME.
A Revelação da Chave – Raymundo Rodrigues Espelho – EME.
O Além e o Aquém – Cristóvam Marques Pessoa – EME.
Capítulo do Livro "O Espiritismo ao alcance de todos"
segunda-feira, 22 de agosto de 2011
Meu herói
Meu herói. Este é o nome de matéria de uma revista de circulação nacional, que apresentou ao público relatos muito valiosos.
Abaixo do título do artigo veio escrito:
Todo mundo tem um ídolo assim: em vez de voar ou soltar raios, seu superpoder é o de repassar valores que moldam nosso caráter e nos acompanham pela vida inteira.
Em seguida, as jornalistas apresentam diversos relatos de pessoas falando sobre seus ídolos especiais – esses heróis que lhes deixaram uma contribuição imensurável para a vida.
Deixaram bons exemplos, bons valores. Deixaram uma referência de conduta que lhes permitiu passar pela vida com maior segurança.
Os relatos são belíssimos, singelos, emocionantes.
Um deles, de uma menina de 18 anos, dizia assim:
Meu avô abandonou a família quando meu pai tinha 5 anos. Tempos depois, apareceu em nossa casa, velho e doente.
Meu pai cuidou dele até a morte. Naquele dia, jurei fazer o mesmo:nunca abandonar esse homem tão generoso: meu pai, meu exemplo, meu herói.
Percebamos a beleza desta breve narrativa. Imaginemos que exemplo esse pai está deixando para as próximas gerações!
Um exemplo de amor, de dedicação, de perdão.
Filhos criados em lares que lhes apresentam estas referências elevadas, honrosas, têm muito mais chance de se tornarem homens e mulheres de bem.
Os pais da nova era precisam ter esta vontade de se tornarem heróis para seus filhos, heróis da dignidade, da honestidade, da fraternidade.
Se os filhos encontram seus ídolos dentro do lar, quem sabe possam ser menos influenciados pelos ídolos do momento, pelos ícones instantâneos dos dias atuais, tão perigosos.
Se é natural que as crianças, que os adolescentes e jovens imitam aquilo que julgam interessante, que esta imitação possa ter, no seio da família, uma fonte inesgotável e de qualidade superior.
Depois da vontade, precisam ter o esforço e a abnegação, pois para ser herói de verdade é preciso se dedicar, planejar as ações. Construir em casa uma fonte de boas referências em tudo.
O exemplo vivenciado entre as paredes de um lar possui uma força inimaginável, na construção do caráter da alma infantil.
Não se exige perfeição dos progenitores, de forma alguma. Aliás: a constatação das falhas, das deficiências também é parte importante da construção de um herói.
Heróis não são seres perfeitos: são seres que buscam a perfeição, dia após dia, batalha após batalha.
Que os pais possam ter em mente este objetivo: de deixarem, a cada dia, ano após ano, um jardim de boas referências a seus filhos.
Tais exemplos terão a força de modificar as próximas gerações, pois se forem fortes o suficiente, se marcarem a vida dos filhos, certamente seguirão na direção de netos, bisnetos, etc.
Que os pais deixem belas histórias, belas lembranças, que serão sempre um grande farol a guiar os filhos nos momentos de dificuldade.
Estes são os heróis dos novos tempos: os homens e mulheres de bem que deixarão o legado dos exemplos inesquecíveis, das lições que jamais se poderá olvidar.
Redação do Momento Espírita com base em matéria de Ana Luísa Vieira e Juliana Dias, da revista Sorria, de abril/maio 2011.
sábado, 20 de agosto de 2011
Gratidão, por quê?
Renato Costa – rsncosta@terra.com.br
Agostinho de Hypona discorre, no Item 9 do Capítulo XIV de O Evangelho segundo o Espiritismo, sobre um tema ao qual Kardec intitulou de “A Ingratidão dos Filhos e os Laços de Família”. Naquele trecho, um dos muitos classificados pelo Codificador como “Instruções dos Espíritos”, Agostinho inicia afirmando ser a ingratidão um dos frutos diretos do egoísmo. De fato, quem não é grato por um favor que recebe é porque se julga merecedor de tal favor, entendendo que aquele que o prestou nada mais fez que sua obrigação. Ora, o que é alguém que se julga merecedor do favor de todos sem a ninguém achar necessário agradecer, senão alguém totalmente centrado em si mesmo, isto é, um egoísta?
A seguir, Agostinho apresenta as três situações básicas em que a sociedade humana entende estar ocorrendo a ingratidão de filhos para com seus pais, a saber:
- quando os espíritos guardam ódio entre si por força de ocorrências passadas e a sua aproximação, encarnando como membros de uma mesma família, não logra atenuar suficientemente tais ódios;
- quando os pais, por motivos vários, são tolerantes em demasia para com os vícios de seus filhos, faltando ao seu dever de transmitir a eles valores morais e lhes permitindo que façam tudo o que desejam fazer, colhendo, quando idosos, os frutos que eles mesmos plantaram;
- quando uma família constituída de espíritos afins e harmonizados recebe em seu meio um espírito em desequilíbrio e, mesmo tudo fazendo para integrá-lo ao ambiente de paz e harmonia do restante do núcleo familiar, não conseguem desviá-lo totalmente do vício.
Explicando-nos os motivos para cada situação e nos orientando sobre como proceder em cada caso, o ex-bispo de Hipona, uns dos grandes pensadores cristãos e grande colaborador da Codificação, encerra sua mensagem.
Gostaríamos, neste ponto, de fazer uma reflexão junto com o amável leitor. Sabemos que os preceitos morais de Jesus nos foram explicados pelos espíritos que colaboraram na Codificação, sobre a liderança de nosso amado Mestre, com a finalidade de nos consolar quanto às angústias que atormentavam nosso coração e nos esclarecer quanto às dúvidas que intrigavam nossas mentes, apontando-nos, dessa forma, um rumo seguro a tomar. Ora, como não poderia deixar de ser, os esclarecimentos voltados a consolar nossas angústias tiveram que ser direcionados àquelas que atormentavam a sociedade humana no século XIX, muitas das quais ainda o fazem neste século XXI. Tais angústias eram, como ainda são, fruto de nossa percepção das coisas e, como tal, passíveis de atenuação, à medida que tal percepção se torna mais clara e tem melhor correspondência com a realidade.
É nessa linha de raciocínio que nos propomos a refletir sobre a percepção da sociedade humana quanto ao que seja gratidão ou ingratidão de filhos.
Ingratidão é falta de gratidão. O sentimento de gratidão está associado à percepção, por aquele que é grato, de ter recebido um favor daquele a quem ele é agradecido. Ao falamos de gratidão dos filhos, portanto, é mister que saibamos qual o favor que fazemos a nossos filhos para que venhamos a esperar deles gratidão. Vejamos algumas hipóteses.
Talvez nossos filhos nos devam ser gratos porque os trouxemos à vida. No entanto, trazer filhos à vida, todos os animais trazem. O prazer que todos os animais e o ser humano sentem no ato de acasalamento existe como estímulo à reprodução, com finalidade, segundo a ciência, da perpetuação da espécie. Trazer filhos à vida é, portanto, uma simples lei da natureza. Talvez nos devam ser gratos porque os agasalhamos, abrigamos e educamos. Mas, agasalhar, abrigar e educar filhos, os animais superiores também fazem com os seus. Mais uma vez, o ser humano nada faz de especial.
Que fazemos por nossos filhos, então, que mereça a sua gratidão? Antecedendo um pouco essa questão, perguntemos a nós mesmos o que fazem os outros por nós que nos faça sentir agradecidos. Quando um pintor faz um serviço perfeito em nossa casa, sem uma falha, somos gratos a ele por isso? Quando deitamos na cama, tranqüilos, à noite, sabendo que há um vigia noturno na portaria cuidando para que estranhos não entrem em nosso prédio e abrindo a porta para os moradores que chegam tarde, somos gratos a ele por isso? Quando saímos na rua e pisamos em uma calçada limpa, somos gratos ao lixeiro que a varreu? Ocorre que esses, poderia nos dizer o leitor amigo, são casos em que pagamos pelos serviços, logo não há porque sermos gratos por eles serem bem executados. Tudo bem, vejamos, então, casos onde não ocorre pagamento.
Quando vamos ao Centro Espírita e somos beneficiados pela espiritualidade e pelos trabalhadores anônimos que ali trabalham, somos gratos a eles pelas bênçãos recebidas? Ao longo do dia, sempre que nos sentimos bem e inspirados em nossos pensamentos ou ações ou quando nos sentimos confortados em nossas crises emocionais, lembramos de agradecer a nossos guias espirituais, pela paciência com que eles, há séculos ou milênios, nos guiam e orientam, sempre acreditando em nós, mesmo quando nós mesmos não o fazemos mais? Quando contemplamos a natureza e vemos a beleza de suas formas e a sabedoria expressa em cada um de seus seres, somos gratos a Jesus por nos ter oferecido como lar um jóia tão preciosa? Quando acordamos pela manhã, somos gratos a Deus, pelas suas soberanas, sábias e amorosas leis que nos oferecem mais uma oportunidade de corrigir nossos erros, vencer provas e progredir sem cessar até a perfeição?
Se nunca somos gratos pelos benefícios que recebemos diariamente de Deus, de Jesus, de nossos guias espirituais e dos homens, por que razão haveríamos de esperar a gratidão dos filhos pelo simples fato de termos cumprido nosso dever para com eles?
Desconcertados por não encontrarmos nenhum motivo para que nossos filhos nos sejam gratos, lembramos, finalmente, do amor. Sim, nosso filho nos deve ser grato porque o amamos, dizemos, aliviados por termos encontrado um motivo. Mas, como foi que o amamos? Era nosso amor um amor “eros”, o amor egoísta, todo o tempo levando nosso filho a fazer coisas que fizessem bem ao nosso ego e não ao seu progresso espiritual? Era “filis” o nosso amor, um amor possessivo, sufocando nosso filho na infância e adolescência com nossa permanente presença, nada deixando que ele decidisse por si só e, quando adulto, cobrando dele constantes visitas e telefonemas como se a única razão de seu viver fosse estar sempre junto de nós? Ou nosso amor era “ágape”, o amor altruísta e desprendido, tudo fazendo para ajudá-lo em sua caminhada, incentivando-o, orientando-o com paciência e dedicação no caminho do bem, mas nada esperando em troca?
Enfim, chegamos onde queríamos chegar. A única coisa que podemos dar a nossos filhos que, em tese, mereceria gratidão, é justo aquela que nada espera em troca, o amor incondicional. Amemos nossos filhos com desprendimento, nada esperando deles por isso. Nossos filhos são espíritos, filhos de Deus que estão sob nossos cuidados porque nossos guias espirituais julgaram que poderíamos ajudá-los em sua evolução. Façamos o que se espera de nós dando o melhor que temos nessa missão. Nossa recompensa pelo amor que dedicarmos a eles será a satisfação de vê-los trilhando o caminho do bem, sinalizando para nós que nossa missão para com eles terá sido cumprida. Quem ama de verdade já está recompensado e não espera gratidão da pessoa amada.
Artigo publicado originalmente em O Clarim, edição de setembro de 2006. Matão, O Clarim.
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