quarta-feira, 16 de junho de 2010

A ÚLTIMA BEM- AVENTURANÇA

É muito conhecida a passagem bíblica denominada de Sermão da montanha.

Nela, Jesus anuncia as bem-aventuranças.

Ele enaltece a conduta dos mansos, dos humildes e dos sedentos de justiça, dentre outros, afirmando que são bem-aventurados.

Entretanto, o Cristo anunciou mais uma bem-aventurança, que costuma passar despercebida.

Após Sua ressurreição, Ele apareceu a várias pessoas, mas o discípulo Tomé não estava entre elas.

Ao saber do evento, Tomé afirmou que somente acreditaria se visse os sinais do martírio em Jesus e neles pudesse colocar a mão.

A oportunidade não se fez tardar e o Mestre logo lhe apareceu.

Após Se mostrar, Jesus sentenciou:

Porque me viste, Tomé, creste. Bem-aventurados os que não viram e creram.

É interessante observar que se tratava do momento em que os testemunhos dos Apóstolos principiariam.

Estava finda a época do aprendizado direto junto ao Messias Divino.

Ocorre que na luta pela implantação de um ideal nem sempre tudo corre à maravilha.

Costuma haver resistências e vários incomodados se fazem adversários da obra.

Para perseverar, nos momentos de dificuldade, é preciso ter fé.

Sem uma crença firme de que o bem vencerá torna-se fácil desistir no meio do caminho.

É necessário crer na efetivação do ideal antes de vê-lo concluído.

Feliz de quem possui a força íntima necessária para lutar sem esmorecer.

De quem acredita no bem, mesmo quando o mal aparentemente vence.

Quem precisa ver para crer hesita e desfalece com frequência.

Porque a corrupção parece crescer, duvida da vitória final da honestidade.

Porque são muitos os cruéis, acha que a compaixão talvez nunca vença.

Se o bem demora a se instalar, acredita que não compensa lutar por ele.

Bem se vê o quanto a fé é necessária em um projeto de longo prazo.

Sem essa certeza das coisas esperadas, a força esmorece e a luta é abandonada.

Nesses tempos turbulentos, convém refletir a respeito da firmeza da própria fé.

Acreditar firmemente na vitória do bem ajuda a jamais corromper a própria essência.

Sem essa convicção, pode-se ficar tentado a levar vantagem e a dar um jeitinho, em prejuízo da própria dignidade.

Ocorre que a dignidade e a fidelidade aos próprios valores são extremamente preciosas.

Elas propiciam paz de consciência e tornam possível andar de cabeça erguida em qualquer ambiente.

Bem-aventurado quem crê antes de ver e por isso tem a força de viver e construir o bem.

Pense nisso.

Redação do Momento Espírita, com base no cap.

XXI do livro A mensagem do amor imortal, pelo Espírito Amélia

Rodrigues, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.

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