sábado, 10 de agosto de 2013


MORRER É DIFERENTE DE DESENCARNAR


No livro "Ação e Reação" o espírito André Luiz narra, através da mediunidade de Chico Xavier, um acidente de avião onde 14 pessoas desencarnaram. O mentor chamado Druso esclareceu que o socorro só seria possível para 6, porque apesar do acidente ter sido igual para todos, a morte é diferente para cada um. Naquele momento seriam retirados da carne somente aqueles cuja vida interior (consciência tranquila) lhes concedia a imediata libertação. Quanto aos outros, cuja situação presente não lhes favorecia o afastamento rápido da armadura física, permaneceriam ligados, por mais tempo, aos despojos que lhes diziam respeito. A quantidade de dias que ficariam ali dependeria do grau de animalização dos fluidos que lhes retêm o Espírito à atividade corpórea. Alguns seriam detidos por algumas horas, outros, talvez, por longos dias . . . Corpo inerte nem sempre significa libertação da alma. O gênero de vida que alimentamos no estágio físico (quando estamos encarnados) dita as verdadeiras condições de nossa morte. Quanto mais mergulharmos nas correntes de baixas ilusões, mais tempo gastamos para esgotar as energias vitais que nos aprisionam à matéria pesada e primitiva de que se nos constitui a instrumentação fisiológica, demorando-nos nas criações mentais inferiores a que nos ajustamos, nelas encontramos combustível para dilatados enganos nas sombras do campo carnal, propriamente considerado. E quanto mais nos submetamos às disciplinas do espírito, que nos aconselham equilíbrio e sublimação, mais amplas facilidades conquistaremos para a libertação da carne em quaisquer emergências de que não possamos fugir por força dos débitos contraídos perante a Lei. Assim é que "morte física" não é o mesmo que "emancipação espiritual". Isso, no entanto, não quer dizer que os demais companheiros acidentados estarão sem assistência, embora coagidos a temporária detenção nos próprios restos. De modo algum, ninguém fica desamparado. O amor infinito de Deus abrange o Universo. Os irmãos que se demoram enredados em mais baixo teor de experiência física compreenderão, gradativamente, o socorro que se mostram capazes de receber. Todavia, na hipótese de serem surdos ao bem, é possível que se rendam às sugestões do mal (entidades de inteligência perversa), a fim de que, pelos tormentos, é preciso considerar que a tentação é sempre uma sombra a atormentar-nos a vida, de dentro para fora. A junção de nossas almas com os poderes infernais verifica-se em relação com o inferno que já trazemos dentro de nós.


Observação de Rudymara: Todos nós, um dia, desencarnaremos, mas não morreremos, porque quem morre é o corpo físico, mas a Espírito é eterno. E é este que irá responder por suas transgressões. A colheita é resultado do plantio de nossas ações: nesta vida, após a morte do corpo físico e na próxima encarnação. O rico, da parábola "O rico e Lázaro", rogou que Moisés mandasse alguém avisar seus 5 irmãos (encarnados) do sofrimento dele após a desencarnação, para que eles não sofressem também. Mas Abraão disse: Eles têm Moisés e os Profetas: ouçam-nos. Enfim, nós temos Jesus, os ensinamentos dele estão aí, nós sabemos o que temos que fazer ou seguir, enquanto estamos encarnados, mas adiamos.

GRUPO DE ESTUDO ALLAN KARDEC




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