domingo, 1 de setembro de 2013

DORES



Toda enfermidade do corpo é processo educativo para a alma. Receber, porém, a visitação benéfica entre  manifestações de revolta é o mesmo que  recusar as vantagens da lição, rasgando o livro que no-la transmite.
A dor física, pacientemente suportada,  é golpe de buril divino,  realizando o aperfeiçoamento espiritual. 
Tenho encontrado companheiros a irradiarem  sublime luz do peito, como se guardassem  lâmpadas acesas dentro do tórax. 
Em maior parte, são irmão que aceitaram,  com serenidade, as dores longas que a  Providência lhes endereçou, a benefício  deles mesmos.
Em compensação, tenho sido defrontado por  grande número de ex-tuberculosos e ex-leprosos,  em lamentável posição  de desequilíbrio, afundados muitos deles  em charcos de treva,  porque a modéstia lhes constituiu tão  somente motivo de insubmissão.
O doente desesperado é sempre digno de  piedade, porque não existe sofrimento sem  finalidade de purificação e elevação. 
A enfermidade ligeira é aviso.
A queda violenta das forças é advertência.
A doença prolongada é sempre renovação de caminho para o bem.
A moléstia incurável no corpo é reajustamento da alma eterna.
Todos os padecimentos da carne se convertem,  com o tempo, em claridade interior, quando o  enfermo sabe manter a paciência,  aceitando o trabalho regenerativo por  bênção da Infinita Bondade.
Quem sustenta a calma e a fé, nos dias  de aflição, encontrará a paz  com brevidade e segurança, porque a dor,  em todas as ocasiões,  é a serva bendita de Deus, que nos procura,  em nome dele a fim de levar a efeito, dentro  de nós, o serviço da perfeição  que ainda não sabemos realizar.

Ditada Pelo Espírito de  Néio Lúcio ao  (Chico Xavier)

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