quinta-feira, 21 de junho de 2012


Parar para Ouvir.




Como anda sua habilidade para ouvir os outros? Você  tem paciência de parar para escutar alguém? Eis algumas reflexões importantes  sobre o tema:
* * *
        Millie Esposito ouvia, com atenção, quando um de seus  filhos tinha alguma coisa a lhe dizer.
        Certa noite, estava sentada na cozinha com o filho,  Robert, e, após uma rápida discussão sobre uma idéia que ele alimentava, ele  disse:
        Mãe, sei que  a senhora gosta muito de mim.        A Sra. Esposito comoveu-se e comentou: Naturalmente   gosto de você. Duvidava disso?        Robert respondeu: Não,  mas sei realmente que a senhora gosta de mim quando quero conversar sobre  alguma coisa, e a senhora pára de fazer o que está fazendo, só para me ouvir.* * *
        Quantos de nós paramos para ouvir nossos filhos?
        Quantos de nós paramos para ouvir o outro, assumindo  essa postura respeitosa de atenção ao semelhante?
        E quem não gosta de ser ouvido? E ser ouvido com  atenção.
        Dialogar com alguém que nos ouve atentamente, que  espera que concluamos uma idéia para, só então expor a sua, é um grande prazer.
        Uma pessoa que só fala de si mesma, que só pensa em si  mesma, é irremediavelmente deseducada.
        Aquela que sabe ouvir, por outro lado, faz-se  simpática, querida, e inspira confiança plena nos outros.
        Um homem que conheceu o célebre Sigmund Freud,  descreveu sua maneira de ouvir da seguinte forma:
        Fiquei tão  fortemente impressionado, que não o esquecerei. Ele tinha qualidades que jamais  encontrei em homem algum.        Nunca, em  toda minha vida, vi atenção tão concentrada. Seus olhos eram meigos e suaves.  Sua voz era calma e macia.        Fazia poucos  gestos. Mas a atenção que dispensava a mim, seus comentários positivos sobre o  que eu dizia, mesmo quando eu me expressava mal, eram extraordinários.        Você não  imagina o que significa ser ouvido daquela maneira.* * *
        Quem sabe ouvir já ajuda, sem precisar falar coisa  alguma, muitas vezes.
        Assim, se desejarmos ser bons conversadores, bons  amigos e bons conselheiros, sejamos ouvintes atentos.
        Para ser interessante, seja interessado. Faça  perguntas às quais o outro sinta prazer em responder. E  aproveite para aprender também.
        Doando atenção, doando seu ouvir atento, certamente você estará ganhando, além da gratidão do  outro, experiência, conhecimento e discernimento.
        A falta de tempo jamais poderá ser desculpa para o não  ouvir. Basta que sejamos disciplinados, organizados, e descobriremos que  teremos tempo para ouvir.
Ouvir é doar-se ao outro, por isso, alegar escassez de tempo para se dar, para praticar esta nuança de caridade, é se autocondenar à estagnação espiritual.
        Tal gesto de amor poderá ser praticado por qualquer  um, independente de idade, poder aquisitivo ou grau de instrução. Todos podemos  nos doar, ouvindo.
* * *
        Jesus, o grande exemplo para a Humanidade, era um  excelente ouvinte.
        Prestemos atenção nas passagens evangélicas,  analisando-as sob este prisma, e percebamos que Ele sempre se posicionou como  bom ouvinte.
        Escutava com paciência e ternura todos os que Dele se  aproximavam, pedindo auxílio e consolo.
        Jamais interrompeu alguém, e sempre debruçou sobre  eles olhar atencioso e amoroso de quem se interessa pela vida de seu  semelhante.

Redação do Momento Espírita com base em  trecho do cap. 4, pt.  2, do livro Como fazer amigos e influenciar pessoas, de Dale Carneggie, ed. Companhia Nacional. Em 01.08.2008

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