segunda-feira, 28 de junho de 2010

MOMENTO ESPÍRITA
Hábito


O hábito é o conjunto de reflexos mentais acumulados, operando constante indução à rotina.
A maioria dos Espíritos encarnados na Terra vem de incontáveis séculos nos quais viveu sem muita reflexão e nem resistência moral.
Há a tendência generalizada de consumir os pensamentos alheios, ajustando-se a eles.
Por conta disso, exagera-se nas necessidades e se aparta da simplicidade com que seria fácil viver em paz.
Porque são muitas as pretensas necessidades, ergue-se todo um sistema defensivo em torno delas.
Para assegurar o que entende ser um mínimo necessário, o homem se torna egoísta e cruel.
Arma-se de cautela e desconfiança, para além da justa preservação.
Dando vazão ao instinto da posse, cria reflexos de egoísmo, orgulho, vaidade e medo.
Caminha ao sabor das influências mundanas, suscetível à opinião alheia, aos ditames da moda e da mídia.
Por não refletir detidamente sobre os propósitos superiores da existência, engana-se depois do berço para se desenganar depois do túmulo.
Aprisiona-se no binômio ilusão-desilusão, no qual gasta longos séculos, começando e recomeçando a senda em que lhe cabe avançar.
Não é lícito desprezar a rotina construtiva.
É por ela que o ser se levanta no espaço e no tempo e conquista os recursos que lhe enobrecem a vida.
Contudo, a evolução impõe a instituição de novos costumes, a fim de que o ser se liberte de fórmulas inferiores.
Para impulsionar esse processo redentor rumo ao Alto não há modelo melhor do que o Cristo.
Sem violência de qualquer natureza, Ele alterou os padrões da moda moral em que a Terra vivia há milênios.
Contra o uso da condenação metódica, ofereceu a prática do perdão.
À tradição de raça, opôs o fundamento da fraternidade legítima.
Toda a Sua passagem entre os homens foi marcada pela certeza da ressurreição para a vida eterna.
Na manjedoura, simbolizou a simplicidade e a humildade como legítimas opções de vida.
Na cruz afrontosa, exemplificou a serenidade e a paciência.
Também trouxe a noção das bem-aventuranças eternas para os aflitos que sabem esperar e os justos que sabem sofrer.
Ainda hoje, no mundo, a justiça cheira a vingança e o amor tem laivos de egoísmo.
Tal se dá pelo reflexo condicionado de atitudes adotadas há milênios.
Entretanto, a ciência da vida que jamais se esgota precisa induzir reflexões que rompam com esses automatismos infelizes.
Mais do que ser bonito, refinado, rico ou influente importa dignificar e purificar o próprio íntimo.
Para isso, nada melhor do que se habituar a servir, a perdoar e a compreender as dificuldades alheias.
A automatização de hábitos dignos, pela repetição constante, liberta da dor e da decepção.

Pense nisso.

Redação do Momento Espírita, com base no cap. XX do livro Pensamento e vida, pelo Espírito Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. Feb.
Em 23.06.2010.
OS DOIS LOBOS


Raivoso, soluçando, rosto triste, olhos vermelhos o netinho foi se abrigar no colo do avô.
Ele sofrera uma enorme injustiça. O avô, com a sabedoria dos anos, contou ao neto um pouco de sua vida.
__Eu mesmo, algumas vezes, senti ódio daqueles que me fizeram mal. E não deram sinais de arrependimento.
Mas o ódio corrói a você, e não afeta seu inimigo. É o mesmo que tomar veneno desejando que seu inimigo morra. Lutei muitas vezes contra esse sentimento.
As lágrimas já haviam secado nos olhos do neto e o avô continuou:
__É como se existissem dois lobos dentro de mim. Um deles é bom e não magoa ninguém. Vive em harmonia com todos ao redor dele e não se ofende quando percebe que não houve intenção de ofender. Ele só luta quando é justo, na defesa dos direitos e na medida certa.
Mas o outro lobo é cheio de raiva.
Mesmo as pequenas coisas o fazem partir para o ataque. Ele briga com todos o tempo todo, sem qualquer motivo. Ele não consegue refletir porque sua raiva é muito intensa.
E o avô concluiu:
__Às vezes, é difícil, conviver com esses dois lobos dentro de mim, pois ambos tentam dominar meu Espírito.
O garoto olhou fixamente os olhos serenos do avô e perguntou um tanto curioso:
__ Qual deles vencem vovô?
__ E o avô respondeu:
__ Aquele que eu alimento mais freqüentemente dentro de mim!
SERVE E CAMINHA
DO LIVRO PACIÊNCIA (EMMANUEL- CHICO XAVIER)


Tempo é doação da Providência Divina.
Tempo, no entanto, para quê? Indagarão muitos.

Ocasião para agir e servir, aprender e caminhar para frente, fazendo o melhor.

Realmente possuímos a legião dos companheiros que avançam dificilmente pelas escarpas do trabalho, sob fardos de obrigações que carregam com alegria, entretanto, ao nosso lado, temos uma legião muito mais vasta: A dos companheiros expectantes.

Traçam planos de elevação.
Querem levantar grandes instituições de benemerência.

Criam sugestões renovadoras para as realizações em andamento, sem se voltarem para os setores da ação.

Confessam a realidade de certos fenômenos com que foram defrontados, como que a convidá-los para o exercício do bem.

Relacionam casos familiares que lhes pareceram graves advertências.

Descrevem sonhos admiráveis com que foram favorecidos.

Comentam as relações sociais de que dispõem junto das quais recolheram avisos e ensinamentos.
No entanto, em seguida a semelhantes alegações, mostram-se desarvorados e indecisos, esquecendo-se de que é indispensável se desloquem na direção das atividades das quais se ergue o bem aos outros, a fim de que os outros lhes forneçam auxílio no momento oportuno.

Quem se encontre imóvel no tempo, recorde que o tempo não para, nem retrocede.

Não hesites.

Inicia a jornada do serviço ao próximo, onde estiveres.

Faze algo.

Desfaze-te de algum pertence de que mais te utilizas a beneficio de alguém com necessidades maiores dos que as tuas.

Alivia os obstáculos em que algum enfermo se encontre.

Age em favor de alguma criança sem proteção.

Estende, pelo menos, essa ou aquela migalha de apoio às mães desvalidas.

Afirma-nos o Evangelho que a Fé sem obras é morta.

Sonha e mentaliza, mas serve e caminha.

Em qualquer crise de existência, conserve a calma construtiva, de vez que os nossos estados mentais são contagiosos e, asserenando os outros, estaremos especialmente agindo em auxilio a nós.
A Águia

A águia é a ave que possui a maior longevidade da espécie.
Chega a viver 70 anos.
Mas para chegar a essa idade, aos 40 anos ela tem que tomar uma Séria e difícil decisão.
Aos 40 anos ela está com:
• As unhas compridas e flexíveis, não consegue mais agarrar as suas presas das quais se alimenta.
• O bico alongado e pontiagudo se curva.
• Apontando contra o peito estão as asas, envelhecidas e pesadas em função da grossura das penas, e voar Já está estupidamente difícil!
Então, a águia só tem duas alternativas:
• Morrer
• Ou enfrentar um doloroso processo de renovação que irá durar 150 dias.
Esse processo consiste em voar para o alto de uma montanha e se recolher em um ninho próximo a um paredão onde ela não necessite voar.
Então, após encontrar esse lugar, a águia começa a bater com o bico em uma parede até conseguir arrancá-lo.
Após arrancá-lo, espera nascer um novo bico, com o qual vai depois arrancar suas unhas.
Quando as novas unhas começam a nascer, ela passa a arrancar as velhas penas.
E só após cinco meses sai para o famoso vôo de renovação e viver, então, mais 30 anos.



Em nossa vida, muitas vezes, temos de nos resguardar por algum tempo e começar um processo de renovação.
E para que continuemos a voar um vôo de vitória, devemos nos desprender de lembranças, costumes e outras tradições que nos causaram dor... Enfim, saber perdoar!

Somente livres do peso do passado e com a presença do Alívio do perdão, poderemos aproveitar o valioso resultado de uma “RENOVAÇÃO”


CAMINHOS



A vida é feita de caminhos...
...Caminhos que levam
Caminhos que trazem,
Sonhos
Alegrias
Tristezas
Amores
Esperanças
Antes mesmo da concepção... Já buscávamos percorrer caminhos...
Existem as pedras; não desista de andar...
Existem barreiras; não desista de passar...
Existem os nós; é preciso desatar...
Existe o desânimo; é a pior coisa que há...
Existe o cansaço; é preciso caminhar...
Existe a derrota; você nasceu para ganhar...
Existe o amor; é fundamental amar...
A estrada é longa... Não desista de chegar!
Siga os passos Daquele que pode te conduzir para um caminho de paz...
Jesus Cristo O autor da Vida.


“Eu sou... o Caminho... a Verdade... e a Vida.”
Lâmpada para os meus pés é a Tua palavra, e luz para os meus caminhos.”
(salmo 119 v105)

“Os que esperam no Senhor, renovarão suas forças, subirão como asas de águia, correrão e não se cansarão, caminharão e não se fatigarão.” (Isaías - cap 40 v31) Não desista!
Deus te quer FELIZ!

quarta-feira, 23 de junho de 2010

NUVENS QUE PASSAM

Assim também é na vida os momentos de lutas e de bonança se alternam.
Quando o sofrimento chega em forma de enfermidade, solidão, desemprego, morte dos afetos mais chegados...
Tamanha é a dor que deixa em frangalhos o coração.
Acreditas que não haverá mais esperança, nem amanhã, nem alegrias. Nunca mais.
Tudo é sombrio. As horas, os dias, os meses se arrastam pesados. A impressão que tem é que nada, jamais, porá fim ao fustigar das dores.
Contudo, tudo passa como a chuva rápida do verão, logo substituída pelos raios do sol.
E transcorrido algum tempo, ao lembrares aquele período de dores, dirás a ti mesmo:
Meu Deus, nem acredito que passei por tudo aquilo. Até parece um sonho distante.
Porque tudo passa na vida, porque tudo é transitório, passageiro, não percas a esperança.
O que hoje é, amanhã poderá ter feição diferente, deixar de ser.
Acima de tudo recorda que o Amor de Deus te sustenta vida e não há, no Universo, força maior do que a presença de Deus atuando favoravelmente.
Dessa forma quando a inclemência das dores, te fustigarem a alma, recolhe-te à meditação e ouvirás o pulsar do cosmo.
No silêncio identificarás as vozes da imortalidade te falando aos ouvidos da alma, dizendo-te da vitoria que haverás de alcançar.
Refugiando-te na oração dialogarás com Deus, com a intimidade do filho ao Pai ou ao coração de mãe.
Não entregues a batalha a meio. Prossegue.
Embora as nuvens carregadas de dissabores que possam te envolver lembra que logo mais, amanhã, outro dia, em algum momento, o sol voltará a brilhar.
Sol em tua alma, em tua vida.
Pensa nisso e aguarda um tanto mais, antes de te entregares à desesperança.
Deus tem certeza do teu triunfo e da conquista plena de ti mesmo.
Confia Nele!

NÃO GRITE
NÃO PERMITA QUE O SEU MODO DE FALAR SE TRANSFORME EM AGRESSÃO.
CONSERVE A CALMA.
AO FALAR EVITE COMENTÁRIOS OU IMAGENS CONTRÁRIAS AO BEM. EVITE A MALEDICÊNCIA.
TRAZER ASSUNTOS INFELIZES À CONVERSAÇÃO, LAMENTANDO OCORRÊNCIAS QUE JÁ SE FORAM, É REQUISITAR A POIRA DE CAMINHOS JÁ FORAM SUPERADOS, COMPLICANDO PAISAGENS ALHEIAS.
ABSTENHA-SE DE TODO ADJETIVO DESAGRADÁVEL PARA PESSOAS, COISAS OU CIRCUNSTÂNCIAS.
ATACAR ALGUÉM SERÁ DESTRUIR HOJE O NOSSO PROVAVEL BENFEITOR DE AMANHÃ.
USE A IMAGINAÇÃO SEM EXCESSO.
NÃO EXAGERE SINTOMAS OU DEFICIÊNCIAS COM OS FRACOS OU DOENTES, PORQUE ÍSSO VIRIA A FAZÊ-LOS MAIS DOENTES E MAIS FRACOS.
RESPONDA SERENAMENTE EM TODA QUESTÃO DIFÍCIL.
NA BASE DA ESPERANÇA E BONDADE, NÃO EXISTE QUEM NÃO POSSA AJUDAR CONVERSANDO.
GUARDE UMA FRASE SORRIDENTE E AMIGA PARA TODA SITUAÇÃO INEVITÁVEL.
DA MENTE AOS LÁBIOS, TEMOS UM TRAJETO CONTROLÁVEL PARA AS NOSSAS MANIFESTAÇÕES.
FUJA À COMPARAÇÕES AFIM DE QUE SEU VERBO NÃO VENHA A FERIR.
POR ÍSSO, TÃO LOGO A IDÉIA NEGATIVA NOS ALCANCE A CABEÇA, ARREDEMO-LA, PORQUE UM PENSAMENTO PODE SER SUBSTITUÍDO, DE IMEDIATO, NO SILÊNCIO DO ESPÍRITO, MAS PALAVRA SOLTA É SEMPRE UM INSTRUMENTO ATIVO EM CIRCULAÇÃO.
RECORDE QUE JESUS LEGOU O EVANGELHO EXEMPLIFICANDO, MAS CONVERSANDO TAMBÉM.
André Luiz u nião das mensagens:
"Vacina da Alma" e "No Reino da Palavra."
Dos livros: "Busca e Acharás" e "Aulas da Vida"
Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

segunda-feira, 21 de junho de 2010



TEMPOS DOS FILHOS




As tendências da atualidade falam de qualidade, quando se discute a questão de educação de filhos e tempo que os pais dedicam a eles.
Em verdade, toda vez que o assunto tempo é tratado, as primeiras frases que brotam ligeiras das bocas das pessoas é: Não tenho tempo. A vida é muito corrida. A profissão me exige muito.
Em face de tais posicionamentos, natural que o que se sacrifique seja sempre o tempo com a família.
Afinal, a profissão é importante porque tanto realiza o ser quanto lhe permite angariar os recursos para o conforto e as necessidades. O estudo é importante porque permite o progresso da criatura, tanto quanto é exigido para o aprimoramento técnico.
Dessa forma, resta somente sacrificar o tempo dedicado aos familiares.
Assim, os filhos crescem sem que percebamos. Possivelmente, começaremos a notar que os anos passaram quando o filho chegar a casa com a namorada pela mão para nos apresentá-la.
Como é possível? Ainda ontem usava fraldas e hoje já namora.
Sim, o tempo parece correr. Os anos se somam. O tempo da infância se vai. Os filhos crescem.
Mas, alguns pais dizem que o importante não é o quanto de horas permanecemos ao lado dos filhos, mas a qualidade, isto é, o que fazemos quando estamos com eles.
Em face de isso, acreditam que sair no final de semana para um passeio, um almoço familiar, férias em conjunto seja suficiente para suprir a necessidade que têm os pequenos da presença dos pais.
Mas, o filho precisa sentir-se protegido, amparado. Precisa ter a certeza de que encontrará um ombro amigo, um colo materno, um pai atencioso para ouvi-lo, quando as dificuldades se apresentarem.
Quando ele se sentir humilhado porque apanhou na escola, quando ele se sentir derrotado porque perdeu o jogo de futebol, quando ele se sentir preterido por não ter sido aprovado para atuar na peça teatral.
Ele precisa ter tempo para contar as suas amarguras e ser ouvido. Ele precisa de pai e de mãe que o abracem após as horas intermináveis de estudo às vésperas das provas.
Ele precisa de pai e de mãe que o incentivem a prosseguir, mesmo quando ele esteja indo mal em uma ou outra matéria.
Ele precisa de pais que estudem com ele, sofram com ele, estejam com ele.
Como se vê o que conta não é somente qualidade do que se faz quando se está com os filhos, mas quantidade também.
Vale meditar sobre tudo isso e iniciar um esforço para estarmos mais perto, por mais tempo, dos nossos pequenos.
* * *
Cada criança carrega dentro de si um projeto de luz que nós devemos auxiliar a concretizar.
A criança de agora nos fala da nossa situação amanhã.
Cuidemos dela, estejamos com ela, sabendo lhe dar o espaço para que cresça saudável e feliz, segura e tranqüila, embalada pelas nossas orientações amorosas.


Redação do Momento Espírita, com pensamentos finais Colhidos no cap. 11, do livro Vereda familiar, pelo Espírito Thereza de Brito, psicografia de Raul Teixeira



O segredo da felicidade



Há muito tempo, em uma terra muito distante, havia um jovem rapaz, filho de um rico mercador, que buscava obstinadamente o segredo da felicidade.

Já havia viajado por muitos reinos, falado com muitos sábios, sem, no entanto, desvendar tal questão.

Um dia, após longa viagem pelo deserto, chegou a um belo castelo no alto de uma montanha.

Lá vivia um sábio, que o rapaz ansiava conhecer.

Ao entrar em uma sala, viu uma atividade intensa. Mercadores entravam e saíam, pessoas conversavam pelos cantos, uma pequena orquestra tocava melodias suaves.

De longe ele avistou o sábio, que conversava calmamente com todos os que o buscavam.

O jovem precisou esperar duas horas até chegar sua vez de ser atendido.

O sábio ouviu-o com atenção, mas lhe disse com serenidade que naquele momento não poderia explicar-lhe qual era o segredo da felicidade.

Sugeriu que o rapaz desse um passeio pelo palácio e voltasse dali a duas horas.

"Entretanto, quero pedir-lhe um favor." - completou o sábio, entregando-lhe uma colher de chá, na qual pingou duas gotas de óleo.

"Enquanto estiver caminhando, carregue essa colher sem deixar o óleo derramar."

O rapaz pôs-se a subir e a descer as escadarias do palácio, mantendo sempre os olhos fixos na colher.

Ao fim de duas horas, retornou à presença do sábio.

"E então?" - perguntou o sábio - "você viu as tapeçarias da pérsia que estão na sala de jantar?

Viu o jardim que levou dez anos para ser cultivado?

Reparou nos belos pergaminhos de minha biblioteca?"

O rapaz, envergonhado, confessou não ter visto nada.

Sua única preocupação havia sido não derramar as gotas de óleo que o sábio lhe havia confiado.

"Pois então volte e tente perceber as belezas que adornam minha casa." - disse-lhe o sábio.

Já mais tranqüilo, o rapaz pegou a colher com as duas gotas de óleo e voltou a percorrer o palácio, dessa vez reparando em todas as obras de arte.

Viu os jardins, as montanhas ao redor, a delicadeza das flores, atentando a todos os detalhes possíveis.

De volta à presença do sábio, relatou pormenorizadamente tudo o que vira.

"E onde estão as duas gotas de óleo que lhe confiei?" - perguntou o sábio.

Olhando para a colher, o rapaz percebeu que as havia derramado.

"Pois este, meu rapaz, é o único conselho que tenho para lhe dar: - disse o sábio - o segredo da felicidade está em saber admirar as maravilhas do mundo, sem nunca esquecer das duas gotas de óleo na colher."


Pense nisso!

Vivemos em um mundo repleto de atrativos e de propostas sedutoras.

Há milhares de maneiras de gastarmos nosso tempo, nossa saúde, nossa vida, enfim, com coisas belas e agradáveis, mas que, na verdade, podem nos afastar de nossos reais objetivos.

Cada um de nós carrega na consciência as missões que nos foram confiadas por Deus e as diretrizes para que as cumpramos satisfatoriamente.

É imprescindível alcançarmos o equilíbrio para que possamos viver no mundo, sem nos deixarmos seduzir por ele.

É urgente que tenhamos discernimento para que possamos admirar e aprender através das coisas do mundo, sem que negligenciemos, ou até mesmo abandonemos, nossos verdadeiros e inadiáveis deveres.

Momento Espírita Louvar a Deus

Eloim, Yaveh, Jeová, Alá. Força suprema, energia maior, Deus. Não importa como O denominemos, o sentimento de Deus é inerente à criatura humana.
Em todos os povos e culturas não se encontrará um sequer onde a crença em uma força maior inexista.
Houve povos que conceberam Deus como muitos deuses. Confundiram as obras da Criação e seus fenômenos com o próprio Criador, denominando-O por diversos nomes.
Outros tantos humanizaram Deus, transferindo-Lhe nossas paixões e desejos, criando deuses ciumentos, cheios de cobiças, enfim, com todas as falhas humanas.
Há outros que, apesar de crerem em um Deus único, o veem como perseguidor, ou como o Deus vingança, o Deus que fica à espreita, esperando nossos erros para, logo em seguida, imputar suas pesadas penas.
Alguns, entendendo a mensagem de Jesus, passam a vê-Lo como Pai, protetor e soberanamente bom e justo.
Nas mais diferentes culturas, as mais diferentes visões de Deus. Porém, sem exceção, a preocupação do relacionar-se e do louvar a Deus sempre se mostrou presente.
Porém, há que se perguntar: Qual a melhor maneira de se louvar a Deus? Como devo eu louvar a Deus? Devo mesmo fazê-lo?
O sentimento de louvor a Deus nasce naturalmente na intimidade da criatura, quando percebe a grandiosidade do Criador.
Toda vez que olhamos o milagre da vida se desenvolvendo no ventre materno e nos emocionamos, estamos louvando a Deus.
Se formos capazes de parar o carro, na beira da estrada, somente para admirar um trigal a esparramar-se com as carícias do vento, será esse um louvor a Deus.
O arco-íris que nos faz parar um momento, na correria dos nossos afazeres para admirá-lo, um jardim florido que nos enternece a alma, o cheiro de chuva que nos faz refletir a respeito da sabedoria da natureza, são momentos de louvor ao Criador.
Mas é necessário que nosso louvor se estenda além do momento de enternecimento e admiração. Deve ampliar-se no sentimento de respeito ao autor da vida e às Suas obras.
Assim estaremos louvando a Deus quando respeitarmos as obras da Criação, não poluindo rios e mares, não destruindo animais e plantas.
Louvaremos a Deus, olhando nosso próximo como irmão e assim o tratando, trocando o olhar de indiferença, com que muitas vezes cruzamos a multidão, por um olhar de ternura e apreço.
Embora tantos pensem no louvar a Deus como algo etéreo ou místico, algo interno ou metafísico, o louvar a Deus pode estar nas ações mais simples do nosso cotidiano.
Quando nossa mente, mergulhada na grandiosidade do amor de Deus, conseguir percebê-Lo nas pequenas ações de cada dia, louvar a Deus será sentimento companheiro de nossas almas.


Amigos são anjos enviados por Deus para que não nos sintamos sozinhos aqui na terra.

Quando temos um amigo, temos tudo em dobro: coração, braços, pernas, ombros e olhos. Porque um amigo é alguém que sempre pensa na gente, que se preocupa, nos ouve, nos conforta... que sente saudade quando estamos distantes, mas que também sabe respeitar nossa necessidade de estar sozinhos em alguns momentos.
A amizade é a irmã gêmea do amor; é o amor na sua forma pura e desinteressada, é amor partilhado e compartilhado, dividido, dado, sem que nada seja esperado em troca.

Um amigo sabe sofrer as nossas dores, não como se fossem as suas, mas consciente de que são nossas e de que precisamos mesmo é do seu apoio.
Um amigo é uma estrela que brilha quando nosso céu está cinza, é um pequeno raio de sol que invade nossa janela nas manhãs de inverno, é o ar fresco que nos faz respirar quando sentimos que o mundo nos sufoca.

Virtual ou real, um amigo é uma alma sempre presente nas nossas vidas.
Virtuais ou reais, amigos são anjos enchendo nossos dias das bênçãos de Deus.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

MOMENTO ESPÍRITA História de uma vida

Tudo começou quando um dia, em minha mãe, num local bem protegido chamado trompa, dois elementos se encontraram: um de minha mãe, o óvulo, e outro de meu pai, o espermatozoide. Como dois apaixonados se aproximaram e se abraçaram tornando-se uma pequenina gota d'água.

Esse foi o dia mais feliz de minha existência. Recomeçava para mim a oportunidade do retorno à carne, depois de passar um largo tempo no mundo espiritual.

Deram-me o nome de ovo. Eu era muito pequenino, muito menor do que um grão de areia. Iniciei então, uma longa viagem. Empurrado para diante por algo semelhante a cílios, que desenvolviam movimentos delicados como os do mar quando beija docemente a praia, indo e vindo, cheguei enfim a um lugar chamado útero.

Era um lugar macio, quentinho e logo notei não correr perigo. Sem muito esperar, fui me aninhando, agarrando-me firmemente em uma das paredes. Já contava com três dias de vida.

Aos poucos fui me cobrindo com uma membrana daquela mesma parede. Aos 9 dias de vida, minha forma era a de um disco e tinha meio milímetro de diâmetro. Fui crescendo e aos 12 dias de vida já tinha o dobro do tamanho: um milímetro.

Recebi o nome de embrião. Comodamente instalado, fui formando uma almofada que se chamava placenta, para que melhor me pudesse alimentar, retirando do organismo de minha mãe tudo o de que precisava.

Já estava com quase um mês. A expectativa de minha existência era muito grande. A ansiedade de minha mãe se transformou em pura alegria quando os testes deram positivo. Agora era meu pai a querer saber se eu seria menino ou menina, louro ou morena, de olhos castanhos ou azuis.

Quando ele perguntou: Como será ele? - fui logo respondendo: Tenho forma da letra C, e pareço com um cavalo-marinho. Tenho um centímetro de tamanho.

Não sei se me ouviram mas o que sei é que redobraram cuidados e recomendações.

Aos dois meses, meu corpinho estava mais reto, minha boca mais formada, meu nariz começava a aparecer, meus olhos estavam mais desenvolvidos. Meu tamanho? Quatro centímetros. Meu peso? Cinco gramas.

Aos três meses já tinha forma de gente... E o tempo foi passando.

Emoção mesmo foi no dia em que mamãe pôde ouvir o meu coraçãozinho bater. Sentia como se fosse uma mensagem para ela. E era mesmo. Era meu agradecimento por tudo o que ela fazia e pensava por mim.

Ela esperava, papai aguardava e eu também. Como seria o nosso reencontro?

Seis, sete, nove meses. O médico marcou o dia de minha chegada. O meu enxovalzinho estava pronto e meu bercinho me aguardando. Última semana de espera.

Hoje me apresentei para toda a família. Que alegria! Meu primeiro dia de vida, nos braços de minha mãe.

* * *

Os filhos que nos chegam pelas vias da reencarnação são, quase sempre, personalidades amigas com as quais já vivemos em outras eras.

Chegam-nos, batendo à porta do coração, a solicitar entrada e quando lhes permitimos o ingresso no seio da família, se enchem de felicidade.

Podem ser comparados a aves pequenas que retornam ao ninho, após exaustivas andanças por outras terras, à procura de carinho, ternura e abrigo.

Fiquemos atentos e jamais fechemos as portas do nosso amor a esses pássaros implumes que nos buscam desejando oportunidade para retornar à vida física.

Redação do Momento Espírita, com base em texto de Apostila do Grupo de gestantes da União das Sociedades Espíritas do Estado de São Paulo, 1995.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

HISTORINHA DO DIA “SÓ OBSERVANDO”

O padre de uma igreja decidiu observar as pessoas que entravam para orar. A porta se abriu e um homem de camisa esfarrapada adentrou pelo corredor central.

O homem se ajoelhou, inclinou a cabeça, levantou-se e foi embora. Nos dias seguintes, sempre ao meio-dia, a mesma cena se repetia. Cada vez que se ajoelhava por alguns instantes, deixava de lado uma marmita.

A curiosidade do padre crescia e também o receio de que fosse um assaltante, então decidiu aproximar-se e perguntar o que fazia ali. O velho homem disse que trabalhava numa fábrica, num outro bairro da cidade e que se chamava Jim.
Disse que o almoço havia sido há meia hora e que reservava o tempo restante para orar, que ficava apenas alguns momentos porque a fábrica era longe dali.
E disse a oração que fazia:
'Vim aqui novamente, Senhor, só pra lhe dizer quão feliz eu tenho sido desde que nos tornamos amigos e que o Senhor me livrou dos meus pecados. Não sei bem como devo orar, mas eu penso em você todos os dias. Assim, Jesus, hoje estou aqui, só observando. '

O padre, um tanto aturdido, disse que ele seria sempre bem-vindo e que viesse à igreja sempre que desejasse. 'É hora de ir' - disse Jim sorrindo.
Agradeceu e dirigiu-se apressadamente para a porta.

O padre ajoelhou-se diante do altar, de um modo como nunca havia feito antes. Teve então, um lindo encontro com Jesus. Enquanto lágrimas escorriam por seu rosto, ele repetiu a oração do velho homem...


'Vim aqui novamente, Senhor, só pra lhe dizer quão feliz eu tenho sido desde que nos tornamos amigos e que o Senhor me livrou dos meus pecados. Não sei bem como devo orar, mas penso em você todos os dias. Assim, Jesus, hoje estou aqui, só observando. '

Certo dia, o padre notou que Jim não havia aparecido.


Percebendo que sua ausência se estendeu pelos dias seguintes, começou a ficar preocupado. Foi à fábrica perguntar por ele e descobriu que estava enfermo.
Durante a semana em que Jim esteve no hospital, a rotina da enfermaria mudou. Sua alegria era contagiante.

A chefe das enfermeiras, contudo, não pôde entender porque um homem tão simpático como Jim não recebia flores, telefonemas, cartões de amigos, parentes... Nada!

Ao encontrá-lo, o padre colocou-se ao lado de sua cama. Foi quando Jim ouviu o comentário da enfermeira:
- Nenhum amigo veio pra mostrar que se importa com ele. Ele não deve ter ninguém com quem contar!

Parecendo surpreso, o velho virou-se para o padre e disse com um largo sorriso:
- A enfermeira está enganada, ela não sabe, mas desde que estou aqui, sempre ao meio-dia ELE VEM! Um querido amigo meu, que se senta bem junto a mim, Ele segura minha mão, inclina-se em minha direção e diz:
'Eu vim só pra lhe dizer quão feliz eu sou desde que nos tornamos amigos. Gosto de ouvir sua oração e penso em você todos os dias. Agora sou eu quem o está observando... E cuidando! '
Jesus disse: 'Se vós tendes vergonha de mim, também me envergonharei de vós diante do meu Pai. '
E se você não está envergonhado, passe essa mensagem adiante.
Jesus é sempre o melhor amigo.

SORRIA, VOCÊ ESTÁ SENDO OBSERVADO (a)!

FOTOS DE JESUS




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