Teatro: A greve do lixeiro (Marlene Sapelli)
Tema: o valor das profissões.
Objetivos:
- Reconhecer a importância de cada profissão para melhorar a vida das pessoas.
- Expressar-se utilizando o corpo.
*Personagens/caracterização: (podem ser criados outras personagens, talvez representando a profissão dos pais das crianças)
a) narrador (se não tiver uma criança na educação infantil que já saiba ler, pode ser uma criança de outra série)
b) Joaquim – vendedor de salgados (com um cesta com salgados)
c) Hermínio – catador de lixo (com sacos ou com carrinho de mão com sacos)
d) Karla – jardineira – com cortador de grama e chapéu na cabeça
e) José – médico (com roupa branca e estetoscópio)
f) Maria – professora (com guardapó e livros)
g) Carlos – pedreiro (com capacete e martelo na mão)
h) Marcos – lixeiro (com macacão de lixeiro)
i) Genoveva – vendedora
j) algumas pessoas que irão depositar o lixo em frente a casa perto da qual o lixeiro fará greve
*CenáriosNum primeiro momento nada no cenário para caracterizar a rua pela qual passam o vendedor de salgado,etc...
Num segundo momento nada ainda, pois estarão em círculo como se estivessem em uma festa conversando.
O momento da greve: colocar uma casa (casinha de boneca ou apenas desenho na parede) com alguns vasos. Nessa parte do teatro serão necessários alguns sacos com lixo, um móbile com animais (insetos), ratos no chão e algo estragado que deixe um cheiro ruim no ambiente.
*Enredo
A greve do lixeiro
Narrador– Havia uma cidade na qual quase todos os moradores tinham um emprego. Alguns estavam desempregados e iam se virando. Seu Joaquim, por exemplo, vendia os salgados que ajudava a esposa a fazer.
Joaquim (vendedor de salgados) – (entra com cesta de salgados e vai passando como se estivesse vendendo na rua) – Vendo pastel, sonho e coxinha, feitos pela Dona Leninha. Feitos com carinho pra criança, pro adulto e pra velhinha. (sai)
Narrador – Outros recolhendo lixo para reciclar.
Hermínio (catador de lixo)– (entra com carrinho de mão ou sacos com lixo reciclável e vai passando como se estivesse na rua) – Compro garrafa, papel e alumínio. Se quer vender é só falar com seu Hermínio. (sai)
Narrador – Outros cortando grama e cuidando do jardim, como a dona Karla.
Karla (jardineira) – (entra com máquina de cortar grama e um chapéu na cabeça e vai passando como se estivesse na rua) - Quem quer cortar grama? Estou precisando de grana! Deixe seu jardim cheio de flor pra chamar o beija-flor! (sai)
Narrador – Assim, cada um ia se virando como podia. Alguns até passavam bastante dificuldade. Certo dia, houve uma festa na cidade por causa do dia do trabalhador e nela vários deles se encontraram. Lá estava José, o médico; Maria, a professora; Carlos, o pedreiro; Marcos, o lixeiro; Genoveva, a vendedora; Sebastião, o açougueiro; Marta, a policial (ou escolher nomes e profissões da realidade das crianças).O lixeiro, o Marcos, ao encontrar o médico disse:
Marcos (lixeiro) – Olá, José. Está de folga, hoje?
José (médico) – É, trabalho muito. Deveria até ganhar mais....
Marcos (lixeiro) – Ah! Penso que todos deveriam receber o mesmo salário.
Narrador – O médico considera absurda a afirmação do lixeiro e diz
José (médico) – Isso é um absurdo! Quantos anos você estudou para ser lixeiro?
Marcos (lixeiro)– Eu? Mal sei ler e escrever. Você pode ter estudado mais, mas eu cuido para que as pessoas não fiquem doentes.
José (médico)– Nisso você tem razão, mas eu curo as pessoas. Receito remédios, faço cirurgias. E estudei anos para fazer isso. Tenho muito conhecimento.
Narrador – A professora entra na conversa
Maria (professora; fala para o médico) – É, mas se não fosse o meu trabalho você não teria aprendido a ler para estudar tudo isso. Penso que o professor deveria receber mais que vocês dois. Eu estudei anos, também tenho muito conhecimento e cuido da cabeça das pessoas.
Carlos (pedreiro) – Pensando bem, o meu trabalho é mais importante. Construo casas para as pessoas morar. Além disso, construo hospitais, escolas, lojas. Então, se não fosse o meu trabalho, vocês nem teriam onde trabalhar.
Marcos (lixeiro) – Nisso você tem razão. Mas se eu não recolher o lixo que você deixa quando termina a obra ou o lixo que as pessoas jogam quando vão morar nas casas, muitos animais se criariam, como ratos, baratas, que podem até transmitir doenças. Por isso, ainda considero o meu trabalho mais importante que de todos vocês.
Genoveva (vendedora) – É, mas vocês estão esquecendo que todos precisam comprar comida, roupas, calçados e eu sou vendedora. Sem comprar essas coisas vocês não viveriam. Então, é o meu trabalho que é mais importante.
Marcos (lixeiro) – Então, ta bem. Não vou mais recolher o lixo e vamos ver se vocês podem ficar sem o meu trabalho.
(todos saem, arrumar o cenário 3 e entra o lixeiro que senta em frente a casa e faz greve)Uma por uma, entram sete pessoas, que passam pelo lixeiro e depositam um saco de lixo em frente a casa. Alguém coloca um móbile com insetos, alguém coloca ratos de mentira e algo que deixe um cheiro bem ruim no ambiente.
Narrador – depois de uma semana de greve, os outros trabalhadores, diante da situação preocupante, resolvem falar com o lixeiro.
Entram todos e pedem: Por favor, Marcos, não tem cabimento, você precisa voltar a recolher o lixo.
Marcos – Vocês não disseram que o trabalho de vocês é o mais importante? Então, não precisam de mim.
José (médico) – Está bem. Você venceu. Chegamos à conclusão que todos os trabalhos são importantes e vamos discutir para melhorar os salários de quem ganha menos.
Marcos – Então está bem. Agora, me ajudem com todo esse lixo.
Todos ajudam a limpar a sujeira. Saem. Depois voltam ao palco e cantam juntos.
Paródia na melodia do Ciranda, cirandinha:
Trabalho, trabalhador,
vamos todos trabalhar
Vamos valorizar todos
Todos vamos valorizar
O trabalho que tu fizeste
É importante como todos
Eu preciso de você
E você de mim precisa
Por isso trabalhador
Faz favor de entrar na roda
Pra podermos agradecê-lo
E os parbéns cantar.
(cantar parabéns a todos os trabalhadores presentes que devem subir ao palco)
Nenhum comentário:
Postar um comentário