domingo, 29 de julho de 2012


Enquanto temos tempo....


“... Enquanto temos tempo, façamos bem a todos...” - Às vezes , o ambiente surge tão perturbado que o único meio de auxiliar é fazer silêncio com a luz íntima da prece. Em muitas circunstâncias , o companheiro se mostra sob o domínio de enganos tão extensos que a forma de ajudá-lo é esperar que a vida lhe renove o campo do espírito. Aparecem ocasiões em que determinado acontecimento surge tão deturpado que não dispomos de outro recurso senão contemporizar com a dificuldade , aguardando melhores dias para o trabalho esclarecedor. Repontam males na estrada com tanta força de expansão que , em muitos casos , não há remédio senão entregar os que se acumpliciam com eles às conseqüências deploráveis que se lhes fazem seguidas. Entretanto , as ocasiões de construir o bem se destacam às dezenas , nas horas do dia - a dia. Uma indicação prestada com paciência... Uma palavra que inspire bom ânimo... Um gesto que dissipe a tristeza... Um favor que remova a aflição... Analisemos a trilha cotidiana. A paz e o concurso fraterno , a explicação e o contentamento são obras morais que pedem serviço edificante como as realizações da esfera física. Ergue - se a casa , elemento a elemento. Constrói - se a oportunidade para a vitória do bem , esforço a esforço. E , tanto numa quanto noutra , a diligência é indispensável. Não vale esperança com inércia . O tijolo serve na obra , mas nossas mãos devem buscá-lo.
***Emmanuel***


“Teste o seu conhecimento…Jogos Olímpicos


Em que ano surgiu os Jogos Olímpicos?
1) 780 a.C
2) 775 d.C
3) 776 a.C (RESPOSTA CORRETA)
4) 720 d.C


Quando foi a primeira vez que o Brasil participou dos Jogos Olímpicos?
1) 1930
2)1952
3) 1920 (RESPOSTA CORRETA)
4) 1910


Qual destes esportes não faz parte dos Jogos?
1) Boliche
2) Handebol
3) Golfe (RESPOSTA CORRETA)
4) Tiro esportivo


Quando as mulheres participaram pela primeira vez desse evento esportivo?
1) 1920
2) 1924
3) 1928 (RESPOSTA CORRETA)
4) 1944


Qual o atleta brasileiro com o maior número de medalhas em Jogos Olímpicos?
1) Thiago Pereira
2) Torben Grael (RESPOSTA CORRETA)
3) Diego Hipólito
4) Hugo Hoyama


Esse medalhista brasileiro conquistou quantas medalhas?
1) Três
2) Quatro
3) Cinco (RESPOSTA CORRETA)
4) Seis


Quais foram os vencedores do Prêmio Olímpico na edição 2007?
1) Thiago Pereira e Jade Barbosa (RESPOSTA CORRETA)
2) Torben Grael e Diego Hypólito
3)Hugo Hoyama e Daiane dos Santos
4)Daiane dos Santos e César Cielo


Quantas medalhas de ouro o Brasil conquistou até as Olimpíadas de 2004?
1) 10
2) 17 (RESPSOSTA CORRETA)
3) 22
4) 25


Qual o país que conquistou o maior número de medalhas?
1) EUA (RESPOSTA CORRETA)
2) Canadá
3) Rússia
4) França


Em qual ano o Brasil vai ser sede dos Jogos?
1) 2012
2) 2016 (RESPSOSTA CORRETA)
3) 2020
4)2024


Ass


Seara de Ódio






 Não! não te quero em meus braços! – dizia a jovem mãe, a quem a Lei do Senhor conferira a doce missão da maternidade, para o filho que lhe desabrochava do seio – não me furtarás a beleza! Significas trabalho, renunciação, sofrimento…
- Mãe, deixa-me viver!… – suplicava-lhe a criancinha no santuário da consciência – estamos juntos! Dá-me a bênção do corpo! Devo lutar e regenerar-me. Sorverei contigo a taça de suor e lágrimas, procurando redimir-me… Completar-nos-emos. Dá-me arrimo, dar-te-ei alegria. Serei o rebento de teu amor, tanto quanto serás para mim a árvore de luz, em cujos ramos tecerei o meu ninho de paz e de esperança …
- Não, não…
- Não me abandones!
- Expulsar-te-ei.
- Piedade, mãe! Não vês que procedemos de longe, alma com alma, coração a coração?
- Que importa o passado? Vejo em ti tão-somente o intruso, cuja presença não pedi.
- Esqueces-te, mãe, de que Deus nos reúne? Não me cerres a porta!…
- Sou mulher e sou livre. Sufocar-te-ei antes do berço…
- Compadece-te de mim!…
- Não posso. Sou mocidade e prazer, és perturbação e obstáculo.
- Ajuda-me!
- Auxiliar-te seria cortar em minha própria carne. Disputo a minha felicidade e a minha leveza feminil…
-Mãe, ampara-me! Procuro o serviço de minha restauração…
Dia a dia, renovava-se o diálogo sem palavras, até que, quando a criança tentava vir à luz, disse-lhe a mãezinha cega e infortunada, constrangendo-a a beber o fel da frustração:
- Toma à sombra de onde vens! Morre! Morre!
- Mãe, mãe! Não me mates! Protege-me! Deixa-me viver…
- Nunca!
- Socorre-me!
- Não posso.
Duramente repelido, caiu o pobre filho nas trevas da revolta e, no anseio desesperado de preservar o corpo tenro, agarrou-se ao coração dela, que destrambelhou, à maneira de um relógio desconsertado…
Ambos, então, ao invés de continuarem na graça da vida, precipitaram-se no despenhadeiro da morte.
Desprovidos do invólucro carnal, proojetaram-se no Espaço, gritando acusações recíprocas.
Achavam-se, porém, imanados um ao outro, pelas cadeias magnéticas de pesados compromissos, arrastando-se por muito tempo, detestando-se e recriminando-se mutuamente…
A sementeira de crueldade atraíra a seara de ódio. E a seara de ódio lhes impunha nefasto desequilíbrio.
Anos e anos desdobraram-se, sombrios e inquietantes, para os dois, até que, um dia, caridoso Espírito de mulher recordou-se deles em preces de carinho e piedade, como a ofertar-lhes o próprio seio. Ambos responderam, famintos de consolo e renovação, aceitando o generoso abrigo …
Envolvidos pela carícia maternal, repousaram enfim.
Brando sono pacificou-lhes a mente dolorida.
Todavia, quando despertaram de novo na Terra, traziam o estigma do clamoroso débito em que se haviam reunido, reaparecendo, entre os homens, como duas almas apaixonadas pela carne, disputando o mesmo vaso físico, no triste fenômeno de um corpo único, sustentando duas cabeças.
Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Contos e Apólogos. Ditado pelo Espírito Irmão X. FEB.

sábado, 28 de julho de 2012


Tudo depende de Nós.




Quem de nós alguma vez já não se sentiu frustrado?


Sentiu-se só, amargurado, preso a desilusões?


Sentiu-se derrotado em suas batalhas diárias?


Sentiu-se isolado e esquecido? Ignorado por todos? Desprovido de sonhos?... 


Você já parou para pensar que suas dores, suas derrotas e desilusões são atraídas apenas por você? Pela sua falta de Fé? Por não crer o suficiente em Deus Pai e muito menos crer em sua capacidade de melhorar? 


Olhe à sua volta e veja quanta riqueza na natureza. Olhe e perceba quantas alegrias a serem vividas! 


Não deixe que as amarguras, desilusões e o egoísmo prevaleçam em sua vida! Não se deixe dominar por sua própria sombra, que não o deixa ver a grandiosa luz que o ilumina e que o fortalece. A luz que clareia sua escuridão e que o faz enxergar sempre além das dificuldades e provações. 


Procure perceber que, através da sua Fé, a esperança se sobrepõe às amarguras e tristezas que você mesmo atrai para si. 


Por seus pensamentos negativos, por não dar valor àquilo que possui, é que você não vê a alegria e a felicidade que tem à sua disposição. 


Por não saber como resolver seus próprios problemas, você se entrega aos vícios, que tornam ainda mais distantes a realização dos seus melhores sonhos! 


Não firme seus olhos sobre seus sofrimentos e dores, de modo que você não consiga dar valor aos seus maiores tesouros. Tesouros de grande importância para seu espírito: o amor e o perdão. 


Seus dias serão ainda mais iluminados se você souber reconhecer as bênçãos que recebe e souber agradecer ao Nosso Pai por elas. Lembrando sempre que suas dores ou seus amores, sua alegria ou sua tristeza, sua riqueza ou pobreza, enfim, tudo o que existe em sua vida, é apenas resultado daquilo que você mesmo trouxe para si. Deus apenas cumpriu a sua vontade. Ele apenas lhe deu conforme você mentalizou e, mesmo inconscientemente, desejou. 


Seus dias serão de alegria e felicidade se você souber cultivar o Amor e transmitir amor para seus irmãos. O Amor traz benefícios que se espalham ao longo do caminho de quem o distribui e torna grandioso seu caminhar. 


Eleve seu pensamento a Deus, buscando o Amor que Ele tem por todos nós, e a paz reinará em seus dias; e tudo aquilo que você tanto almeja em sua vida se tornará realidade, amparado na força de sua fé. 


Pare de se iludir, achando que você é um sofredor. Mantenha seus pensamentos na busca incessante do Amor, acreditando na providência divina, tendo fé em Deus e crendo que ele suprirá todas as suas necessidades. Acredite, tenha fé, e não tema. Tudo caminha para melhor. Portanto, veja sempre o melhor na sua vida. 


Procure elevar seu pensamento a Jesus a cada instante, a cada dia, para que Ele o oriente e o faça enxergar dias repletos de harmonia e paz. Abra o seu coração e se deixe conduzir sempre pela fé e pela esperança. Olhe à sua volta e veja quanta riqueza na natureza. Olhe e perceba quantas alegrias a serem vividas! Deus as criou para você também desfrutá-las. Mas essa decisão é sua! Depende apenas de você! 


Texto psicografado por Márcio Godofredo.
marcio.godofredo@gmail.co



A Escolha é Livre.


    
Na Terra ou no Espaço, na posição de encarnados ou desencarnados, encontraremos, sempre, aquilo que buscarmos durante as experiências evolutivas .
            Agindo por nós mesmos, ou atendendo a sugestões de Espíritos menos esclarecidos, colheremos, hoje ou amanhã, o fruto de nossas próprias obras.
            A nossa vida, de acordo com a simbologia lembrada pelos Espíritos Superiores, pode ser comparada a uma balança comum. E o livre arbítrio representará, sempre, o fiel dessa balança .
            Numa das conchas, acumular-se-ão as nossas criações inferiores, acrescidas das sugestões menos dignas de nossos adversários desencarnados.
            Na outra, as nossas criações mais elevadas unir-se-ão aos pensamentos inspirados pelos benfeitores, anjos de guarda ou Espíritos familiares.
            Colocadas, assim, em pé de igualdade, as duas conchas, o livre arbítrio, isto é, a vontade consciente fará que uma delas predomine sobre a outra, criando-nos, tal escolha, consequências ruinosas ou benéficas, segundo o caminho escolhido.
            E’ livre a escolha .
            Os amigos da Espiritualidade, mesmo os mais abnegados, não equacionam, inteiramente, os nossos problemas.
            Inspiram-nos, em nossas silenciosas indagações, deixando, todavia, que a deliberação final nos pertença, com o que valorizam esse inapreciável tesouro que se chama Livre Arbítrio.
            Sem a liberdade, embora relativa, do Livre Arbítrio, o progresso espiritual não seria consciente, mas se efetivaria, simplesmente, pela força das coisas.
            Na Escola da Vida, os Instrutores Espirituais procedem com os homens à maneira dos professores com as crianças : dão informes sobre as lições, explicam-nas, referem-se a fontes de consulta, indicam livros e autores. 
            Mas deixam que os alunos, durante o ano letivo, se preparem no sentido de que, nos exames finais, obtenham, pelo esforço próprio, boa vontade e aplicação, notas que assegurem promoção à série seguinte.
            O aluno irresponsável achará, no fim do ano, o que buscou- a reprovação, a vergonha.
            O aluno aplicado, que se consagrou ao estudo, achará, igualmente, o que buscou – as alegrias da aprovação.
            Tudo de acordo com a lição do Mestre.
            “Buscai e achareis. “
            Em nossa jornada evolutiva – nascendo, vivendo, morrendo, renascendo ainda e progredindo continuamente -, somos alunos cujo livre arbítrio escolhera, na maioria das vezes, o caminho das facilidades .
            Os Instrutores Espirituais têm sido, para todos nós, devotados mestres, que nos observam a incúria e a desídia, porém aguardam, pacientes e compreensivos, que as lições do tempo e da dor nos induzam ao reajustamento.
            Jamais se apoquentam, quando verificam que pendemos para a concha das sugestões utilitaristas, pois sabem que, buscando a Ilusão, encontraremos, mais adiante, as folhas perdidas das desilusões .
            Não ignoram que, batendo à porta dos enganos, elas se alargarão diante de nós, a fim de que, partilhando o banquete das futilidades, sejamos compelidos, mais tarde, a buscar, nos padrões do Evangelho, o roteiro para experiências mais elevadas.
            Num planeta como a Terra, bem inferiorizado, falanges numerosas de entidades desencarnadas inspiram-nos com tal frequência que a sua intensidade – a intensidade de Sua influenciação – não pode ser medida .
            No Evangelho e no Espiritismo, estão os recursos imprescindíveis à nossa segurança.
            A prática do bem, a confiança em Deus, o esclarecimento pelo estudo, o trabalho constante no Bem, tudo isto, com o amparo da prece, preservar-nos-á do assédio de entidades que, em nome de velhos propósitos de vingança, ou por simples perversidade, procuram dificultar a nossa ascensão.
            Batendo à porta dos que sofrem, para levar-lhes a mensagem consoladora do Evangelho e o socorro de nossas mãos, encontraremos, um dia, a resposta do Céu aos nossos anseios de libertação .
            Sendo livres para a escolha, acharemos, sem dúvida, o que buscarmos.
Martins Peralva
extraído do livro Estudando o Evangelho – À Luz do Espiritismo – 2º

quinta-feira, 26 de julho de 2012


ORAÇÃO NOSSA
EMMANUEL

SENHOR, ENSINA-NOS:
A orar, sem esquecer o trabalho;


A ajudar, sem olhar a quem;
A servir, sem perguntar até quando;
A sofrer, sem magoar seja quem for;
A progredir sem perder a simplicidade;
A semear o bem, sem pensar nos resultados;
A desculpar sem condições;
A marchar para a frente, sem contar os obstáculos;
A ver sem malícia;
A escutar, sem corromper os assuntos;
A falar sem ferir;
A compreender o próximo, sem exigir entendimento
A respeitar os semelhantes, sem reclamar consideração;
A dar o melhor de nós, além da execução do próprio dever, sem cobrar taxas de reconhecimento;
Senhor, fortalece em nós a paciência para com as dificuldades dos outros, assim como precisamos da paciência dos outros para com as nossas dificuldades.
Ajuda-nos, sobretudo, a reconhecer que a nossa felicidade mais alta será invariavelmente, aquela de cumprir- Te os desígnios onde e como queiras, hoje...agora...e sempre!!!***

Terapia do Medo.


O medo, até certo ponto, é uma reação natural perante aquilo que desconhecemos e se expressa por variadas formas no dia a dia.
Causam-nos medo a expectativa de um acontecimento desagradável, a surpresa perante uma situação difícil que não sabemos como enfrentar, ao menos no primeiro momento.
Também a expectativa por uma resposta que talvez seja negativa pode nos provocar certo receio, que pode se transformar em ansiedade controlada.
Também existem os medos de fantasmas, de tormentas, do escuro, da água ou do fogo que, quase sempre, são resultado do período infantil e que ainda não conseguimos vencer.
Mas existe um outro tipo de medo. É esse receio que se agiganta e nos leva a um estado de grande ansiedade, por acontecimentos pequenos ou até de simples expectativas.
Tal estado gera taquicardias, calafrios ou suores abundantes. Tudo demonstrando um desequilíbrio psicológico.
O medo desfigura a realidade. Coisas insignificantes se agigantam e se avolumam, fazendo-nos ver muitas situações distorcidas.
No Rio de Janeiro, uma senhora muito rica precisou, certo dia, ir ao costureiro provar um vestido novo para uma festa. Seu carro estava na oficina. Ela telefonou ao marido e lhe disse:
Bem, estou saindo agora. São três horas da tarde. Vou chamar um táxi porque acho mais seguro. Deverei estar de volta em torno das seis horas. Se eu não estiver de volta até esse horário, por favor, me procure.
Ela vivia atemorizada pela violência. Temia ser assaltada, sequestrada, maltratada. Por isso, tinha todos esses cuidados.
Chamou o táxi, foi até o ateliê de alta costura, provou a roupa, conversou com amigas e retornou para casa em outro táxi.
Quando saltou do carro em frente à sua casa e deu alguns passos na direção do portão, percebeu que um homem a observava de forma estranha.
Seu coração começou a bater violentamente. Ela olhou para trás. O táxi já desaparecera na esquina. Deu mais uns passos e o indivíduo a seguiu.
Ela começou a sentir pavor. Deu meia volta, apressou o passo na direção da rua. Alguém, com certeza, haveria de vê-la e socorrê-la, salvá-la daquele homem que deveria ser um assaltante, um ladrão.
Percebeu que ele continuava atrás dela. Começou a correr. O homem também correu e gritou:
Ei, sua boba, onde é que você vai? Sou eu, seu marido!


A mais excelente terapia contra o medo e a ansiedade é a confiança em Deus, que criou a vida com objetivos elevados.
Reflexionemos com calma a respeito do medo e busquemos as suas causas, passando-as pelo crivo da razão.


Sejam, porém, de que ordem forem as causas do medo, exercitemo-nos mentalmente, nos processos para a sua eliminação.


Oremos a Deus, entregando-nos a Ele, em atitude dinâmica e nos disponhamos a enfrentar qualquer situação com pensamento otimista.


Guardemos a certeza de que Deus vela e guarda as nossas vidas.


Redação do Momento Espírita, com base em relato de Divaldo Pereira Franco, em palestra pública no cenáculo da Federação Espírita Brasileira, em Brasília, no dia 11 de novembro de 2000; no cap. 11 do ivro Momentos de felicidade e no cap. 14 do livro Momentos de iluminação, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco.

CHUVA ÁCIDA




Toda chuva é levemente ácida, devido à presença de dióxido de carbono na atmosfera, que reage com a água, gerando o ácido carbônico (H2CO3). O ph da chuva comum não é tão baixo, por isso não prejudica a natureza. O problema é que com o aumento do acúmulo de CO2 na atmosfera e o ph cai e fica abaixo do normal,  tornando a chuva extremamente nociva ao homem e à natureza. A chuva fortemente ácida é causada pelas emissões de dióxido de enxofre (SO2) e óxidos de nitrogênio (NO, NO2, N2O5), que reagem com o Hidrogênio, formando ácidos como ácido nítrico (HNO3) ou o ácido sulfúrico (H2SO4). Essas emissões têm crescido quase continuamente desde o início da Revolução Industrial. O químico inglês Robert Angus Smith foi o primeiro a relacionar a acidez da chuva com a poluição ambiental, em 1852, e também o primeiro a usar o termo "chuva ácida", em 1872.


Os principais agentes naturais responsáveis pela produção de gases lançados na atmosfera e que provocam a chuva ácida são os vulcões e os processos biológicos que ocorrem nos solos, pântanos e oceanos. No entanto, as atividades humanas são os principais agentes causadores dos gases poluentes que causam a chuva ácida. O maior exemplo é a ação das indústrias, das usinas termoelétricas e dos veículos de transporte que utilizam combustíveis fósseis.


Os efeitos mais nocivos da chuva ácida ocorrem no meio ambiente. Num lago acidificado, primeiramente as espécies mais sensíveis começam a desaparecer, como plânctons e crustáceos. À medida que o ph diminui, a decomposição da matéria orgânica para de acontecer e o acúmulo de todos os detritos se instala nas águas. 


A chuva ácida causa também a acidificação do solo tornando-o improdutivo e com maior tendência à erosão. A acidez do solo, inclusive, é um dos principais fatores para a diminuição da cobertura vegetal em diversos países.  As árvores são danificadas pela acidez de vários modos: a superfície cerosa das folhas é rompida, o crescimento das raízes torna-se mais lento e, em consequência, menos nutrientes são transportados. A perda de cálcio das folhas de diversas espécies arbóreas causa perda da tolerância ao frio, levando a danos ou mesmo à morte da planta durante o inverno. A chuva ácida afecta as plantações quase da mesma forma que as florestas, no entanto a destruição é mais rápida, uma vez que as plantas são todas do mesmo tamanho e assim, igualmente atingidas pelas chuvas. 


Para o homem o acúmulo de dióxido de enxofre no organismo pode levar à formação de ácidos no corpo humano causando até danos irreversíveis aos pulmões, bem como o aumento de epidemias e a morte prematura. A ingestão sucessiva e corriqueira de produtos contaminados tem influência direta sobre doenças como Parkinson, Alzheimer, hipertensão e problemas renais. Além disso, a precipitação ácida aumenta a corrosividade da atmosfera, causando danos em edifícios e outras estruturas e equipamentos expostos ao ar, desgastando pontes e fios elétricos. Ocorre o aumento do ritmo de oxidação do ferro, causando crescimento da ferrugem e dos problemas por ela causados. Essas corrosões não são tão rápidas, mas é necessário ter muitos cuidados. Isso porque, com o crescimento considerável da população e por consequência das indústrias e tecnologia, as complicações com as chuvas ácidas têm se tornado mais recorrentes e problemáticas.

As regiões mais afetadas pela chuva ácida são as que apresentam maior grau de industrialização, como Europa, América do Norte e Ásia. Os Tigres Asiáticos são bem afetados, apesar de terem se industrializado recentemente, pois têm regras instáveis acerca da poluição ambiental. No Brasil, os trechos de mata atlântica que recobrem a Serra do Mar, em SP, e a floresta da Tijuca, no RJ, já sofreram efeitos da chuva ácida. Alguns trechos foram parcialmente destruídos, tornando-se necessário reflorestar os locais para que os solos não ficassem expostos à ação do clima, com o risco de causar deslizamentos de terra. Após um enorme esforço feito por parte da comunidade científica, das primeiras organizações não governamentais brasileiras preocupadas com o meio ambiente e da imprensa que se empenhou em denunciar e esclarecer os fatos, foi elaborada uma legislação e montado um sistema de fiscalização que passou a controlar as emissões, forçando as indústrias a tomarem cuidados óbvios com as emissões gasosas.




O curioso é que nem sempre a chuva ácida cai sobre o local onde foi feita a emissão do dióxido de enxofre e óxidos de nitrogênio. Como essas substâncias estão em forma de gás, podem ser transportadas pelo vento por quilômetros de distância, antes de caírem na forma de chuva. Por isso, não apenas as grandes cidades, bolsões populacionais e áreas com grandes fábricas são atingidas. Através das correntes de ar, as chuvas ácidas podem chegar a qualquer lugar, inclusive locais livres de quaisquer fatores de poluição.


Algumas medidas que podem atenuar a formação de chuva ácida são: uso de transporte coletivo (para diminuir a emissão de poluentes),  uso de fontes de energia menos poluentes, utilização de combustíveis com baixo teor de enxofre, purificação dos escapamentos dos veículos, (utilizar gasolina sem chumbo e adaptar um conversor catalítico, dispositivo que reduz a toxicidade), financiamento da utilização de combustíveis limpos (gás natural, energia elétrica  de origem hidráulica, energia solar e energia eólica) em fontes de poluição tipicamente urbanas como hospitais, lavanderias e restaurantes; controle a quantidade de fábricas nas cidades e melhor fiscalização dos emissores de poluentes.

quarta-feira, 25 de julho de 2012


As Três Bandeiras do Espiritismo.




Aprendizes do Espiritismo, recebemos três diretrizes, verdadeiros fundamentos para a nossa vida: “Trabalho, solidariedade e tolerância”; reforma íntima e “fora da caridade não há salvação”.

A visão espírita do trabalho ultrapassa de largo o exercício de uma profissão. O trabalho é uma lei moral, tem a ver com o ensino de Jesus: “Meu Pai trabalha sempre!”. Portanto, trabalhar é uma permanência, uma indispensabilidade, uma decorrência de nossa condição humana. Tudo trabalha em a natureza. Mas o trabalho do homem é mais que automatismo. Semear, cuidar, compartilhar, criar, servir, são alguns verbos associados ao nosso conceito de trabalho. Mesmos idosos ou doentes, podemos trabalhar com a mente, o coração vibrando de amor, ternura e paz.
O ser solidário antepõe-se ao ser solitário. Não se trata de um jogo de palavras. Na verdade nossa humanidade está muito cheia de solitários. Os famintos, os excluídos de toda ordem, que não têm atenção, carinho, respeito, compreensão. Tanto no plano espiritual quanto entre as nações, é ainda muito recente o conceito de apoio mútuo, de interdependência. Tais solidões geram dor, sofrimento, iniqüidades. O mundo está cansado de sofrer. Necessita de nova economia, nova gestão de recursos naturais, renovada preocupação com o meio ambiente e, sobretudo, nova leitura a respeito das relações humanas.
Tolerar é aceitar e conviver com as diferenças. Ainda bem que há diferenças! A riqueza da criação está justamente nas coisas distintas, nas escolhas diversas. Como se fosse um caleidoscópio, ajustadas e aceitas as partes, o todo se renova e provoca novas e desafiadoras surpresas a cada momento. O outro é legítimo, preciso aceitar isso a priori, a fim de que, juntos, possamos construir uma realidade mais bela e melhor. Naturalmente implica em abdicar de posições próprias definitivas e excludentes. Mas esse é o exercício do cidadão espírita universal.
No entanto, como ser solidário, aceitas diferenças e entender o trabalho como um dever moral se mantivermos os mesmos padrões do homem velho, hostil, maledicente, egoísta? É aí que a segunda bandeira, bússola comportamental, a reforma íntima, entra em ação em nós. Renovação! Novos hábitos físicos, mentais, espirituais. Oração, vigilância, disciplina, todo dia, toda hora, pensamento a pensamento, palavra a palavra, atitude a atitude. Desafio em que o velho homem das cavernas continua firme, um pouco escondido pela educação aparente, mas firme e forte, dentro de nós. Qualquer invigilância ele retorna num comentário mais ferino, num deboche azedo, na velha preguiça, na paixão sem controle.
A melhor ferramenta da reforma íntima é a caridade, conforme aprendemos na questão 886 de O Livro dos Espíritos. Há três palavras-chave da caridade: benevolência, indulgência e perdão. Para que haja caridade temos que querer o bem do próximo, adoçarmo-nos internamente e oferecer a ele o melhor de nós mesmos. Estes são os sentidos de bene + forma derivada do verbo latino volo: trata-se de uma força íntima que nos faz querer bem ao outro, independente de quem o outro seja; de indulgência, forma latina para apreço, concordância; e do latim per, que significa complemente + forma do verbo latino dono, que significa dar, dar de presente, perdoar.
A caridade, portanto, é de ordem moral. Trata-se de uma visão salvadora de dentro para fora do ser, ao contrário de outras visões de salvação, de fora para dentro da criatura. A caridade, enquanto não se torna espontânea, natural em nós, exige esforço. Os espíritos superiores vivem em estado de caridade. Nós exercitamos a caridade ainda ocasionalmente. Dia virá, no entanto, que nosso comportamento usual será verdadeiramente caritativo. Aí poderemos dizer, parafraseando Paulo “... já não sou eu quem vive, é Cristo que vive em mim”. (Gálatas 2,20)
Autor (a): Cesar Reis
Revista Cultura Espírita – nº 33 – página: 11 - dezembro / 2011
ICEB (Instituto de Cultura Espírita do Brasil / Rio de Janeiro

Canal de Deus.




É  sempre abençoada a doação.
De qualquer forma que seja feita, ela atinge o  destino, enriquecendo de alegria aquele a quem se dirige.
É melhor,  porém, quando se faz acompanhar pela alegria do ofertante, pois que o felicita  igualmente.
Há quem doe, como se se estivesse desobrigando de um  desagradável dever, assim como outrem que o faz assinalado por injustificável  mágoa.
Existem pessoas que dão, especulando, e aguardam receber de volta  algo melhor, da mesma forma que outras o fazem constrangidamente.
Seja a  tua, a doação livre e rica de gozo, porquanto, da mesma maneira que ofertares,  assim o receberás.


Observa  a tua atitude quando dás.
Examina-a  cuidadosamente e descobrirás, logo depois, outras oportunidades para  prosseguires fazendo a tua dádiva, que pode ser o pequeno tempo de  atenção que cedas a um aflito, ou a tua energia socorrista, ou ainda a tua  provisão material...
O hábito de dar ensinar-te-á a bênção da autodoação  ou contribuição plenificadora.


Quando dás com alegria, a  lei de Deus, perfeita em todas as suas manifestações, cumpre-se através de ti,  pois que se exterioriza, clara e ardorosa, como expressão de fé e  amor.
Assim, comparte, livre e incondicionalmente, a tua dádiva com o teu  próximo, regozijando-te com a recompensa de paz, que  fruirás.


A elevada ação de quem doa,  dele faz um canal pelo qual passa o bem de Deus na direção de todas as  criaturas.
Num mundo que se caracterize pelas necessidades e pedidos,  torna-te doador do bem incessante, feliz pela oportunidade de repartir.
A  tua aura de generosidade se exterioriza e atrai todos aqueles que se encontram  em carência, confiantes de que, na aspereza da luta que travam, não lhes faltará  o socorro para tornarem-se completos.
Nada melhor do que ser canal de  Deus.
Luta e insiste a fim de prosseguires como instrumento da Divindade,  atingindo o clímax, quando te tornares maleável e de fácil acesso para a  finalidade do Amor.


(pelo Espírito Joanna de Ângelis & Divaldo P.  Franco) Livro: Momentos de Esperança

Nossos Filhos nossos.....Tesouros.






Narra antiga lenda árabe, que um rabi, religioso dedicado, vivia muito feliz com sua família. Esposa admirável e dois filhos queridos.
Certa vez, por imperativos da religião, o rabi empreendeu longa viagem ausentando-se do lar por vários dias.
No período em que estava ausente, um grave acidente provocou a morte dos dois filhos amados.
A mãezinha sentiu o coração dilacerado de dor. No entanto, por ser uma mulher forte, sustentada pela fé e pela confiança em Deus, suportou o choque com bravura.
Todavia, uma preocupação lhe vinha à mente: como dar ao esposo a triste notícia?
Sabendo-o portador de insuficiência cardíaca, temia que não suportasse tamanha comoção.
Lembrou-se de fazer uma prece. Rogou a Deus auxílio para resolver a difícil questão.
Alguns dias depois, num final de tarde, o rabi retornou ao lar.
Abraçou longamente a esposa e perguntou pelos filhos...
Ela pediu para que não se preocupasse. Que tomasse o seu banho, e logo depois ela lhe falaria dos moços.
Alguns minutos depois estavam ambos sentados à mesa. A esposa lhe perguntou sobre a viagem, e logo ele perguntou novamente pelos filhos.
Ela, numa atitude um tanto embaraçada, respondeu ao marido: Deixe os filhos. Primeiro quero que me ajude a resolver um problema que considero grave.
O marido, já um pouco preocupado perguntou: O que aconteceu? Notei você abatida! Fale! Resolveremos juntos, com a ajuda de Deus.
Enquanto você esteve ausente, um amigo nosso visitou-me e deixou duas joias de valor incalculável, para que as guardasse. São joias muito preciosas! Jamais vi algo tão belo!
O problema é esse! Ele vem buscá-las e eu não estou disposta a devolvê-las, pois já me afeiçoei a elas. O que você me diz?
Ora, mulher! Não estou entendendo o seu comportamento! Você nunca cultivou vaidades!... Por que isso agora?
É que nunca havia visto joias assim! São maravilhosas!
Podem até ser, mas não lhe pertencem! Terá que devolvê-las.
Mas eu não consigo aceitar a ideia de perdê-las!
E o rabi respondeu com firmeza: Ninguém perde o que não possui. Retê-las equivaleria a roubo!
Vamos devolvê-las, eu a ajudarei. Iremos juntos devolvê-las, hoje mesmo.
Pois bem, meu querido, seja feita a sua vontade. O tesouro será devolvido. Na verdade isso já foi feito. As joias preciosas eram nossos filhos.
Deus os confiou à nossa guarda, e durante a sua viagem veio buscá-los. Eles se foram.
O rabi compreendeu a mensagem. Abraçou a esposa, e juntos derramaram grossas lágrimas. Sem revolta nem desespero.
* * *
Os filhos são quais joias preciosas que o Criador nos confia a fim de que os ajudemos a burilar-se.
Não percamos a oportunidade de auxiliá-los no cultivo das mais nobres virtudes. Assim, quando tivermos que devolvê-los a Deus, que possam estar ainda mais belos e mais valiosos.

Redação do Momento Espírita

Música em nossas vidas
 
Conta-se que, um dia, ao ouvir o silvo do vento passar pelo tronco oco de uma árvore, o homem o desejou imitar. E inventou a flauta.
Tudo na natureza tem musicalidade. O vento dedilha sons na vasta cabeleira das árvores e murmura melodias enquanto acarinha as pétalas das flores e os pequenos arbustos.
Quando se prepara a tempestade, ribombam os trovões, como o som dos tambores marcando o passo dos soldados, em batidas ritmadas e fortes.
Quando cai a chuva sobre a terra seca pela estiagem, ouve-se o burburinho de quem bebe com pressa.
Cantam os rios, as cachoeiras, ulula o mar bravio.
Tudo é som e harmonia na natureza. Mesmo quando os elementos parecem enlouquecidos, no prenúncio da tormenta.
E lembramos das poderosas harmonias do Universo, gigantesca harpa vibrando sob o pensamento de Deus, do canto dos mundos, do ritmo eterno que embala a gênese dos astros e das humanidades.
Em tudo há ritmo, harmonia, musicalidade.
Em nosso corpo, bate ritmado o coração, trabalham os pulmões em ritmo próprio, escorre o sangue pelas veias e artérias.
Tudo em tempo marcado. Harmonia.
Nosso passo, nosso falar é marcado pelo ritmo.
A música está na natureza e, por sermos parte integrante dela, temos música em nossa intimidade. Somos música.
Por isso é que o homem, desde o princípio, compôs melodias para deliciar as suas noites, amenizar a saudade, cantar amores, lamentar os mortos.
Também aprendeu que, através das notas musicais, podia erguer hinos de louvor ao Criador de todas as coisas.
E surgiu a música mística, a música sacra, o canto gregoriano.
Entre os celtas, era considerada bem inalienável a harpa, junto ao livro e à espada.
Eles viam na música o ensinamento estético por excelência, o meio mais seguro de elevar o pensamento às alturas sublimes.
Os cristãos primitivos, ao marcharem para o martírio, o faziam entre hinos ao Senhor. Verdadeiras preces que os conduziam ao êxtase e os fortaleciam para enfrentar o fogo, as feras, a morte, sem temor algum.
O rei de Israel, Saul, em suas crises nervosas e obsessivas, chamava o pastor Davi que, através dos sons de sua harpa, o acalmava.
A música é a mais sublime de todas as artes. Desperta na alma impressões de arte e de beleza. Melhor do que a palavra, representa o movimento, que é uma das leis da vida. Por isso ela é a própria voz do mundo superior.
A voz humana possui entonações de uma flexibilidade e de uma variedade que a tornam superior a todos os instrumentos.
Ela pode expressar os estados de espírito, todas as sensações de alegria e da dor, desde a invocação de amor até às entonações mais trágicas do desespero.
É por isso que a introdução dos coros na música orquestrada e na sinfonia enriqueceu a arte de um elemento de encanto e de beleza.
É por isso que a sabedoria popular adverte: Quem canta, seus males espanta!
Cantemos!

quarta-feira, 18 de julho de 2012


Eu Melhor.




Qual foi a experiência de vida que transformou você em alguém melhor?
Esta foi a pergunta feita pela redação de uma revista de circulação nacional, aos seus leitores.
A questão gerou uma matéria muito inspirada, intitulada Eu, melhor, apresentando diversos relatos de pessoas e acontecimentos que as transformaram.
Encontros, desencontros, doenças, surpresas. Diversos tipos de experiências foram narradas e, ao finalde cada relato havia uma pessoa agradecida e melhor.
Uma delas, ainda muito jovem, lembra o dia em que o pai recebeu o diagnóstico de câncer e veio contar à família.
Pediu que não ficassem tristes pois, caso não conseguisse a cura, aproveitaria mesmo assim a oportunidade para se transformar em alguém melhor.
O homem buscou perdão e reconciliação com familiares. Um dia, ao ouvir de alguém a expressão doença maldita, rebateu dizendo: Para mim, ela é bendita!
Dois meses depois ele morreu. A filha, emocionada, afirma que não só ele se transformou em alguém melhor, mas mudou para melhor a vida de todos ao seu redor.
Seu exemplo é lembrado até hoje e sua conduta sempre será referência para aquele núcleo familiar.
*   *   *
A vida tem costume de surpreender. De repente, aparece alguém que, com um gesto, abre nossos olhos. Ou um acidente no percurso, apontando para novas direções.
Às vezes, é uma viagem ou um encontro programado que segue rumos inesperados e nos transforma.
É a soma de eventos assim, belos e gratuitos, que nos faz melhores, mais fortes, mais maduros.
Pode ser uma soneca no ônibus, um encontro com um desconhecido, um raio que clareia tudo ou a proximidade da morte.
O que importa é olhar para essas experiências e reconhecer que elas nos ensinaram e, do seu jeito, nos fizeram mais felizes.
Sem pedir nada em troca, são pequenas graças plantadas no cotidiano. Como se fossem sinais, apontando para lugares onde podemos ser mais leves e alegres.
Então, quando olhamos para trás e enxergamos o caminho percorrido, só nos resta agradecer, do fundo do coração, à vida, que nos faz uma versão melhor de nós mesmos.
*   *   *
Todas as forças da natureza nos impulsionam para frente, rumo ao progresso inevitável. Progresso da alma, que vai se tornando mais sensível, mais amorosa, mais madura.
Progresso também da mente, mais esclarecida, com capacidade de tomar decisões com mais segurança.
Aproveite esses momentos de reflexão, onde você estiver, para lembrar que experiências fizeram de você alguém melhor, e se você soube ou está sabendo aprender com os acontecimentos da vida.
Todos eles, julgados como bons ou maus por nós, trazem dentro de si o objetivode depurar o Espírito aprendiz.
Qual foi a experiência de vida que transformou você em alguém melhor?
Redação do Momento Espírita com base em matéria da revista Sorria nº 23

Enquanto temos tempo....


“... Enquanto temos tempo, façamos bem a todos...” - Às vezes , o ambiente surge tão perturbado que o único meio de auxiliar é fazer silêncio com a luz íntima da prece. Em muitas circunstâncias , o companheiro se mostra sob o domínio de enganos tão extensos que a forma de ajudá-lo é esperar que a vida lhe renove o campo do espírito. Aparecem ocasiões em que determinado acontecimento surge tão deturpado que não dispomos de outro recurso senão contemporizar com a dificuldade , aguardando melhores dias para o trabalho esclarecedor. Repontam males na estrada com tanta força de expansão que , em muitos casos , não há remédio senão entregar os que se acumpliciam com eles às conseqüências deploráveis que se lhes fazem seguidas. Entretanto , as ocasiões de construir o bem se destacam às dezenas , nas horas do dia - a dia. Uma indicação prestada com paciência... Uma palavra que inspire bom ânimo... Um gesto que dissipe a tristeza... Um favor que remova a aflição... Analisemos a trilha cotidiana. A paz e o concurso fraterno , a explicação e o contentamento são obras morais que pedem serviço edificante como as realizações da esfera física. Ergue - se a casa , elemento a elemento. Constrói - se a oportunidade para a vitória do bem , esforço a esforço. E , tanto numa quanto noutra , a diligência é indispensável. Não vale esperança com inércia . O tijolo serve na obra , mas nossas mãos devem buscá-lo.
***Emmanuel***

Quatro Leis da Espiritualidade.


Na Índia, são ensinadas as "quatro leis da espiritualidade":


A  primeira diz: "A pessoa que vem é a pessoa certa".
Ninguém entra em  nossas vidas por acaso. Todas as pessoas ao nosso redor, interagindo com a  gente, têm algo para nos fazer aprender e avançar em cada situação.


A segunda lei diz: "Aconteceu a única coisa  que poderia ter acontecido".
Nada, nada absolutamente nada do que acontece em  nossas vidas poderia ter sido de outra forma. Mesmo o menor detalhe. Não há  nenhum "se eu tivesse feito tal coisa..."
ou "aconteceu que um outro ...".  Não. O que aconteceu foi tudo o que poderia ter acontecido, e foi para  aprendermos a lição e seguirmos em frente. Todas e cada uma das situações que  acontecem em nossas vidas são perfeitas.


A terceira diz: "Toda vez que você iniciar é o  momento certo".
Tudo começa na hora certa, nem antes nem depois. Quando  estamos prontos para iniciar algo novo em nossas vidas, é que as coisas  acontecem.


E a quarta e última  afirma: "Quando algo termina, ele termina".
Simplesmente assim. Se algo  acabou em nossas vidas é para a nossa evolução. Por isso, é melhor sair, ir em  frente e se enriquecer com a experiência. Não é por acaso que estamos lendo este  texto agora. Se ele vem à nossa vida hoje, é porque estamos preparados para  entender que nenhum floco de neve cai no lugar  errado!

A Consciência de sua missão.




Freqüentemente, eu me pergunto: O que cada um de nós está fazendo neste planeta? Se a vida for somente tentar aproveitar o máximo possível as horas e minutos, esse filme é bobo.. Tenho certeza de que existe um sentido melhor em tudo o que vivemos. Para mim, nossa vinda ao planeta Terra tem basicamente dois motivos: evoluir espiritualmente e aprender a amar melhor. Todos os nossos bens na verdade não são nossos. Somos apenas as nossas almas. E devemos aproveitar todas as oportunidades que a vida nos dá para nos aprimorarmos como pessoas. Portanto, lembre sempre que os seus fracassos são sempre os melhores professores e é nos momentos difíceis que as pessoas precisam encontrar uma razão maior para continuar em frente. As nossas ações, especialmente quando temos de nos superar, fazem de nós pessoas melhores. A nossa capacidade de resistir às tentações, aos desânimos para continuar o caminho é que nos torna pessoas especiais. Ninguém veio a essa vida com a missão de juntar dinheiro e comer do bom e do melhor. Ganhar dinheiro e alimentar-se faz parte da vida, mas, não pode ser a razão da vida. Tenho certeza de que pessoas como Martin Luther King, Mahatma Ghandi, Nelson Mandela, Madre Tereza de Calcutá, Irmã Dulce, Betinho e tantas outras anônimas, que lutaram e lutam para melhorar a vida dos mais fracos e dos mais pobres, não estavam motivadas pela idéia de ganhar dinheiro. O que move essas pessoas generosas a trabalhar diariamente, a não desistir nunca? A resposta é uma só: a consciência de sua missão nesta vida. Quando você tem a consciência de que através do seu trabalho você está realizando sua missão você desenvolve uma força extra, capaz de levá-lo ao cume da montanha mais alta do planeta. Infelizmente, muita gente se perde nesta viagem e distorce o sentido de sua existência pensando que acumular bens materiais é o objetivo da vida. E quando chega no final do caminho percebe que o caixão não tem gavetas e que ela só vai poder levar daqui o bem que fez às pessoas. Se você tem estado angustiado sem motivo aparente está aí, um aviso para parar e refletir sobre o seu estilo de vida. Escute a sua alma: ela tem a orientação sobre qual caminho seguir. Tudo na vida é um convite para o avanço e a conquista de valores, na harmonia e na glória do bem. 
 "Viver é sempre dizer aos outros que eles são importantes e que nós os amamos, porque um dia eles se vão, e ficamos com a nítida impressão de que não os amamos o suficiente..." (Chico Xavier)

CHICO XAVIER







Quando você conseguir superar graves 
problemas de relacionamentos,
não se detenha na lembrança dos momentos 
difíceis, mas na alegria
de haver atravessado mais essa prova em sua vida.
Quando sair de um longo tratamento de saúde, 
não pense no sofrimento
em que foi necessário enfrentar, 
mas na benção de Deus que permitiu a cura.
Leve na sua memória, para o resto da vida, 
as coisas boas que surgiram
nas dificuldades. Elas serão a uma prova de sua capacidade, e lhe darão
confiança diante de qualquer obstáculo.
Uns queriam um emprego melhor, 
outros só um emprego.
Uns queriam uma refeição mais farta; 
outros só uma refeição.
Uns queriam uma vida mais amena; 
outros. Apenas viver.
Uns queriam uns pais mais esclarecidos; 
outros, ter pais.
Uns queriam ter olhos claros; outros enxergar.
Uns queriam ter uma voz bonita; outros, falar.
Uns queriam silêncio; outros ouvir.
Uns queriam sapato novo; outros, ter pés.
Uns queriam um carro; outros, andar.
Uns queriam o supérfluo; outros, apenas 
o necessário. Há dois tipos de sabedoria: 
a inferior e a superior.
A sabedoria inferior é dada pelo quanto 
uma pessoa sabe e a superior é dada pelo 
quanto ela tem consciência de que não sabe. 
Tenha a sabedoria superior.
Seja um eterno aprendiz na escola da vida. 
A sabedoria superior tolera, a inferior julga; 
a superior alivia, a inferior culpa;
a superior perdoa, a inferior condena.
Tem coisas que o coração só fala 
para quem sabe escutar!
Chico Xavier
Chico Xavier


Se eu morrer antes de você, faça-me um favor: Chore o quanto quiser, mas não brigue comigo. Se não quiser chorar, não chore; Se não conseguir chorar, não se preocupe; Se tiver vontade de rir, ria; Se alguns amigos contarem algum fato a meu respeito, ouça e acrescente sua versão; Se me elogiarem demais,corrija o exagero. Se me criticarem demais, defenda-me; Se me quiserem fazer um santo, só porque morri, mostre que eu tinha um pouco de santo, mas estava longe de ser o santo que me pintam; Se me quiserem fazer um demônio, mostre que eu talvez tivesse um pouco de demônio, mas que a vida inteira eu tentei ser bom e amigo... E se tiver vontade de escrever alguma coisa sobre mim, diga apenas uma frase: -"Foi meu amigo, acreditou em mim e sempre me quis por perto!" Aí, então derrame uma lágrima. Eu não estarei presente para enxugá-la, mas não faz mal. Outros amigos farão isso no meu lugar. Gostaria de dizer para você que viva como quem sabe que vai morrer um dia, e que morra como quem soube viver direito. Amizade só faz sentido se traz o céu para mais perto da gente, e se inaugura aqui mesmo o seu começo. Mas, se eu morrer antes de você, acho que não vou estranhar o céu. "Ser seu amigo, já é um pedaço dele..."
Chico Xavier



A cura da Obsessão.




Você é um ser humano adulto e consciente, responsável pelo seu comportamento. Controle as suas idéias, rejeite os pensamentos inferiores e perturbadores, estimule as suas tendências boas e repele as más. Tome conta de si mesmo, é você quem manda em você, nos caminhos da vida; não se faça de criança mimada, aprenda a se controlar em todos os instantes e em todas as circunstâncias. Experimente o seu poder e verá que ele é maior do que você pensa. A cura da obsessão é uma auto-cura. Ninguém pode livrar você da obsessão se você não quiser livrar-se. Comece a livrar-se agora dizendo a você mesmo: Conheço os meus deveres e posso cumpri-los; Deus me ampara... repita isso sempre que se sentir perturbado. Repita e faça o que disse: Tome a decisão de se portar como a criatura normal que realmente é, confiante em Deus e no poder das forças naturais que estão no seu corpo e no seu espírito, à espera do seu comando. Dirija seu barco, o leme está em suas mãos. Reformule o seu conceito de si mesmo, você não é um pobrezinho abandonado no mundo. Os próprios vermes são protegidos pelas leis naturais; porque motivo só você não teria proteção? Tire da mente a idéia do pecado e do castigo. O que chamam de pecado é o erro, e o erro pode e deve ser corrigido. Corrija-se, estabeleça pouco a pouco o controle de si mesmo com paciência e confiança em si mesmo. Você não depende dos outros, depende da sua mente. Mantenha a mente arejada, abra as suas janelas ao mundo, respire com segurança e ande com firmeza. Lembre-se dos cegos, dos mudos e dos surdos, dos aleijados e deficientes que se recuperam confiando em si mesmos. Desenvolva a sua fé. Fé é confiança. Existe a fé Divina, que é a confiança em Deus e no seu Poder que controla o universo. Você, racionalmente, pode duvidar disso? Existe a fé humana, que é a confiança da criatura em si mesma. Você não confia na sua inteligência, no seu bom senso, na sua capacidade de ação? Você se julga um incapaz e se entrega às circunstâncias, deixando-se levar por idéias degradantes a seu respeito? Mude esse modo de pensar, que é falso. Quando for às reuniões de desobsessão, vá confiante. Os que o esperam estão dispostos a auxiliá-lo; seja grato a essas criaturas que se interessam por você e ajude-as com sua boa vontade. Se você fizer isso, a sua obsessão já começou a ser vencida. Não se acovarde, seja corajoso. Aprenda a amar-se para poder amar o próximo.
J. Herculano Pires (do livro “Obsessão – O Passe, A Doutrinação”)

terça-feira, 10 de julho de 2012


                 Cinco coisas que aprendi com o lápis





1ª- QUALIDADE:
Você pode fazer grandes coisas, mas não deve esquecer nunca que existe uma mão que guia seus passos. Esta mão nós chamamos de Deus, e Ele deve sempre conduzi-lo em direção à Sua vontade.

2ª QUALIDADE : De vez em quando eu preciso parar o que eu estou escrevendo, e usar o apontador. Isso faz com que o lápis sofra um pouco, mas, no final, ele está mais afiado. Portanto, saiba suportar algumas dores, porque elas o farão ser uma pessoa melhor.

3ª QUALIDADE: O lápis sempre permite que usemos uma borracha para apagar aquilo que estava errado. Entenda que corrigir uma coisa que fizemos não é necessariamente algo mau, mas algo importante para nos manter no caminho da justiça.

4ª QUALIDADE: O que realmente importa no lápis não é a madeira ou sua forma exterior, mas o grafite que esta dentro .Portanto, sempre cuide daquilo que acontece dentro de você.
E finalmente...

5ª QUALIDADE: O lápis sempre deixa uma marca. Da mesma maneira, saiba que tudo que você fizer na vida, irá deixar traços...

Paulo Coelho.

domingo, 8 de julho de 2012




Senhor, nada sou diante de tanta grandeza, mas feliz me encontro em saber que sou Seu filho e que posso chegar um dia aos Seus braços, através de ínfimos trabalhos.
Pelo Espírito: Luiz Sérgio.
Do livro: Rios de Oração.
Psicográfia: Irene Pacheco Machado.

ORAÇÃO DE CADA DIA

Senhor! fazei-me perceber que o trabalho do bem me aguarda em toda parte.
Não me consintas perder tempo, através de indagações inúteis.
Lembra-me, por misericórdia, que estou no caminho da evolução, com os meus semelhantes, não para consertá-los e sim para atender à minha própria melhoria.
Induza-me a respeitar os direitos alheios, a fim de que os meus sejam preservados.
Dê-me consciência do lugar que me compete, para que não esteja a exigir da vida aquilo que não me pertence.
Não me permitas sonhar com realizações imcompatíveis com os meus recursos, entretanto por acréscimo de bondade, fortaleça-me para a execução das pequeninas tarefas ao meu alcançe.
Apaga-me os melidres pessoais, de modo que não me transforme em estorvo diante dos irmão, aos quais devo convivência e cooperação.
Auxilia-me a reconhecer que cansaço e dificuldade não podem converter-me em pessoa intratável, mas mostra-me, por piedade, quanto posso fazer nas obras, usando paciência e coragem, acima de quaisquer provações que me atinjam a existência.
Concede-me forças para irradiar a paz e o amor que nos ensinaste, e, sobretudo, Senhor, perdoa as minhas fragilidades e sustenta-me a fé para que eu possa estar sempre em Ti, servindo aos outros.

Assim seja!

Se eu tivesse.......






Se eu tivesse falado do amor que sentia, se eu tivesse perdoado, aconselhado, se eu tivesse me calado...
Estas são afirmativas que costumam fazer parte dos nossos pensamentos em alguns momentos da vida.
Diante da perda de um ente querido ou no momento em que sabemos estar próxima a nossa partida para a Pátria Espiritual, a sensação de que se poderia ter feito muito mais, é causa de uma das grandes dores do ser humano.
Pensamos que poderíamos ter sido mais cuidadosos nos relacionamentos com os amigos e amores, ter nos doado mais ao próximo, realizado aquele sonho... ou simplesmente poderíamos ter amado mais.
O arrependimento pelo bem que não foi feito é doloroso.
Conveniente seria se vivêssemos a vida sem precisar de um dia empregar essas frases, que demonstram que algo poderia ter sido feito e que agora, não mais nos é possível fazê-lo.
Muitas vezes justificamos o abandono de um objetivo por não termos as condições que julgamos ideais para cumpri-lo.
Dizemos a nós mesmos que não temos o dinheiro ou o tempo suficiente, o poder ou a autoridade, que não temos coragem ou disposição, que somos velhos demais ou jovens demais ou que temos saúde de menos.
Essas afirmativas apenas demonstram o nosso desânimo frente às situações que a vida nos apresenta.
Colocamo-nos facilmente na condição de depender de algo ou de alguém para agir, quando toda a-ção depende exclusivamente da nossa própria vontade.
*  *  *
Tenhamos coragem e entusiasmo para fazer o que consideramos correto, para agir de acordo com o que a nossa própria consciência nos orienta e para fazer o que for preciso em defesa dos nossos sonhos.
Obstáculos sempre serão encontrados e dificuldades pessoais todos nós as temos pois fazem parte do estágio evolutivo em que nos encontramos.
Com coragem, paciência e disciplina seremos capazes de vencer as dificuldades.
Quando nos mantemos ligados a Deus, sentindo-O em nosso íntimo, qualquer objetivo que nos pro-pusermos a alcançar não nos parecerá distante e encontraremos a força necessária.
Seja a realização de uma grande obra ou apenas um pedido sincero de perdão a alguém que esti-mamos, se não tivermos coragem, acabaremos por deixar esquecida a nossa vontade.
Diante da história de nossas vidas, olhemos para trás para perceber o quanto já aprendemos, o quanto já crescemos.
E, no caso de constatar que não fizemos as melhores escolhas ao longo da nossa jornada, que usa-mos mal a liberdade que Deus nos concedeu para escolher os próprios caminhos, não deixemos o desâni-mo se instalar.
Sempre há uma boa lição a ser retirada das experiências vividas.
É hora de caminhar com fé e entusiasmo no coração. Hora de fazer renascer a esperança, deixar germinar a coragem e enxergar que somos capazes de realizar esse ou aquele feito.
A coragem nos impulsiona a agir.
Vivamos com a sensação de estar fazendo o melhor que pudermos para que, um dia, quando chegar a nossa hora de partir, não precisemos dizer para nós mesmos: Se eu tivesse...

Redação do Momento Espírita.

ANOTAÇÃO FRATERNA


Reservava-nos grande alegria o término de nossos labores espirituais na noite de 9 de agosto de 1956. É que fomos felicitados com a visita do Espírito F. Purita, denodado batalhador da nossa causa em Minas, onde construiu vasto círculo de amizades. Sensibilizando-nos imensamente, o abnegado companheiro deixou-nos a seguinte “anotação fraterna”, que consubstancia valioso estudo.

Nós, os espíritas desencarnados, via de regra estamos perante a Vida Superior como alunos envergonhados, que se despediram da escola com baixa média de aproveitamento, apesar da excelência do curso preparatório, colocado na Terra à nossa disposição.

Conhecemos, mais que os profitentes de outros credos, a paternidade de Deus, a orientação de Jesus e a bênção do Evangelho, com livre interpretação pessoal.

Permanecemos convencidos, quanto à lei de causa e efeito que estudamos de perto, nas consciências exoneradas do vaso físico; sabemos que a vida continua com todo o império do raciocínio e da emoção, além do túmulo; e somos aquinhoados por todo um tesouro de revelações do mundo suprafísico, capaz de transformar-nos, entre os homens, em verdadeiros apóstolos do bem.

Contudo, a morte – que é sempre o examinador exato da vida – encontra-nos em condição deficitária.

Proclamamo-nos detentores de uma doutrina com tríplice aspecto, totalizando a Ciência, a Filosofia e a Religião; no entanto, dela fazemos uma ciência discutidora, uma filosofia de dúvidas e uma religião de hábitos cristalizados.

Gritamos que “fora da caridade não há salvação”, mas a nossa caridade, comumente, é aquela do supérfluo ao necessitado, assim como a do viajante enfastiado em navio super-farto, que atira pão ao peixe faminto.

Asseveramos que Jesus é o nosso Divino Mestre e Supervisor de nossas atividades, todavia, entregamo-nos, bastas vezes, ao intercâmbio de fascinação, dominados pela fome doentia de reconforto individual, ouvindo oráculos subservientes e enganosos e desertando sistematicamente da luta que nos é necessária à renovação.

E em muitas ocasiões bradamos, ociosos e ingratos:

- Não quero reencarnar.

- Não tornarei à Terra.

Entretanto, descerrado o véu que nos encobre a realidade, encontramo-nos estupefatos diante do tempo que despendemos em vão, dos recursos terrestres que consumimos debalde, das maravilhas da vida a nos desafiarem o esforço e da situação desagradável da alma, nas esferas inferiores, nas quais somos compelidos a estágio longo, como resultante de nossa rebeldia e indiferença.

Não falamos aqui como quem repreende.

Somos ainda um simples companheiro que volta, necessitado de mais luz.

Isso, porém, não impede que a nossa palavra se converta em anotação fraterna, para compreendermos que a função essencial de nossos princípios é aquela da reconstrução do Espírito, para que se nos eleve a senda do destino.

Sem Espiritismo no campo íntimo, para que a nossa recuperação se faça tão completa quanto possível, na obra do Senhor, nossas convicções e predicações podem valer para os outros, que se inclinem a aproveitá-las, mas não para nós mesmos que nos situaremos voluntariamente distantes do trabalho a realizar.

É por esse motivo que a reencarnação quase que imediata, para todos nós, trânsfugas dos deveres maiores, é impositivo urgente e recomendável, de vez que, se ainda não nos liberamos do purgatório da afetividade mal conduzida e se ainda não abraçamos a lavoura do bem por amor ao bem, a volta ao educandário da carne é a maior concessão que a Divina Providência pode facultar-nos à sede de progresso.

Todos os companheiros, candidatos a mais ampla incursão no campo da verdade e do estudo, depois da morte física, devem aproveitar o tempo da encarnação como período valioso de aprendizado, adotando a disciplina como norma indispensável à construção que pretendem levar a efeito.

Em suma, os espíritas receberam, na atualidade da Terra, o quinhão máximo de talentos do Céu. E para que possam assimilar em definitivo a herança do Céu é necessário se disponham a viver no esforço máximo. Isso equivale a dizer cultura constante do cérebro e cultura infatigável do coração.



pelo Espírito F.Purita - Do livro: Vozes do Grande Além, Médium: Francisco Cândido Xavier - Espíritos Diversos.