segunda-feira, 11 de outubro de 2010

QUESTÃO DA ESCOLHA


A doutrina espírita nos alerta sobre a liberdade que temos de escolher caminhos em nossa vida: é o livre arbítrio.

Embora muitos desavisados aleguem que essa liberdade é ilusória, devido a tantas imposições da matéria, do mundo moderno, etc, os queridos benfeitores incansavelmente nos esclarecem que podemos sempre selecionar a nossa atitude em presença de qualquer fato ou situação: podemos, a todo momento, optar por aquilo que sabemos ser o correto ou cedermos ante os apelos negativos que ainda permanecem em nós.

Exemplo: diante de uma doença séria, desesperamo-nos e revoltamo-nos contra Deus, dificultando todo tratamento que venhamos a fazer, físico ou espiritual...

Ou, em contrapartida, elegemos acertadamente optar por confiar na Justiça e na Bondade do Pai, executando a nossa parte tanto no tratamento devido, quanto na nossa contínua prática do bem. Essa é a autêntica resignação, palavra tão mal interpretada por muitos de nós...

“Resignação” vem do latim, da junção do prefixo “re” (de novo), com o verbo “signare” (assinar), mais o substantivo “Actionem” (ação); e significa, ao pé da letra, “ação de assinar de novo”. Ora, quem “assina” algo, concorda com esse algo: resignação é atuante, não conformismo como várias pessoas pensam...

Nós já “assinamos” antes de reencarnar, ao participarmos da preparação da nossa futura existência na carne, quando, usando nosso livre arbítrio, pedimos ou apenas concordamos com as situações que se apresentarão em nosso caminho, visando nosso aprendizado e conseqüente aperfeiçoamento. Assim, tudo isso que aceitamos estará presente, “pré-determinado” por nós mesmos, em nossa vida terrena, quando reencarnarmos.

Porém, não está determinado o resultado de cada uma dessas situações, pois sempre dependerá de nós, das escolhas que fizermos perante elas...

Sem dúvida, a melhor dessas escolhas dar-se-á toda vez que seguirmos a Lei do Amoroso Pai, a nós trazida pelo Mestre dos Mestres, Jesus.

E nós conhecemos essa Lei!

Nenhum de nós pode alegar desconhecê-la...

Então, faz-se a seguinte pergunta: “Como estão nossas escolhas?

Realmente adequadas a quem deseja sinceramente se melhorar e tornar-se, um dia, genuíno tarefeiro de Jesus?...

Quais as companhias espirituais que escolhemos, sabendo sobre a “lei de afinidade”, e que nosso pensamento é energia, vibrando em determinada freqüência, e sintonizando com encarnados e desencarnados que vibrem em modo semelhante?...”

O benfeitor Marco Prisco, no livro “Luz Viva”, através da psicografia de Divaldo Franco, oferece-nos o capítulo 11, cujo título é justamente “Questão de escolha”.

Aí, mais uma vez, dedicadamente incentiva-nos a seguir na estrada da evolução, descortinando para nós a realidade daquele que se esforça, de verdade, em “domar as suas más inclinações” (como está em “O Evangelho segundo o Espiritismo”, no capítulo 17, item 4) e avançar rumo à luz: esse estabelecerá “sintonia com vibrações superiores”, consequentemente “recebendo estímulos vigorosos” e alcançando crescentes “harmonia interior e renovação”, tendo “visão mais ampla” e respirando “ar mais saudável”...

Mostra-nos Marco Prisco o mal que faz a si mesmo aquele que, seja por inércia, acomodamento, e até mesmo por pessimismo, estaciona, paralisa-se, “acalentando insucessos” e assimilando “ondas inferiores, cheias de miasmas pestilenciais”, que geram “desequilíbrios e enfermidades”...

E quantas pessoas vivenciam as célebres frases destrutivas:

“Nada dá certo comigo!”,

“Ninguém gosta de mim!”,

“Não vou conseguir, por isso não vou nem tentar!”, ou “Eu vou tentar, mas a tarefa é muito difícil!”...

Vamos resolutamente mudar a colocação dessa conjunção adversativa “mas”, dando-lhe o enfoque positivo da construção:

“A tarefa é muito difícil, mas eu vou tentar!”

E certamente irá conseguir executá-la...

Confiantes no amparo do Plano Maior, deixemos de nos atormentar com “dúvidas e paixões dissolventes”, e escolhamos entregar-nos a Jesus através da decisão de usarmos nosso livre arbítrio com sabedoria, trabalhando no bem, reparando erros, aprendendo sempre, cheios da energia que a fé espírita, raciocinada, claramente nos confere.

Sigamos as recomendações finais de Marco Prisco, que nos oferece o seguinte roteiro:

- “Utilizar acertadamente seu tempo” aqui na Terra: o tempo é um talento do qual também teremos que prestar contas.

- “Insistir no nosso esforço de melhoria”: não desanimemos ante os desfalecimentos ao longo do trajeto; recomecemos com mais força, capacitando-nos com a observação dos nossos enganos, a fim de não repeti-los desastradamente.

- “Eleger ideais nobres”: definitivamente o bem, definitivamente o amor, como nos ensinou Jesus.

Desse modo, indubitavelmente, estaremos fazendo excelentes escolhas.

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