quinta-feira, 8 de setembro de 2011

COMO FOI A DOUTRINA DIFUNDIDA PELO MUNDO

INDICE

OBJETIVO DA AULA

BIBLIOGRAFIA PRINCIPAL

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR. 2

ENTENDENDO O ESPIRITISMO.. 3

ABC DO ESPIRITISMO – (VITOR R CARNEIRO) 4

CAPÍTULO 5 - ALLAN KARDEC E SUA OBRA.. 4

CAPÍTULO 6 - FLAMMARION, DENIS E DELANNE, FIÉIS CONTINUADORES DA OBRA DE KARDEC.. 6

GABRIEL DELANE. 9

PROPAGAÇÃO DO ESPIRITISMO.. 13

REVISTA ESPÍRITA, SETEMBRO DE 1858.. 13

OUTROS COLABORADORES. 20

CRONOLOGIA. 21

PLANO DE IDÉIAS Nº 01. 23

PROPAGADORES DO ESPIRITISMO.. 23

A CONTRIBUIÇÃO BRASILEIRA. 25

PLANO DE IDEIAS Nº 02. 28

OBJETIVO DA AULA

Abordar os colaboradores desencarnados

Demonstrar o trabalho de Kardec em não deixar a Doutrina estacionar

Mostrar tambem a importancia do Espiritismo no Brasil e sua finalidade, falando dos colaboradores no País, especialmente Bezerra de Menezes

Sua perseverança e esforço para difundir a Doutrina e trazer ao conhecimento alguns dos grandes colaboradores

BIBLIOGRAFIA PRINCIPAL

Entendendo o Espiritismo – (Diversos)

3

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

Enquanto é Tempo

7

Na Semeadura II

85 - 88

Religiões e Filosofias

12 - 13

Respondendo e Esclarecendo

20 – 154 – 197 - 198


ENTENDENDO O ESPIRITISMO

ABC DO ESPIRITISMO – (VITOR R CARNEIRO)

CAPÍTULO 5 - ALLAN KARDEC E SUA OBRA

Hippolyte Léon Denizard Rivail – Allan Kardec – nasceu na cidade de Lyon, na França, a 3 de outubro de 1804.

Iniciou os estudos na sua terra natal. Aos doze anos de idade foi para Yverdun, na Suíça, onde, sob a direção do célebre professor Pestalozzi, aprimorou seus conhecimentos, chegando mesmo a substituir, muitas vezes, o grande mestre, quando este se afastava do instituto, para atender a outros compromissos, fora.

Kardec fez, também, um curso de línguas. Conhecia o alemão, o inglês, o italiano, o espanhol, o holandês e possuía ainda sólida cultura científica.

Publicou vários trabalhos importantes, na época, tais como: “Curso Prático de Aritmética”, “Gramática Francesa Clássica”, “Manual de Exames para os títulos de capacidade”, “Programa dos cursos usuais de Química, Física, Astronomia e Fisiologia”, “Catecismo Gramatical da língua francesa para os iniciantes do idioma” e outros trabalhos didáticos.

Além dessas obras, citaremos as da Codificação espírita, que são as seguintes:

Ø Em 18 de abril de 1857 – O Livro dos Espíritos.

Ø Em janeiro de 1861 – O Livro dos Médiuns.

Ø Em abril de 1864 – O Evangelho Segundo o Espiritismo.

Ø Em agosto de 1865 – O Céu e o Inferno.

Ø Em janeiro de 1868 – A Gênese.

Estas cinco obras constituem o chamado Pentateuco espírita.

Kardec escreveu, ainda, “O que é o Espiritismo”, “O Principiante Espírita” e “Obras Póstumas”, que foram publicadas após sua morte. Fundou também a “Revue Spirite”, em janeiro de 1858, que editou até o ano de 1869.

Os Espíritos revelaram que Allan Kardec vivera, em uma de suas encarnações, na Gália, e seu nome era o pseudônimo por ele usado agora, e que em outra encarnação, fora João Huss, condenado a 6 de fevereiro de 1415 e executado nas fogueiras da inquisição, porque pregava contra a injustiça daqueles que detinham o poder nas mãos.

Em 1854, Kardec ouvira falar das chamadas mesas girantes. Seu amigo Fortier, que estudava magnetismo, disse-lhe que acabava de descobrir uma nova propriedade magnética: as mesas, além de girarem, também respondiam perguntas a elas formuladas.

Kardec revida esta afirmativa, dizendo: “Só acreditarei se me provarem que as mesas têm um cérebro para pensar e nervos para sentir. Enquanto isso permita-me considerar esse fato como uma história fabulosa”.

Carlotti, outro amigo seu, faz-lhe referência sobre a comunicação dos Espíritos; o Mestre torna-se, agora, interessado no assunto. Vai a casa da Sra. Planemaison e, através de sua mediunidade de efeitos físicos, verifica que, realmente, as mesas falam.

Rende-se ele à evidência dos fatos. Mas não parou aí. Viu nesse passatempo alguma coisa de importante. Precisava investigar e descobrir as causas que davam origem a esses interessantes fenômenos.

Através da faculdade das meninas Baudin, viu a escrita por intermédio da cesta. Por esse processo eram dadas respostas, com exatidão, às perguntas formuladas aos Espíritos.

Não havia dúvida: estava mesmo diante de um fato novo, que merecia carinhoso estudo. Passou, então, a fazer observações através do método experimental, pois havia percebido que os fenômenos eram produzidos pelos Espíritos dos que já viveram na Terra.

E, assim, pelas informações prestadas por essas entidades comunicantes, Allan Kardec escreveu “O Livro dos Espíritos”, obra básica da doutrina Espírita.

Acresce esclarecer, ainda, que essa monumental obra não foi concebida por um filósofo ou ditada por um Espírito: ela é o resultado das revelações de muitos Espíritos, todas concordantes, vindas por diferentes médiuns, em lugares diversos.

Essas comunicações passavam pelo crivo da razão do Codificador, que as analisava, comparava, discutia e só as aceitava depois de verificar que se achavam isentas de quaisquer dúvidas.

Allan Kardec recebeu a notícia de que estava encarregado da Codificação, pela médium Srtª. Japhet, tendo seu guia lhe dito: “Não haverá diversas religiões nem há mister senão de uma, que é a verdadeira, grande e digna do Criador... Seus primeiros fundamentos já foram lançados...”

“Haverá muitas ruínas e desolações; são chegados os tempos para a renovação da humanidade.”

Como se vê, Kardec fora, realmente, escolhido pelo Cristo para o cumprimento da sublime missão de codificar o Espiritismo.

E a escolha não poderia deixar de ser esta, uma vez que o Mestre possuía todas as qualidades indispensáveis ao cumprimento dessa grande e árdua tarefa.

Além de filósofo, benfeitor e idealista, era dotado de um coração boníssimo, o que lhe dava condição para o cumprimento do lema da Doutrina nascente: Fora da caridade não há salvação.

Por motivo de um aneurisma e esgotado pelo exaustivo trabalho realizado em tão pouco tempo, o grande missionário de Lyon veio a desencarnar no dia 31 de março de 1869.

À beira da sua sepultura, Flammarion, seu fiel seguidor, pronunciou estas palavras:

“Ele, porém era o que eu denominarei simplesmente o bom senso encarnado”.

Concluindo este capítulo, em o qual apreciamos rapidamente a obra incomparável de Kardec, lembremos de que ele não morrera, passara para a espiritualidade após cumprir a gloriosa missão que lhe fora confiada, legando à posteridade a imortal obra da Codificação, segundo os planos traçados por Jesus, diretor de nosso Orbe.

CAPÍTULO 6 - FLAMMARION, DENIS E DELANNE, FIÉIS CONTINUADORES DA OBRA DE KARDEC

Na segunda edição da presente obra, deliberamos acrescentar, nesta sua Primeira Parte, mais um Capítulo, o 6, e, para integrá-lo, escolhemos três personagens que, pelos trabalhos por eles realizados em prol da então Doutrina nascente, trabalhos esses que abrangem o campo filosófico-científico-religioso, do Espiritismo, merecem destaque especial, não só pela vasta produção literária, desses três abnegados missionários do Cristo, mas, principalmente, por terem sido eles fiéis continuadores da obra de Allan Kardec.

Camille Flammarion – o explorador e revelador dos céus – foi quem popularizou a Astronomia, tendo recebido, na época, o Prêmio Motion, da Academia Francesa. Suas obras foram traduzidas em quase todas as línguas, existindo, também, na França, centenas de Grupos Espíritas, que levam seu nome.

No Brasil, onde sua figura, como espírita e astrônomo, é bastante conhecida, existe um Observatório localizado na cidade de Matias Barbosa (MG), que tem seu nome.

Flammarion foi, sem dúvida alguma, um desses espíritos que, de quando em vez, reencarnam em nosso orbe, a fim de auxiliar seus irmãos em experiência a darem mais um passo rumo ao infinito. Mas, no seu caso, temos mais alguma coisa a acrescentar: ele fazia parte, também, do mesmo grupo de Espíritos que integrava Kardec e, por isso, sua vinda à Terra se deu na mesma época em que viera o mestre lionês, a fim de tomar parte, aqui, da equipe da Terceira Revelação liderada por ele, desempenhando tarefa definida no campo da astronomia. Eis por que, no seu trabalho, notadamente no que versa sobre a Uranografia Geral, procurou demonstrar que Deus não criara mundos somente para adornar o espaço infinito ou para deleitar nossas vistas, mas também para servir de habitat a outras criaturas que passam por eles, na trajetória infinita de sua evolução.

Desde muito cedo Flammarion já se interessava pelo estudo dos astros. Quando ainda jovem, pois contava apenas vinte anos de idade, publicou seu primeiro livro intitulado “A pluralidade dos mundos habitados”, que chamou a atenção dos sábios e cientistas da época. Mas não parou aí. Escreveu muitos outros trabalhos, quase todos abordando assuntos ligados à sobrevivência da alma após sua desencarnação, trabalhos esses que atestam ter sido ele, realmente, um dos fiéis continuadores da monumental obra de Kardec.

Para o conhecimento dos leitores, citamos, ainda, “Deus na Natureza”, que é um estudo profundo de todos os fenômenos naturais; “O Desconhecido e os Problemas Psíquicos”, “Urânia”, “As Casas Mal Assombradas”, “A Morte e seus Mistérios”, dividida em três volumes, que foi terminada quando o autor completava oitenta anos de idade, além de “Sonhos Estelares” e outros trabalhos referentes à Astronomia, que foram, também, traduzidos para línguas estrangeiras.

À beira do túmulo de Kardec, quando o mestre baixava à sepultura, Flammarion proferiu o célebre discurso, que se acha inserido no livro “Obras Póstumas”, exaltando a figura incomparável daquele que legara à posteridade a consoladora Doutrina ditada pelos Espíritos, pronunciando, na oportunidade, a conhecida frase: “Ele, porém, era o que eu denominarei simplesmente o bom senso encarnado”.

Camille Flammarion nasceu no dia 21 de fevereiro de 1842, em Montigny, França, e desencarnou em junho de 1925, com a idade de 83 anos.

Léon Denis – o apóstolo do Espiritismo – contava apenas onze anos de idade quando Kardec publicou a primeira edição de “O Livro dos Espíritos”. Ele fazia parte, também, da equipe da Terceira Revelação, e viera à Terra para complementar e divulgar os ensinos já enfeixados na Codificação Kardequiana.

Suas obras, quase todas de cunho filosófico-religioso, sintetizam, de maneira extraordinária, seus conhecimentos, embora tenha sido um autodidata, de origem modesta, sem nenhum curso regular.

Quando ainda muito moço, revelou-se inclinado para a Filosofia e as letras, tendo estudado todas as obras de Allan Kardec, nas quais encontrou subsídios para o aprimoramento de seu Espírito. Preparando-se, dessa forma, para o fiel cumprimento da meritória missão que trouxera como seu continuador, de quem se tornou fiel discípulo.

Vale a pena transcrever, aqui, o belo trecho de sua obra “O Problema do Ser, do Destino e da Dor”, através do qual diz ele:

“Dia virá, em que todos os pequenos sistemas acanhados e envelhecidos, se fundirão numa síntese abrangendo todos os reinos da idéia. Ciências, filosofias, religiões, divididas hoje, reunir-se-ão na luz, e será então a vida, o esplendor do Espírito, o reinado do Conhecimento.

Neste acordo magnífico, as ciências fornecerão a precisão e o método na ordem dos fatos; as filosofias, o rigor de suas deduções lógicas; a poesia, a irradiação de suas luzes e a magia de suas cores; a religião juntar-lhe-á as qualidades do sentimento e a noção da estética elevada. Assim, realizar-se-á a beleza na força e na unidade do pensamento. A alma orientar-se-á para os mais altos cimos, mantendo ao mesmo tempo o equilíbrio de relação necessário para regular a marcha paralela e ritmada da inteligência e da consciência na sua ascensão para a conquista do Bem e da Verdade”.

Léon Denis, durante sua preciosa existência terrestre, proferiu inúmeros discursos doutrinários, de rara beleza, em Congressos Internacionais.

Em 1889, tomou parte no II Congresso Espírita Internacional, tendo participado, também, do Congresso Espírita de Bruxelas – Bélgica – onde representou o movimento espírita da França e do Brasil. Em 1925, foi aclamado Presidente do Congresso Espírita Internacional, realizado em Paris, do qual saiu a Federação Espírita Internacional, transferida para Inglaterra, em 1948.

Léon Denis deixou, ainda, numerosos trabalhos esparsos, tais como conferências, artigos, declarações, etc., muitos dos quais não foram publicados além de seus nove livros, que alinhamos a seguir: “No Invisível”, “Depois da Morte”, “O Porquê da Vida”, “O Grande Enigma”, “Cristianismo e Espiritismo”, “Joana D’Arc, Médium”, “O Mundo Invisível e a Guerra”, “O Gênio Celta e o Mundo Invisível” e “O Problema do Ser, do Destino e da Dor”. Obras essas que se vinculam à Codificação de Kardec, porquanto estava ele profundamente identificado com o mestre lionês.

Assim, através dessa preciosa literatura espírita que nos legara, o Espiritismo foi amplamente divulgado, não só nos países da Europa, mas principalmente entre os povos latino-americanos.

Antes, porém, de encerrarmos estas ligeiras notas sobre o apreciado escritor espírita francês, convém esclarecer, ainda, que Léon Denis teve estreita ligação com a Federação Espírita Brasileira. Tendo sido, a partir de 1901, aprovada, por unanimidade, sua indicação para sócio Distinto e Presidente Honorário da FEB, passando a responder, também, pela representação permanente da Casa de Ismael na França e em outros países do continente europeu.

Léon Denis nasceu em Foug, França, no dia 1.º de janeiro de 1846 e desencarnou no dia 12 de abril de 1927, em Tours, com 81 anos de idade.

GABRIEL DELANE

O gigante do Espiritismo científico – nasceu exatamente no ano em que Allan Kardec publicava a primeira edição de “O Livro dos Espíritos”. Seu pai, Alexandre Delane, era espírita e amicíssimo de Kardec, motivo por que foi ele grandemente influenciado pela idéia nascente. Sua mãe trabalhou como médium, cooperando, assim, com o mestre de Lyon na codificação do Espiritismo.

Delane foi um dos maiores propagadores da sobrevivência e comunicabilidade dos Espíritos, tendo escrito várias obras de cunho científico, tais como “O Espiritismo Perante a Ciência”, “O fenômeno Espírita”, “A Evolução Anímica”, “Pesquisas sobre a mediunidade”, “As Aparições Materializadas de Vivos e Mortos”, além de outros trabalhos esparsos.

Um dos temas que mais preocuparam o engenheiro Delane, foi o perispírito, por ser a base de todos os fenômenos mediúnicos e anímicos. Procurou, ele, fazer a diferença entre o animismo e o mediunismo, através de acurados estudos e pesquisas sobre tão importante assunto, sempre com muita prudência, qualidade que lhe era peculiar, merecendo, por isso, a alcunha de gigante do Espiritismo científico.

Comentar, neste Capítulo, cada um de seus livros, não é nosso objetivo, mesmo porque, se quiséssemos abordar, embora em síntese, tudo quanto Delane enfeixou na sua obra, não seria possível num pequeno trabalho como este, cujo título bem demonstra tratarse de um ABC da Doutrina Espírita.

Portanto, quem quiser se aprofundar mais nos estudos do Espiritismo, sob o aspecto científico, aí estão seus livros, conforme citação já feita, todos traduzidos para a língua portuguesa.

Todavia, não podemos deixar de transcrever, para este Capítulo, a interessante entrevista concedida por ele, nos planos espirituais, ao Espírito André Luiz, inserida na obra “Entre Irmãos de Outras Terras” psicografada por Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira (2.ª Edição da FEB, 1967), em data de 20 de agosto de 1965, através da qual respondeu a várias questões, que bem demonstram ter sido ele, realmente, um dos mais destacados continuadores de Allan Kardec.

Eis as seis perguntas mais expressivas:

1) Admite que os princípios espíritas estão caminhando lentamente no mundo?

R Não penso assim... As atividades espíritas contam pouco mais de um século e um século é período demasiado curto em assuntos do espírito.

2) Muitos amigos na Terra são de parecer que os Mensageiros da Espiritualidade Superior deveriam patrocinar mais amplas manifestações de mediunidade de efeitos físicos para benefício dos homens, como sejam materializações e vozes diretas. Que pensa a respeito?

R Creio que a mediunidade de efeitos físicos serve à convicção, mas não adianta ao serviço indispensável na renovação espiritual. Os Espíritos Superiores agem acertadamente em lhe podando os surtos e as motivações, para que os homens, nossos irmãos, despertem à luz da Doutrina Espírita, entregando a consciência ao esforço de aprimoramento moral.

3) Conquanto tenha essa opinião, julga que o Espiritismo precisa atender ao incremento e melhoria da mediunidade?

R Não teríamos o Evangelho sem Jesus Cristo e não teríamos Jesus Cristo sem o socorro aos sofredores pelos processos mediúnicos que lhe caracterizaram a presença na Terra.

4) Para que região devemos nós, a seu ver, conduzir a pesquisa científica na Terra, de vez que a conquista da paisagem material de outros planetas não adiantará muito ao progresso moral das criaturas?

R Devemos estimular os estudos em torno da matéria e da reencarnação, analisar o reino maravilhoso da mente e situar no exercício da mediunidade as obras da fraternidade, da orientação, do consolo e do alívio às múltiplas enfermidades das criaturas terrestres...

5) Onde os percalços maiores para a expansão da Doutrina Espírita?

R Em nossa opinião, os maiores embaraços para o Espiritismo procedem da atuação daqueles que reencarnam, prometendo servi-lo seja através da mediunidade direta ou da mediunidade indireta, no campo da inspiração e da inteligência, e se transviam nas seduções da esfera física, convertendo-se em médiuns autênticos das regiões inferiores, de vez que não negam as verdades do Espiritismo, mas estão prontos a ridicularizá-las, através de escritos sarcásticos ou da arte histriônica, junto dos quais encontramos as demonstrações fenomênicas improdutivas, as histórias fantásticas, o anedotário deprimente e os filmes de terror.

6) Como vê semelhantes deformações?

R Os milhões de Espíritos inferiores que cercam a Humanidade possuem seus médiuns. Impossível negar isso.

Em síntese, aí está, caro leitor, o que foi o eminente cientista francês, nascido aos 23 de março de 1857 e desencarnado a 15 de fevereiro de 1926, com a idade de 69 anos, após haver cumprido sua missão na Terra.

Também como integrante da equipe de colaboradores do mestre Kardec, que veio para ampliar os conhecimentos humanos concernentes ao aspecto científico do Espiritismo e, agora, continuando seu trabalho nos planos mais altos, em prol desta humanidade sofredora.

Ao finalizar, pois, este Capítulo, afirmamos, mais uma vez, que estes três missionários, que mais se dedicaram na produção de obras consideradas subsidiárias às de Allan Kardec, ocupam, certamente, lugar relevante no mais alto conceito dos valores culturais da nossa amada Doutrina Espírita


PROPAGAÇÃO DO ESPIRITISMO

REVISTA ESPÍRITA, SETEMBRO DE 1858

Passa-se, na propagação do Espiritismo, um fenômeno digno de nota.

Há apenas alguns anos que, ressuscitado das crenças antigas, fez sua aparição entre nós, não mais como outrora, à sombra dos mistérios, mas claramente e à vista de todo mundo.

Para alguns, foi objeto de uma curiosidade passageira, um divertimento que se deixa como um brinquedo para tomar um outro; em muitos não encontrou senão a indiferença; na maioria a incredulidade, malgrado a opinião dos filósofos dos quais se invoca, a cada instante, o nome como autoridade. Isso nada atem de surpreendente: o próprio Jesus convenceu todo o povo judeu com seus milagres? Sua bondade e a sublimidade de sua doutrina fizeram-lhe encontrar graça diante de seus juizes?

Não foi ele tratado como patife e como impostor? E se não lhe aplicaram o epíteto de charlatão, foi porque não se conhecia, então, esse termo da nossa civilização moderna. Todavia, os homens sérios viram, nos fenômenos que ocorrem em nossos dias, outra coisa além de um objeto de frivolidade; eles estudaram, aprofundaram com o olho do observador consciencioso, e neles encontraram a chave de uma multidão de mistérios até então incompreendidos; isso foi, para eles, um raio de luz, e eis que desses fatos saiu toda uma doutrina, toda uma filosofia, podemos dizer, toda uma ciência, divergente segundo o ponto de vista ou a opinião pessoal do observador, mas tendendo, pouco a pouco, para a unidade de princípios.

Apesar da oposição interessada de alguns, sistemática entre aqueles que crêem que a luz não pode sair senão de seu cérebro, essa doutrina encontra numerosos adeptos, porque ela esclarece o homem sobre seus verdadeiros interesses presentes e futuros, porque responde às suas aspirações quanto ao futuro, tornado, de alguma sorte, palpável; enfim, porque satisfaz, ao mesmo tempo, sua razão e suas esperanças, e dissipa as dúvidas que degeneram em incredulidade absoluta.

Ora, com o Espiritismo, todas as filosofias materialistas ou panteístas caem por si mesmas; não é mais possível a dúvida quanto à Divindade, à existência da alma, sua individualidade, sua imortalidade; seu futuro nos aparece como a luz do dia, e sabemos que esse futuro, que deixa sempre uma porta aberta à esperança, depende de nossa vontade e dos esforços que fazemos para o bem.

Enquanto não se viu, no Espiritismo, senão fenômenos materiais, nele não se interessou senão como um espetáculo, porque se dirigia aos olhos; mas do momento em que se elevou à categoria de ciência moral, foi tomado a sério, porque fala ao coração e à inteligência, e nele cada um encontra a solução daquilo que procurava vagamente em si mesmo; uma confiança baseada sobre a evidência substituiu a incerteza dolorosa; do ponto de vista tão elevado em que nos coloca, as coisas daqui parecem tão pequenas e tão mesquinhas que as vicissitudes deste mundo nada mais são do que incidentes passageiros, que se suporta com paciência e resignação; a vida corpórea não é senão uma curta parada na vida da alma; para nos servir da expressão do nosso sábio e espiritual confrade, senhor Jobard, não é mais que uma má hospedagem onde não se tem necessidade de desfazer a mala. Com a Doutrina Espírita, tudo está definido, tudo está claro, tudo fala à razão; em uma palavra, tudo se explica, e aqueles que se aprofundaram em sua essência nela hauriram uma satisfação interior à qual. não querem mais renunciar. Eis porque ela encontrou, em tão pouco tempo, tão numerosas simpatias, e essas simpatias as recruta não no círculo restrito de uma localidade, mas no mundo inteiro. Se os fatos não estivessem aí para prová-lo, julgaríamos por nossa Revista, que não tem senão alguns meses de existência, e da qual os assinantes, embora não se contem ainda por milhares, estão disseminados sobre todos os pontos do globo.

Além daqueles de Paris e suas províncias, temo-los na Inglaterra, na Escócia, na Holanda, na Bélgica, na Prússia, em São Petersburgo, Moscou, Nápoles, Florença, Milão, Gênova, Turim, Genève, Madri, Shangai, na China, Batávia, Cayenne, México, no Canadá, nos Estados Unidos, etc. Não o dizemos por fanfarrice, mas como um fato característico.

Para que um jornal novo, tão especial, seja desde hoje pedido em países tão diversos e tão distantes, é preciso que o objeto que trata encontre seus partidários, de outro modo não o fariam, por simples curiosidade, vir de várias milhares de léguas, ainda que fosse do melhor escritor. É, pois, por seu objeto que interessa e não por seu obscuro redator; aos olhos de seus leitores, seu objeto, portanto, é sério.

Torna-se assim evidente que o Espiritismo tem raízes em todas as partes do mundo, e, sob esse ponto de vista, vinte assinantes, repartidos em vinte países diferentes, provariam mais do que cem, concentrados em uma única localidade, porque não se poderia supô-lo senão como a obra de um grupo.

A maneira pela qual se propagou o Espiritismo até agora, não merece uma atenção menos séria. Se a imprensa tivesse feito soar sua voz em seu favor, se o tivesse enaltecido, em uma palavra, se o mundo o tivesse repetido fastidiosamente, poder-se-ia dizer que se propagou como todas as coisas que encontram consumo em razão de uma reputação factícia, da qual se quer experimentar, não fora senão por curiosidade. Mas nada disso ocorreu: a imprensa, em geral, não lhe deu voluntariamente nenhum apoio; ela o desdenhou, ou se, em raros intervalos, dele falou, foi para torná-lo em ridículo e enviar seus adeptos aos manicômios, coisa pouco encorajadora para aqueles que tivessem tido a veleidade de se iniciar.

Apenas o próprio senhor Home obteve as honras de algumas menções semi-sérias, ao passo que os acontecimentos mais vulgares nela encontram um grande espaço. Aliás, é fácil de ver, na linguagem dos adversários, que estes falam dele como os cegos das cores, sem conhecimento de causa, sem exame sério e aprofundado, e unicamente sobre uma primeira impressão; também seus argumentos se limitam a uma negação pura e simples, porque não honramos com o nome de argumentos as piadas engraçadas; os gracejos, por espirituais que sejam, não são razões.

Todavia, não é preciso acusar de indiferença, ou de má vontade, todo o pessoal da imprensa. Individualmente, o Espiritismo nela conta com partidários sinceros, e os conhecemos, mais de um, entre os mais distintos homens de letras. Porque, pois, guardam o silêncio? Porque ao lado da questão de crença, há a da personalidade todo-poderosa neste século. A crença, entre eles, como entre muitos outros, é concentrada e não expansiva; por outro lado, são obrigados a seguirem os trâmites de seu jornal, e tal jornalista teme perder assinantes, arvorando francamente uma bandeira cuja cor poderia desagradar a alguns dentre eles.

Esse estado de coisas durará? Não; ocorrerá com o Espiritismo como com o Magnetismo, do qual outrora não se falava senão em voz baixa, e que não mais se teme confessar hoje.

Nenhuma idéia nova, por bela e justa que seja, não se implanta instantaneamente no espírito das massas, e aquela que não encontrasse oposição seria um fenômeno inteiramente insólito. Por que o Espiritismo faria exceção à regra comum? É preciso às idéias, como aos frutos, o tempo para amadurecer; mas a leviandade humana faz com que sejam julgadas antes de sua maturidade, ou sem se dar ao trabalho de sondar-lhes as qualidades íntimas. Isso nos lembra a espiritual fábula a jovem macaca, o macaco e a noz.

Essa jovem macaca, como se sabe, colhia uma noz em sua casca verde; levou-a ao dente, fez careta e a rejeitou, espantando-se em não achar boa uma coisa tão amarga; mas um velho macaco, menos superficial e sem dúvida profundo pensador em sua espécie, apanhou a noz, a parte, a descasca, a come e acha deliciosa; o que acompanha com uma bela moral endereçada a todas as pessoas que julgam as coisas novas pelas aparências.

O Espiritismo, pois, deveu caminhar sem o apoio de nenhum recurso estranho, e eis que, em cinco ou seis anos, ele se vulgarizou com uma rapidez prodigiosa. Onde hauriu essa força, senão em si mesmo? É preciso, pois, que haja, em seu princípio, alguma coisa bem poderosa para estar assim propagado sem os meios super excitantes da publicidade.

É que, como dissemos acima, quem quer que se dê ao trabalho de se aprofundar nele, encontra o que procurava, o que sua razão lhe faz entrever, uma verdade consoladora, e, afinal de contas, nele haure a esperança e uma verdadeira alegria. Também as convicções adquiridas são sérias e duráveis; não são opiniões levianas, que um sopro faz nascer e que um outro sopro desfaz.

Alguém nos disse recentemente:

"Encontro no Espiritismo uma tão suave esperança, dele retiro tão doces e tão grandes consolações, que todo pensamento contrário me tornaria bem infeliz, e sinto que meu melhor amigo se me tornaria odioso se tentasse me arrancar dessa crença."

Quando uma idéia não tem raízes, pode lançar uma luz passageira, como essas flores que fazem produzir à força; mas logo, por falta de sustento, elas morrem e delas não se fala mais. Aquelas, ao contrário, que têm uma base séria, crescem e persistem; acabam por se identificarem de tal modo como os hábitos que se admira mais tarde não se ter podido passar sem elas.

Se o Espiritismo não foi secundado pela imprensa da Europa, não ocorreu o mesmo, dir-se-á, com a da América. Isso é verdade até um certo ponto.

Há na América, como aliás em toda parte, a imprensa geral e a imprensa especial. A primeira, sem dúvida, dele se ocupou mais do que entre nós, embora menos do que se pensa; ela tem, aliás, também seus órgãos hostis.

A imprensa especial conta, só nos Estados Unidos, com dezoito jornais espíritas, os quais dez hebdomadários e vários de grandes formatos.

Vê-se que estamos ainda bem atrasados a esse respeito; mas lá, como aqui, os jornais especiais se dirigem às pessoas especiais; é evidente que uma gazeta médica, por exemplo, não será procurada de preferência, nem pelos arquitetos, nem pelos homens de lei; do mesmo modo, um jornal espírita não é lido, com algumas exceções, senão pelos partidários do Espiritismo. O grande número de jornais americanos que tratam dessa matéria prova uma coisa: que há bastantes leitores para mantê-los. Fizeram muito, sem dúvida, mas sua influência, em geral, é puramente local; a maioria é desconhecida do público europeu, e os nossos não lhes fizeram senão bem raras transcrições.

Dizendo que o Espiritismo se propagou sem o apoio da imprensa, entendemos falar da imprensa em geral, que se dirige a todo o mundo, daquela cuja voz fere milhões de ouvidos cada dia, que penetra nos refúgios mais obscuros; daquela com a qual o anacoreta, no fundo do seu deserto pode estar ao corrente do que se passa, tanto quanto o citadino; enfim, daquela que semeia as idéias a mãos cheias.

Qual o jornal espírita que pode se gabar de assim fazer ressoar os ecos do mundo? Ele fala às pessoas convencidas; não chama a atenção dos indiferentes. Estamos, pois, com a verdade dizendo que o Espiritismo esteve entregue às suas próprias forças; se por ele mesmo se fez assim tão grande, quê será quando puder dispor da poderosa alavanca da publicidade! À espera desse momento, planta por toda parte estacas; por toda a parte seus ramos encontrarão ponto de apoio; por toda parte, enfim, encontrará vozes cuja autoridade imporá silêncio aos seus detratores.

A qualidade dos adeptos do Espiritismo merece uma atenção especial. São recrutados nas camadas inferiores da sociedade, entre as pessoas iletradas?

Não; aqueles dele se ocupam pouco ou nada; foi pouco se dele ouviram falar. As próprias mesas girantes neles encontraram poucos praticantes. Até o presente, seus prosélitos estão nas primeiras classes da sociedade, entre as pessoas esclarecidas, os homens de saber e de raciocínio; e, coisa notável, os médicos, que durante tão longo tempo fizeram uma guerra encarniçada ao Magnetismo, se juntam sem dificuldade a essa doutrina; contamos um grande número deles, tanto na França quanto no estrangeiro, entre os nossos assinantes, em cujo número se encontra também uma maioria de homens superiores em todos os sentidos, notabilidades científicas e literárias, altos dignatários, funcionários públicos, oficiais generais, negociantes, eclesiásticos, magistrados, etc., todas pessoas sérias para dar o título de passatempo a um jornal que, como o nosso, não se considera capaz de recrear, e ainda menos se crêem nele encontrar fantasias.

A Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas não é uma prova menos evidente dessa verdade, pela escolha das pessoas que reúne; suas sessões são seguidas com um firme interesse, uma atenção religiosa, podemos mesmo dizer com avidez, e todavia não se ocupa senão de estudos graves, sérios, freqüentemente muito abstratos, e não de experiências próprias para excitarem a curiosidade. Falamos do que se passa sob os nossos olhos, mas podemos dizê-lo igualmente de todos os centros onde se ocupa do Espiritismo sob o mesmo ponto de vista, porque quase por toda parte (como os Espíritos o haviam anunciado) o período de curiosidade chega ao seu declínio.

Esses fenômenos nos fazem penetrar numa ordem de coisas tão grandes, tão sublimes que, ao lado dessas graves, questões um móvel que gira ou que bate é um brinquedo de criança: é o abe da ciência.

Aliás, sabe-se o que se examinar agora sobre a qualidade dos Espíritos batedores, e, em geral, daqueles que produzem efeitos materiais.

Eles foram justamente chamados os saltimbancos do mundo espírita; por isso interessa-se menos por eles do que por aqueles que podem nos esclarecer.

Podem-se assinalar, à propagação do Espiritismo, quatro fases ou períodos distintos:

1. A da curiosidade, na qual os Espíritos batedores desempenharam o papel principal para chamar a atenção e preparar os caminhos.

2. A da observação, na qual entramos, e que pode-se chamar o período filosófico.

O Espiritismo é aprofundado e se depura, tende à unidade da doutrina e se constitui em ciência.

Virão em seguida:

3. O período da admissão, no qual o Espiritismo tomará uma categoria oficial entre as crenças universalmente reconhecidas.

4. O período de influência sobre a ordem social.

Será então que a Humanidade, sob a influência dessas idéias, entrará em um novo caminho moral. Essa influência, desde hoje, é individual; mais tarde, agirá sobre as massas para o bem geral.

Assim, de um lado, eis uma crença que se propaga no mundo inteiro por si mesma, pouco a pouco, e sem nenhum dos meios usuais de propaganda forçada; de outro, essa mesma crença que se enraíza, não na base da sociedade, mas na sua parte mais esclarecida.

Não há, nesse duplo fato, alguma coisa bem característica e que deve levar à reflexão todos aqueles que ainda tratam o Espiritismo de sonho fútil.

Ao contrário de muitas outras idéias que partem da base, grosseiras ou desnaturadas, e não penetram senão depois de longo tempo nas camadas superiores onde se depuram, o Espiritismo parte do alto, e não chegará às massas senão liberto das idéias falsas, inseparáveis das coisas novas.

Todavia, é preciso convir que não há ainda, em muitos adeptos, senão uma crença latente; o medo do ridículo em alguns, em outros o medo de melindrar certas suscetibilidades, em seu prejuízo, os impedem de ostentarem francamente suas opiniões; isso é pueril, sem dúvida, e todavia o compreendemos; não se pode pedir, a certos homens, o que a Natureza não lhes deu: a coragem de afrontar o Que dirão disso; mas quando o Espiritismo estiver em todas as bocas, e esse tempo não está longe, essa coragem virá aos mais tímidos.

Uma mudança notável já se operou, desde há algum tempo, sob esse assunto; fala-se dele mais abertamente: arrisca-se, e isso faz abrir os olhos aos próprios antagonistas, que se perguntem se é prudente, no interesse de sua própria reputação, combater uma crença que, bom grado, mal grado, se infiltra por toda parte e encontra seus apoios no topo da sociedade.

Também o epíteto de louco, tão largamente prodigalizado aos adeptos, começa a se tornar ridículo; é um lugar comum que se usa e volta ao trivial, porque cedo os loucos serão mais numerosos do que as pessoas sensatas, e já mais de um crítico estão alinhados ao seu lado; de resto, é o cumprimento do que os Espíritos anunciaram dizendo que:

Os maiores adversários do Espiritismo dele se tornarão os mais dedicados partidários e os mais ardentes


OUTROS COLABORADORES

Afonso de Liguori

Alexandre Aksakof

Alfred Russel Wallace

Arthur Conan Doyle

Bezerra de Menezes

Antonio Gonçalves da Silva - "Batuíra"

Bezerra de Menezes

Caibar Schutel

Camille Flammarion

Cesar Lombroso

Charles Richet

Cornélio Pires

Emmanuel

Ernesto Bozzano

Eugène A. Albert De Rochas

Franz Anton Mesmer

Gabriel Delanne

Gustave Geley

Joanna de Ângelis

Joseph Oliver Lodge

Léon Denis

Luiz Olimpio Guillon Ribeiro

Luiz Olimpio Teles de Menezes

Manoel Philomeno B. de Miranda

Paul Gibier

Pierre-Gaëtan Leymarie

Silvio Canuto Abreu

William Crookes


CRONOLOGIA

Sócrates (470 - 399 a.C.), afirmava que os homens que viveram na Terra encontram-se após a morte e se reconhecem. Pôr pensar desta maneira, e difundir estas idéias, foi condenado a pena de beber cicuta (veneno);

Platão (427 - 347 a.C), foi discípulo de Sócrates e sua doutrina exerceu profunda influência em toda a filosofia ocidental. Foi o fundador do espiritualismo;

Pitágoras (570 - 496 a.C.) considerava que "a alma ‚ a verdadeira substância distinta do corpo, ao qual preexiste";

Demécrito (470 - 360? a.C.), um dos precursores da teoria atômica, estabelecia uma analogia entre a matéria e o Espírito. Dizia que "A matéria e o Espírito são formados de átomos, no entanto, os tomos do espírito são mais sutis que os materiais e são chamados tomos de fogo";

Sócrates afirmava que "a alma ‚ a causa da vida do corpo; desde que esse princípio animador o abandone, o corpo perece"; ???? ** Varias passagens bíblicas assinalam fenômenos mediúnicos (ver no final o ítem Aspecto Religioso do Espiritismo).

1520 ** Ruídos estranhos em Oppenheim, Alemanha, na casa de Melancthon.

1650 ** Havia pesquisas com ectoplasma (Vaugham - filósofo) que o denominou de mercúrio, pôr óbvios motivos de censura impostos pela Igreja. Outros nomes para o ectoplasma: plasma, teleplasma e ideoplasma (ver mais a frente o item correspondente a ectoplasma).

1661 ** Ruídos estranhos em Tedworth, Inglaterra, na casa de Mrs. Mompesson.

1716 ** Ruídos estranhos em Epworth Vicarage, e veja mais adiante o caso das irmãs Fox.

Isaac Newton (1642 - 1727) dizia que o Espírito nada mais ‚ do que um corpo de luz não material.

1744 ** EMANUEL SWEDENBORG (Um precursor doutrinário do Espiritismo).


PLANO DE IDÉIAS Nº 01

PROPAGADORES DO ESPIRITISMO

HIPPOLYTE LÉON DENIZARD RIVAIL, cognominado Allan Kardec (1804-1869 )

O CODIFICADOR

Educador, discípulo de Pestalozzi, Nasceu na cidade de Lyon, na França, a 3 de outubro

WILLIAN CROOKES (1832-1919 )

Físico e químico inglês, descobridor do elemento químico Túlio e dos raios catódicos) fez um inquérito sobre os poderes da médium e pode constatar numerosos efeitos físicos.


CAMILLE FLAMMARION (1842-1925)

O explorador e revelador dos céus – foi quem popularizou a Astronomia, tendo recebido, na época, o Prêmio Motion, da Academia Francesa

LÉON DENIS (1846-1927)

O apostolo do Espiritismo - Ele fazia parte, também, da equipe da Terceira Revelação, e viera à Terra para complementar e divulgar os ensinos já enfeixados na Codificação Kardequiana.

GABRIEL DELANNE (1857-1926)

o gigante do Espiritismo científico - foi um dos maiores propagadores da sobrevivência e comunicabilidade dos Espíritos, tendo escrito várias obras de cunho científico, tais como “O Espiritismo Perante a Ciência”.

ERNESTO BOZZANO (1861-1943)

A contribuição de Ernesto Bozzano foi providencial para a propagação do Espiritismo além fronteira francesa. Bozzano era um cientista materialista-positivista. Formou um grupo com a participação do dr. Giuseppe Venzano, Luigi Vassalo e os professores Enrique Morselli e francisco Porro, da Universidade de Gênova. Esse grupo deu o que falar à imprensa italiana e estrangeira, pois praticamente havia se obtido a realização de quase todos os fenômenos, culminando com a materialização de seis espíritos perfeitamente visíveis.

A CONTRIBUIÇÃO BRASILEIRA

BEZERRA DE MENEZES (1831-1900)

Cognominado o "médico dos pobres", Bezerra de Menezes tem uma biografia exemplar de renúncia para com o dever cumprido, custe ele o que custar. Antes de se tornar espírita, a sua conduta era a de um cristão.

DEOLINDO AMORIM (1908-1984)

Foi jornalista, escritor, sociólogo e espírita. De religião católica, em certa época professou também o protestantismo, mas integrando-se por volta de 1932, em reuniões do C. E. Jorge Niemeyer, no Espiritismo, serviu com inexcedível dedicação, com total fidelidade a Allan Kardec, tornando-se ao longo dos anos um intérprete fiel da Doutrina Consoladora

CHICO XAVIER (1910-2002)

Com mais de 400 obras psicografadas, que transformadas em tempo perfazem aproximadamente 11 anos de transe mediúnico.Chico Xavier, com 92 anos de idade, deixou-nos em 30/06/2002, ficando dele os exemplos de fé, esperança e caridade.

JOSÉ HERCULANO PIRES (1914-1979)

escritor, jornalista, educador, filósofo e tradutor. Segundo o Espírito Emmanuel, o melhor metro que mediu Allan Kardec. Isso deu ensejo à inclusão do termo apóstolo de Karcec ao título do livro escrito por Jorge Rizzini, J.H.Pires: O Apóstolo de Kardec

DIVALDO PEREIRA FRANCO (1927)

Percorreu mais de 1.000 cidades, 53 países e 11.000 palestras proferidas. Recebeu quase 600 homenagens, procedentes de Instituições culturais, políticas, universidades, associações beneficentes, núcleos espiritualistas, centros espíritas etc., destacando-se o título de Doutor Honoris Causa em Humanidades pela Universidade do Canadá e, no Brasil, mais de 80 títulos de cidadania.

EDGARD ARMOND

nasceu a 14 de junho de 1894

Um dos funcadores da ALIANÇA ESPIRITA EVANGELICA, em 4 de dezembro de 1973

O espírita esclarecido jamais é exclusivista ou sectário, porque o sectário é fanático e, portanto, espiritualmente inferiorizado; bem ao contrário, deve ser liberal, idealista e de mente universalizada, tanto nos conhecimentos como nos sentimentos, porque o fim da evolução é o universalismo do amor na unidade em Deus, e em Deus não há privilégios”.


PLANO DE IDEIAS Nº 02

Demonstrar o trabalho de Kardec em não deixar a Doutrina estacionar

Abordar os colaboradores desencarnados

Mostrar tambem a importancia do Espiritismo no Brasil e sua finalidade, falando dos colaboradores no País, especialmente Bezerra de Menezes

Sua perseverança e esforço para difundir a Doutrina e trazer ao conhecimento alguns dos grandes colaboradores

Sociedade Parisiense de Estudos espíritas

Revista Espírita

INCANSAVEL

Conclusão do selvagem

A Grande viagem espírita – 56 anos

Outros livros da Codificação

1864 o Evangelho

Os cientistas

Colaboradores espirituais

Emmanuel – André Luiz - Meimei

Somos-nos diferentes destes colaboradores?

É Hora de entrarmos na luta e divulgarmos não o espiritismo ou qualquer filosofia, mas sim o EVANGELHO DE JESUS

2 comentários:

  1. Nossa Consuelo que organizado e que bonito! Muito obrigada por compartilhar!

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  2. verdade mesmo... concordo com a afirmativa acima. me ajudou muito para a aula que tenho que administrar hoje. muito rico.... obrigada!

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